segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Reflexão para o ano 2022

 

“E, por causa da multiplicação da maldade, o amor da maioria das pessoas se esfriará”. (Mateus 24:12/KJA)

No auge da minha juventude tive uma discussão acalorada com uma pessoa sobre o amor. De um lado acreditava-se no limite, no término deste sentimento e na ruptura entre duas pessoas. Do outro, numa visão mais romântica, na infalibilidade deste.

Na época, um texto foi tido por base, o de 1 Coríntios 13:5-8 -  O amor é paciente; o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, nem é arrogante. Não se porta de maneira inconveniente, não age egoisticamente, não se enfurece facilmente, não guarda ressentimentos. O amor não se alegra com a injustiça, pois sua felicidade está na verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba”.

No entanto, eu desconhecia o contexto, e nunca havia pesquisado a respeito de quem estava se referindo esse tipo de amor.

Um autor renomado, conhecido pelas Crônicas de Nárnia, C. S Lewis, foi quem definiu os quatro tipos de amor existente no mundo:

·         Storge – Amor fraternal;

·         Philia – Amizade;

·         Eros – Amor romântico

·         Ágape – Amor incondicional.

Ambos são conhecidos pelo mesmo nome – AMOR. No entanto, possuem características próprias e diferenciadas, formando um paradoxo para a sociedade.

Na minha ignorância, achava que amor era tudo igual. Não havia distinção e nem peculiaridades. Até que aprendi a respeito das diferenças e pude perceber, com maturidade, que o ÁGAPE é um tipo de amor muito peculiar de Deus.

Neste mundo, onde as pessoas viraram descartáveis, os relacionamentos são ocasionais e nossos interesses são postos em primazia ao lidar com as pessoas, é impossível entender este tipo de amor.

Geralmente, ao olharmos uma divindade, denotamos a ela características que nos são particulares. Transferimos nossas atitudes como reflexo ao outro, e o repetimos também com Deus.

Se ouvimos que Deus é Pai, logo espelhamos o tipo de pai terreno que temos a Sua figura e nos irritamos com tamanha fragilidade.

Se nos falam que “Deus é justiça”, logo imaginamos um velho rabugento no trono com um cetro na mão pronto para nos castigar, ou um ser apático, que vê tudo e nada faz. Depende da visão de justiça que cada um possui.

Se escutamos: “Deus Perdoa!” logo compartilhamos a Sua imagem o tipo de perdão que nos é rotineiro, o perdão parcial, que está sempre jogando na cara o que foi praticado em algum tempo.

É comum espelharmos nossas experiências particulares no outro, e isso não se difere ao imaginarmos Deus.

Porém, a Bíblia nos ensina que Deus é completamente diferente do nosso imaginário.

Em Gênesis 1:30, logo após Deus contemplar toda a Sua criação, disse: “Eis que tudo é muito bom”.

Isso não intriga você?! Ele é onisciente, e sabia tudo o que iria acontecer com o homem, com a natureza e com a Terra, mas mesmo assim declarou – MUITO BOM.

O que Ele viu?!

Como pode fazer esta declaração ao olhar o século XXI e deparar tamanha maldade, desigualdade e depravação humana?!

A Bíblia nos explica:

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido, e o governo está sobre os Seus ombros. Ele será chamado Conselheiro-Maravilhoso, Deus Todo Poderoso, Pai-Eterno, Príncipe da Paz. A base do Seu governo será verdade e justiça, desde agora e para sempre e o zelo do Senhor dos Exércitos fará com que tudo isso se realize.” (Isaías 9:6-7/KJA)

Deus viu o futuro da humanidade, viu o fim da história, o que culminaria a Sua perfeita obra de criação em Cristo Jesus no Seu Reino final.

Ele viu você lá.

Viu a perfeição da Sua obra no futuro.

Ele se alegrou com o final da história.

Sua onipresença anteviu aquilo que nós humanos não podemos imaginar - A ETERNIDADE.

Alegre-se Nele! Confie Nele! O poder está em Suas mãos, e tudo o que decretou acontecerá. Não fugirá do Seu controle e nada escapará da Sua autoridade.

Pois Soberano é o Seu nome e ÁGAPE é Sua constituição.

Ele ama incondicionalmente a cada um de nós e por fim nos forjará a perfeição deste amor e nos concederá um Reino de Paz, onde todas as mazelas serão canceladas e onde a justiça residirá.

Descanse no Senhor e Ele trará paz ao seu coração.

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