“E, por causa da
multiplicação da maldade, o amor da maioria das pessoas se esfriará”. (Mateus
24:12/KJA)
No auge da
minha juventude tive uma discussão acalorada com uma pessoa sobre o amor. De um
lado acreditava-se no limite, no término deste sentimento e na ruptura entre
duas pessoas. Do outro, numa visão mais romântica, na infalibilidade deste.
Na época, um
texto foi tido por base, o de 1 Coríntios 13:5-8 - “O amor é paciente; o amor é bondoso. Não
inveja, não se vangloria, nem é arrogante. Não se porta de maneira
inconveniente, não age egoisticamente, não se enfurece facilmente, não guarda
ressentimentos. O amor não se alegra com a injustiça, pois sua felicidade está
na verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba”.
No entanto,
eu desconhecia o contexto, e nunca havia pesquisado a respeito de quem estava
se referindo esse tipo de amor.
Um autor
renomado, conhecido pelas Crônicas de Nárnia, C. S Lewis, foi quem definiu os
quatro tipos de amor existente no mundo:
·
Storge
– Amor fraternal;
·
Philia
– Amizade;
·
Eros
– Amor romântico
·
Ágape
– Amor incondicional.
Ambos são
conhecidos pelo mesmo nome – AMOR. No entanto, possuem características próprias
e diferenciadas, formando um paradoxo para a sociedade.
Na minha
ignorância, achava que amor era tudo igual. Não havia distinção e nem
peculiaridades. Até que aprendi a respeito das diferenças e pude perceber, com
maturidade, que o ÁGAPE é um tipo de amor muito peculiar de Deus.
Neste mundo,
onde as pessoas viraram descartáveis, os relacionamentos são ocasionais e
nossos interesses são postos em primazia ao lidar com as pessoas, é impossível
entender este tipo de amor.
Geralmente,
ao olharmos uma divindade, denotamos a ela características que nos são
particulares. Transferimos nossas atitudes como reflexo ao outro, e o repetimos
também com Deus.
Se ouvimos
que Deus é Pai, logo espelhamos o tipo de pai terreno que temos a Sua figura e
nos irritamos com tamanha fragilidade.
Se nos falam
que “Deus é justiça”, logo imaginamos um velho rabugento no trono com um cetro
na mão pronto para nos castigar, ou um ser apático, que vê tudo e nada faz. Depende
da visão de justiça que cada um possui.
Se escutamos:
“Deus Perdoa!” logo compartilhamos a Sua imagem o tipo de perdão que nos é rotineiro,
o perdão parcial, que está sempre jogando na cara o que foi praticado em algum
tempo.
É comum
espelharmos nossas experiências particulares no outro, e isso não se difere ao
imaginarmos Deus.
Porém, a
Bíblia nos ensina que Deus é completamente diferente do nosso imaginário.
Em Gênesis 1:30,
logo após Deus contemplar toda a Sua criação, disse: “Eis
que tudo é muito bom”.
Isso não
intriga você?! Ele é onisciente, e sabia tudo o que iria acontecer com o homem,
com a natureza e com a Terra, mas mesmo assim declarou – MUITO BOM.
O que Ele
viu?!
Como pode fazer
esta declaração ao olhar o século XXI e deparar tamanha maldade, desigualdade e
depravação humana?!
A Bíblia nos explica:
“Porque
um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido, e o governo está sobre os
Seus ombros. Ele será chamado Conselheiro-Maravilhoso, Deus Todo Poderoso, Pai-Eterno,
Príncipe da Paz. A base do Seu governo será verdade e justiça, desde agora e
para sempre e o zelo do Senhor dos Exércitos fará com que tudo isso se realize.”
(Isaías 9:6-7/KJA)
Deus viu o
futuro da humanidade, viu o fim da história, o que culminaria a Sua perfeita
obra de criação em Cristo Jesus no Seu Reino final.
Ele viu você
lá.
Viu a
perfeição da Sua obra no futuro.
Ele se
alegrou com o final da história.
Sua
onipresença anteviu aquilo que nós humanos não podemos imaginar - A ETERNIDADE.
Alegre-se
Nele! Confie Nele! O poder está em Suas mãos, e tudo o que decretou acontecerá.
Não fugirá do Seu controle e nada escapará da Sua autoridade.
Pois Soberano
é o Seu nome e ÁGAPE é Sua constituição.
Ele ama incondicionalmente
a cada um de nós e por fim nos forjará a perfeição deste amor e nos concederá
um Reino de Paz, onde todas as mazelas serão canceladas e onde a justiça
residirá.
Descanse no
Senhor e Ele trará paz ao seu coração.
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