terça-feira, 23 de outubro de 2018

Aula 11 - Desmistificando os Dez Mandamentos



"Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir”. (Mt 5:17)


1 - Introdução

A palavra em hebraico para Mandamento é Mitzvá. Ela vem da raíz “tsivá”, que significa “comandar”, mas também “direcionar” e/ou “apontar”. Nas Escrituras, os “mitzvôt” (mandamentos) referem-se aos 613 mandamentos prescritos, dos quais 248 são mandamentos positivos (mandamentos sobre o que se fazer) e 365 são negativos (mandamentos sobre o que não se fazer). Eles nos revelam Deus e Seu caráter, e nos fazem vivenciar uma realidade celestial com princípios divinos e insondáveis em nosso dia-a-dia.
Já dizia um sábio judeu:
“Os mandamentos foram criados por Deus para serem cumpridos, e não apenas estudados”.
É interessante notar que em alguns meios cristãos, muitos desconhecem o aspecto CONDICIONAL das Escrituras. A palavra de Deus e de Seu Filho Jesus sempre enfatizam o “SE”, ou seja, “se” formos fiéis aos mandamentos do Senhor, então Ele nos abençoará. A partícula condicional “se” aparece 1596 vezes nas Escrituras.  
Muitos crêem que por terem confessado Jesus em público, e repetido a oração do pastor, herdam de forma INCONDICIONAL a salvação. Mas não é este o princípio das escrituras, muito menos o que o próprio Jesus ensinou. A salvação é um dom GRATUITO, concedido mediante a GRAÇA DE DEUS em um momento onde não tínhamos nenhum fruto de justiça. Porém, uma vez alcançado pela graça do Eterno, a falta de santidade e/ou bons frutos em nossas vidas podem comprometê-la.
Mas como podemos andar em santidade e produzir bons frutos para o Senhor? Primeiramente precisamos conhecer os mandamentos, depois precisamos amar a deus e depois obedecê-los.
Por que nessa ordem?
Porque só amaremos a Deus genuinamente se O conhecermos, e só O obedeceremos com coração sincero, se O amarmos. Sem amor, a obediência será mera obrigação, e isso Deus não quer de nós.
“Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado, permaneceis em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar (bons frutos), se não permaneceres em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanecer em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15:3-5).
Não obedecemos para ser salvos, obedecemos porque SOMOS salvos.


2 - Contexto Histórico

Três meses se passaram, e o povo de Israel estava agora no deserto do Sinai.
Deus escolheu uma família, exilou-a no Egito por 430 anos e agora a liberta como uma grande nação.
Como toda nação, ela precisava de uma constituinte e Deus convoca o Seu povo e declara Suas leis dando-lhes uma direção.
Os efeitos dos dez mandamentos podem ser sentidos ainda hoje, pois exercem uma visível influência na religião e na lei civil de diversas sociedades da atualidade.
Na verdade, a tradução correta seria as dez declarações de Deus.
Era comum no antigo oriente, os reis apresentarem os termos de seu reinado, na forma de um pacto e de uma aliança com seus súditos. E o Senhor, Rei onipotente chama aqui nos Dez Mandamentos os filhos de Israel a uma aliança, um pacto de um reino eterno, revelando-lhes o coração da sua lei.
Os quatro primeiros mandamentos falam sobre os deveres dos seus servos para com Deus. Os outros seis, tratam da regulamentação das relações entre os próprios seres humanos.
A lei trazia uma proposta de proteção ao homem e a família, mais do que somente uma relação de culto, afinal, ela serviria para dar direção ao homem e não justificação, como muitos acreditam.

3 – Os Dez Mandamentos
Deus perguntou aos Gregos:- Vocês querem um mandamento?
– Qual seria o mandamento, Senhor?

– Não matarás!

– Não, obrigado. Isso interromperia a nossa sequência de conquistas.

Então Deus perguntou aos Egípcios: – Vocês querem um mandamento?
– Qual seria o mandamento?

– Não cometerás adultério!

– Não obrigado, isso arruinaria os nossos fins de semana!

Deus perguntou então aos Assírios: – Vocês querem um mandamento?
– Qual seria o mandamento?

– Não roubarás!

– Não obrigado, isso arruinaria a nossa economia!

E assim, Deus foi perguntando a todos os povos, até chegar aos Judeus:
– Vocês querem um mandamento?

– Quanto custa?

– É de graça.

– Então manda dez.


Você sabe como Deus entregou os mandamentos ao povo de Israel?
Talvez você imagine que tenha sido através de Moisés nas famosas “Tábuas dos Dez Mandamentos”, certo?! Errado.
Em Ex 19 e 20, observamos que foi o próprio Deus que primeiro falou ao povo e só depois, em Ex 31:18 é que entregou a Moisés as Tábuas da Aliança.
Existem detalhes na bíblia que deixamos de observar, e é por este motivo, que não entendemos ou ‘interpretamos’ errado outras partes da mesma.
Por exemplo:
·         Quando Moisés subiu ao monte (Ex 24:15) e ficou lá por 40 dias (Ex 24:18) e o povo fez um bezerro de ouro para adorar, eles já conheciam o mandamento que falava “Não terás outros deuses diante de Mim e nem farás para ti obras de escultura”. Por isso o castigo foi fatal (Ex 32:27-28 e 30-35). Deus não perdoou aquele pecado porque eles já haviam sido avisados com antecedência (Ex 20:22-24; 24:7)
·         O motivo de Deus ter dado a Moisés por escrito, foi à confirmação física da lei para o povo futuro.
·         Outra coisa interessante é que o terceiro mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor em vão" é muitas vezes interpretado como se referindo à expressão "Oh meu Deus!". No entanto, a tradução hebraica diz literalmente: "Tu não carregas o nome do Senhor em vão", significando também o fato de não cometer o mal em nome de Deus. O Terceiro Mandamento é também o único mandamento que, quando violado, é imperdoável – “Todavia, o profeta que ousar dizer em meu Nome alguma palavra que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá de ser morto”. (Dt 18:20)
·         O Quarto Mandamento, "Lembra-te do dia de sábado" eleva a humanidade mais do que qualquer outro mandamento. Ao longo da história, a vida deu um significado exagerado ao trabalho, e os seres humanos eram essencialmente animais de carga. Este mandamento mudou isso, insistindo em que as pessoas deixem de trabalhar um dia, em cada sete, para descansar, fortalecer as relações, e aproveitar a vida – “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado”. (Mc 2:27)
·         O Nono Mandamento, "Não darás falso testemunho contra o teu próximo", a verdade é o valor mais importante na sociedade. Bondade e compaixão podem ser os valores mais importantes do reino pessoal, mas no domínio social, a verdade é mais importante. Praticamente todos os grandes males da sociedade, como a escravidão africana, o nazismo e o comunismo foram baseados em mentiras.
·         Os Dez Mandamentos não são uma lista de regras. Os mandamentos provam que Deus quer que o homem seja livre: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão". Seguir os mandamentos, na verdade, nos liberta das terríveis conseqüências do pecado, tornando
nossa vida melhor.


4 – O Decálogo

1 -    Eu sou o Eterno teu Deus que te tirou da terra do Egito da casa da escravidão (Ex 20: 2) – Alguns cristãos confundem esse mandamento com “Amarás o Senhor Teu Deus acima de todas as coisas”. (Lc 10:27)

2 -  Não terás outros deuses diante de Mim (Ex 20:3-6), aqui engloba fazer outros deuses, e adorar qualquer outra coisa, animal ou pessoal no lugar de Deus.

3 -   Não pronunciarás o Nome do Eterno teu Deus em vão (Ex 20:7)

4 -   Lembra do dia do Sábado para santificá-lo (Ex 20:8-11)
5 -  Honra teu pai e tua mãe (Ex 20:12). Esse mandamento é o único que tem promessa, e justamente porque se continuarmos lendo veremos que há uma punição para os filhos que quebram esse mandamento – Ex 21:15 diz: “Quem ferir seu pai ou sua mãe, será morto”, mais duro ainda aqui – “Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe, será morto” (Ex 21:17).
Interessante que no NT vemos Jesus chamando a atenção dos fariseus por terem alterado essa lei por seus próprios interesses – “Na verdade, vocês se afastam do mandamento divino e se apegam à tradição humana. Tornaram-se especialistas em fugir do mandamento de Deus a fim de manterem suas tradições! Moisés disse: Honre seu pai e sua mãe e todo o que amaldiçoar seu pai ou sua mãe deverá ser executado. Entretanto, vocês deixam de ajudar seus pais dizendo que seus bens são dedicados ao Senhor e por isso não podem ajudá-los. E dessa maneira procedem em muitos assuntos.” (Mc 7:9-13)

6 -  Não assassinarás (Ex 20:13) – em algumas traduções está: “Não matarás” erroneamente, já que matar e assassinar são coisas totalmente diferentes. Assassinar significa matar um ser humano voluntariamente, ou gratuitamente. Isso Deus abomina de tal forma que Ex 21:12 diz: “Quem ferir a qualquer outra pessoa e provocar sua morte, será também morto.” E também  "Se dois homens brigarem e ferirem uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramente, não havendo, porém, nenhum dano sério, o ofensor pagará a indenização que o marido daquela mulher exigir, conforme a determinação dos juízes. Mas, se ela perder a criança, a pena será vida por vida”. (Ex 21:22-23)
No entanto, a lei é clara quanto a autodefesa ou a proteção de bens privados, Ex 22:2 diz: “Se um ladrão for surpreendido saltando um muro ou arrombando uma porta e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue.”

7 -   Não adulterarás (Ex 20:14)

8 -   Não furtarás (Ex 20:15)

9 -   Não darás falso testemunho contra o teu próximo (Ex 20:16) – este é outro mandamento muito sério. Rm 2:1 diz: “Portanto, você, que julga os outros é indesculpável; pois está condenando você mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas”. E em Mt 12: 36-37 diz:  Mas eu digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados". 

10 -  Não cobiçarás (Ex 20:17)


5- Conclusão

Precisamos entender que a bíblia é um todo e não se pode obedecer apenas metade dela. Por isso, obedecer aos mandamentos demonstra obediência ao Deus da bíblia, e isso não significa que somos salvos por obedecer, porque a salvação é pela graça através da fé e não pelas obras (Ef 2: 8-9), mas significa que nós que somos salvos devemos viver uma vida que agrade a Deus,  e à maneira de agradá-Lo é obedecer a Sua Palavra do qual os Dez Mandamentos faz parte. João escreve que “este é o amor, que andemos de acordo com os seus mandamentos; este é o mandamento, como ouvistes desde o início, de modo que você deve andar nele “(2 Jo 1:6)
Quem diz  “Eu o conheço”, mas não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e a verdade não está nele“ (1 João 2: 4) e ”Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e obedecemos aos seus mandamentos “(1 João 5: 2).
Se você percorrer a lista dos Dez Mandamentos, você pode ver como seria grave quebrá-los, mas também, se o quebrarmos, nós é que seremos prejudicados. Podemos realmente acreditar que “Não assassinarás” (Ex 20:13) não é mais relevante? Claro que não! Isso pareceria ridículo. Ainda é ilegal roubar? (Ex 20:15) Basta perguntar a qualquer agente da lei. Falso testemunho é pecado também, porque este é um mandamento atemporal (Ex 20:16) e em um tribunal de justiça, a mentira pode lhe enviar para a prisão por perjúrio. Hoje, o adultério parece comum, mas só porque algo é popular não significa que é a coisa certa a fazer e, de fato, a coisa certa a fazer é frequentemente muito impopular.
“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”. (Ap 21:8)
"Porquanto, quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas uma das suas ordenanças, torna-se culpado de quebrá-la integralmente". (Tg 2:10)


Perguntas:


1 – No total, quantos são os mandamentos?
613

2 – Os mandamentos são divididos em duas partes, quais são?
Positivos e negativos, o que se deve fazer e o que não se deve fazer.

3 – Quanto tempo depois de sair do Egito Deus deu ao povo Suas leis?
3 meses

4 – Qual seria a tradução correta para dez mandamentos?
As dez declarações de Deus

5 - Como Deus entregou os mandamentos ao povo de Israel?
O próprio Deus que primeiro falou ao povo no pé do monte.

6 – Por que então deus a Moisés os  mandamentos escritos se já os tinha declarado ao povo?
Como confirmação física da lei para o povo futuro

7 – O que significa o 3º mandamento: Não tomarás o nome do teu Deus em vão?
Não falar ou cometer o mal em nome de Deus

8 – Qual é a importância de guardar o sábado?
Ter um tempo para o descanso físico e o convívio com a família, santificando-o a deus

9 – Qual outro nome que podemos dar para os dez mandamentos?
Decálogo

10 – Por que o 5º mandamento: Honrar pai e mãe, é um mandamento com promessa?
Porque quem o desobedece deve morrer.

11 – Em quais livros estrão os dez mandamentos?
Êxodo e deuteronômio

12 – Qual mandamento Jesus mencionou que os fariseus alteraram na sua tradição?
Honrar pai e mãe.

13 - Qual é a diferença entre matar e assassinar?
Assassinar – É matar premeditamente, com violência ou à traição.
Matar - Causar a morte de alguém ou alguma coisa sem intenção de fazê-lo.




Os Milagres Messiânicos - Parte I

Nos tempos de Jesus, havia um Tribunal denominado Sinédrio composto por antigos Judeus em Jerusalém, de sacerdotes, anciãos e escribas, o qual julgava os assuntos criminais e administrativo, e ele havia estabelecido alguns parâmetros baseados nos profetas, de como o Messias seria reconhecido pelo povo de Israel.
E foi estabelecido 4 sinais que deveriam ser igualmente cumpridos revelando então o Messias de Deus.

Mas você sabe a diferença entre cura, milagre e sinal?

Cura é o restabelecimento da saúde de alguém, por exemplo: Jesus curou a sogra de Pedro que estava com febre (Jo 4:38-44)

Milagre  é um acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais. Por exemplo: A Transformação da água em vinho (Jo 2:1-12)

Agora, um sinal é algo sobrenatural da parte de Deus a fim de revelar ao homem o poder de Deus no cumprimento de uma promessa. Por exemplo: Jesus disse que apenas um sinal seria dado que Ele era o filho de deus, que seria o sinal de Jonas, ou seja, ele ficaria 3 dias e 3 noites debaixo da terra e depois ressuscitaria.

Então, nesta linha de pensamento, os fariseus, escribas e sacerdotes da época, analisando os profetas identificaram 4 sinais que revelariam o Messias de Deus, que seria:

1 – A cura de um cego de nascença.
2 – A cura de um homem leproso
3 – A libertação de um endemoninhado mudo
4 – A ressurreição de alguém após o terceiro dia.


A cura de um cego de nascença (Jo 9:1-33) 

Jesus poderia ter curado aquele homem imediatamente, como fez com muitos outros doentes, mas ao invés disso, cuspiu no chão, fez um lodo e passou nos olhos do cego, dando-lhe uma ordem: “Vá e lave-se no Tanque de Siloé”.

O tanque de Siloé ficava fora dos muros da cidade de Jerusalém, há 800 mt do templo. Como o texto diz, Jesus estava na entrada do templo quando encontrou com o cego, então, ele, teve que andar esta distância, num caminho inclinado descendo 20 mt até chegar a este canal construído pelo rei Ezequias (2 Rs 20:20), chamado de Tanque de Siloé.

Aquele não era um sábado comum, era a Festa dos Tabernáculos, festa judaica também chamada de Shabat Anual de Deus. E o motivo de Jesus ter enviado aquele cego ao Tanque de Siloé é muito simples: aquele sinal precisava ser notório aos sacerdotes para que o Sinédrio tivesse conhecimento do milagre.

Durante a Festa dos Tabernáculos, havia um ritual especial chamado de “O Derramamento da Água”, onde os sacerdotes iam até o tanque de Siloé, pegavam da sua água com jarros, e voltavam até o monte do templo, e a despejavam na bacia de bronze, que ficava no seu átrio.

Então durante aquele sábado da Festa, o tanque de Siloé era o centro da atenção judaica, onde muitas pessoas estavam assistindo o ritual sacerdotal. E nesta ocasião puderam ver aquele cego de nascença, tão conhecido na cidade, que ficava sentado, quem sabe, na porta do templo pedindo esmola, enxergar pela primeira vez.

Entendem o motivo da comoção, das dúvidas daquelas pessoas e por que seus pais foram chamados?
O 1º sinal messiânico havia se cumprido, e os sacerdotes não queriam admitir tal acontecimento.


Aplicação:

Eu poderia aplicar este texto de diversas formas, mas escolhi falar apenas de um aspecto de nossas vidas.
A incredulidade.

Às vezes, como aqueles sacerdotes, conhecemos a palavra de Deus, sabemos como será a volta de Jesus, enumeramos os sinais da sua vinda, no entanto quando um sinal acontece, nós simplesmente arrumamos argumentos para explicar aquela situação.

Estamos vivendo numa sociedade onde o pecado se tornou relativo, onde cada um quer interpretar a bíblia de acordo com o seu próprio interesse, tentando respaldar seus argumentos e pregando o que a bíblia não diz a fim de convencer o outro de suas próprias convicções. E nisso, temos uma igreja doente que só tem procurado o templo para obter esmolas de Deus.
Que senta na porta do templo e estende a mão pra receber ao invés de oferecer o seu culto a deus.
Enquanto isso, os sinais estão se cumprindo e muitos estão dizendo, é coincidência.

É hora de repensar nossa situação espiritual.
Aceitamos a cura como fez o cego ou continuamos incrédulos como os sacerdotes.

sábado, 6 de outubro de 2018

Aula 10 - Desmistificando Êxodo - A Travessia do Mar Vermelho



“Eu libertei, portanto, vossos pais e os tirei do meio do Egito e os conduzi até o litoral do mar Vermelho; os egípcios decidiram perseguir vossos pais com carros e guerreiros, até o Mar dos Juncos, o Mar Vermelho.”
(Josué 24:6)

1 – Introdução

No sétimo dia de sua saída do Egito, o Povo de Israel, perseguido pelo exército egípcio, presenciou um dos mais espetaculares milagres registrados na Torá: a abertura do mar.
Até os dias de hoje, o evento é símbolo da Graça Divina e salvação para judeus e não-judeus.
O Mar abriu-se depois de uma situação extrema que os judeus viveram, pois eles haviam saído do Egito e o Faraó com seus seiscentos carros aparelhados vieram para persegui-los.
O que fazer numa situação desta? Moisés clama ao Eterno e Ele ordena aos filhos de Israel que marchem.  Mas como isso poderia ocorrer?

2 – Contexto Histórico

Os acontecimentos que antecederam e se seguiram a abertura do Mar de Juncos - popularmente traduzido como "Mar Vermelho", estão sucintamente relatados na Torá, no livro Êxodo.
Conta-nos a Torá que os israelitas, liderados por Moisés, deixaram o Egito no dia 15 de Nissan, iniciando sua viagem em direção ao Monte Sinai. Durante o dia, Deus fazia uso de uma coluna de nuvem para guiar Seu povo. De noite, era uma coluna de fogo que, além de prover luz aos israelitas, direcionava-os de modo a poderem seguir viagem mesmo após o pôr-do-sol.
De repente, Deus ordena a Moisés: “Dize aos filhos de Israel que retrocedam e acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol. Acampai-vos à beira-mar, defronte Baal-Zefom”.(EX 14:2 – KJA)
As ordens Divinas parecem estranhas. Após três dias de viagem, Deus ordena que os israelitas retrocedam e acampem em frente a Baal-Zefom, o único ídolo egípcio que não havia sido destruído durante as Dez Pragas.
Os rabinos de Israel explicam que Deus deu esta ordem para que o Faraó pensasse que os judeus estavam perdidos e confusos e, mais ainda, que a "força" do ídolo egípcio era tamanha que os teria forçado a retroceder.
Apenas três dias após o Êxodo, e Faraó se arrependeu de ter permitido a saída dos israelitas de seu país e sai para capturá-los e trazê-los de volta, obviamente como escravos. Faraó, desejando servir de exemplo e inspiração para seus soldados, "arria sua própria carruagem" e se posiciona a frente das tropas, liderando o exército egípcio na perseguição aos israelitas.
Foi então quando os judeus viram marchar em direção a eles um exército forte, unido e extremamente bem-organizado, o mais poderoso da época. Naturalmente, amedrontaram-se: de um lado estava o mar, do outro, um inimigo impiedoso. Não podiam avançar nem recuar.
Tentando decidir o que fazer, os israelitas se dividem em quatro grupos.

·  Um deles sugere se render ao exército inimigo e retornar, como escravos, ao Egito.
Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto”. (Ex 14:12 - ACF)
·  O segundo grupo decide se atirar ao mar e morrer.
— Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o Senhor vai salvá-los hoje. Nunca mais vocês vão ver esses egípcios. (Ex 14:13 – NTLH)
·  O terceiro se dispõe a lutar até a morte.
“Vocês não terão de fazer nada: o Senhor lutará por vocês”. (Ex 14:14 – NTLH)
·  E o quarto grupo decide clamar a Deus.
“Quando o Faraó se aproximou, os filhos de Israel levantaram os olhos e eis que os egípcios vinham atrás deles. Tiveram grande medo. E então os filhos de Israel clamaram a YHWH”. (Ex 14:10)

Então Moisés começa a orar a Deus (escolhendo o grupo dos que clamam a Deus). E o Eterno, surpreendentemente, lhe responde que não era hora de orar, mas sim de seguir em frente, apesar do mar. Deus exclama: "Por que clamas a Mim?" E dá a seguinte ordem a Moisés: "Fala aos filhos de Israel que marchem! E quanto a ti, levanta o teu cajado e estende tua mão sobre o mar. Tu dividirás o mar, e os israelitas poderão cruzar sobre ele em terra seca" (Êxodo, 14:15-16)
Segundo o Or HaChaim, esta passagem nos leva a uma pergunta fundamental: quando alguém está em perigo, não é a oração sempre a resposta certa? Por que, então, teriam os judeus, recebido a ordem de não orar naquele momento tão crucial?
O sábio responde que, assim como os egípcios, também os israelitas haviam adorado ídolos durante sua permanência no Egito. Portanto, perante a justiça Divina, Israel não tinha méritos suficientes para ser salvo. Por isso, orar por si só não seria o suficiente. Por esse motivo Deus ordenou que o povo andasse em direção ao mar, demonstrando assim sua absoluta confiança Nele. Esta demonstração de fé serviria como mérito para que o mar se abrisse.




3 – A Abertura do Mar

“Logo antes de amanhecer, da coluna de fogo e de nuvem o Senhor olhou para o exército dos egípcios e fez com que eles ficassem apavorados. Os carros de guerra andavam com grande dificuldade, pois Deus fez com que as rodas ficassem atoladas. Então os egípcios disseram: — Vamos fugir dos israelitas! “O Senhor está lutando a favor deles e contra nós”. (Ex 14:24-25)
E durante toda a noite, Deus abriu as águas com um poderoso vento leste, transformando o leito do mar em terra seca.
O Rabi Moshe ben Nachman, um grande sábio, explica que Deus realizou o milagre através do vento - um fenômeno da natureza - e não de uma outra forma explicitamente sobrenatural. Nachmânides explica que Deus assim procedeu porque quis que os egípcios ainda tivessem dúvida sobre o que causara a divisão das águas. Estes insistiam em acreditar que o mar fora aberto pelo vento e não pelo Deus de Israel. Isto os fez perseguir os israelitas, entrando atrás deles mar adentro, com seus cavalos e carruagens.
E quando começou amanhecer, Deus lançou relâmpagos e fortes chuvas contra as tropas egípcias atolando e fazendo desprender as rodas de suas carruagens, e grande temor lhes sobreveio e tentaram retroceder, mas já era tarde. O mar se fechou e foram engolidos pelas águas.

   







Veja a outra ilustração no mapa abaixo. Tenha em consideração que dos dois lados, há um precipício 1,5 Km.
Nos dados especificados acima, podemos calcular que a parede de água chegava a uma altura de 300 metros. Se calcular que cada andar em um prédio tem 2,8 metros, então calculamos que a parede de mar chegou a uma altura de um prédio de 107 andares. Imagina isso. A altura é realmente assustadora. Imagina agora quando as águas foram liberadas. A velocidade que essa parede de água chega a você depois de percorrer a uma distância de 1 km – vindo dos dois lados.
“E com o sopro de tuas narinas amontoaram-se as águas, as correntes pararam como montão; os abismos coalharam-se no coração do mar”. (Êxodo 15:8)
Muitos podem pensar que o vento que separou o mar foi com certeza muito forte, então porque as pessoas não foram levadas pelo vendaval? Tamanho vento os arrancaria e os jogariam quilômetros de distância. Por que isso não aconteceu?
A palavra “coalharam-se” no original hebraico é o mesmo que congelaram, enrijeceram, tornou-se pedra... Isso nos dá a entender claramente que Deus mandou um vento forte do oriente e esse vento congelou a água criando um muro


enorme dos dois lados de água congelada. Aqui está à razão do por que o vento não carregou o povo. As muralhas de água dos dois lados estavam congeladas formando uma enorme barreira que não permitia que o vento chegasse até embaixo onde o povo passava.



O LADO DO ORIENTE FOI MAIS CONGELADO


 “Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar retornou a sua força ao amanhecer, e os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Senhor derrubou os egípcios no meio do mar”.  (Êxodo 14:2).

“Assim o Senhor salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar”. (Êxodo 14:30)




Sabemos que Deus mandou um vento forte do oriente, do lado da Arábia Saudita. Esse vento tinha de trabalhar mais para começar a dividir a água de cima para baixa. Então houve uma maior concentração de vento no começo da divisão da água do lado oriente.
A água começou a dividir do lado da Arábia Saudita para onde o povo estava indo. A água mais congelada estava do lado da Arábia e a parede de água mais fina estava do lado do Egito, na praia de Nuweiba.
Quando a água começou a voltar ao normal, percebam que a escritura fala que os egípcios deram de cara com à água (foram de encontro a ele”) quando estavam tentando voltar para o lado do Egito. A água os pegou e os carregou até a praia do lado da Arábia e é por isso que os israelitas viram os corpos dos egípcios mortos na sua frente.

4 - Conclusão

Toda vez que arqueólogos, cientistas e historiadores tentam desmentir uma passagem bíblica, são confrontados com inúmeras provas de que a bíblia é verdadeira e fiel, e que  a história só prova a sua infalibilidade.
A resposta humana para fatos sobrenaturais, não diminui em nada a grandeza da obra de Deus, pelo contrário, só nos prova que Deus é capaz de usar a natureza e seus fenômenos a fim de cumprir Seus propósitos, e permite que o homem entenda a Sua soberania através destas descobertas.


Dinâmica

Jogo de Tabuleiro – O grupo se dividirá em 2 equipes.


O dado será lançado e o número que sair, corresponderá a uma pergunta bíblica.
Se a equipe responder corretamente, avança o número de casas, se não, perde a vez.
E assim sucessivamente até o fim do jogo.

1 – Depois de quantos dias Faraó perseguiu o povo de Israel?
7 dias

2 – Quantos carros aparelhados Faraó usou para perseguir o povo de Israel?
600

3 – Qual verdadeiro o nome do mar que os israelitas atravessaram?
Mar de Juncos

4 – Em qual dia o povo saiu do Egito?
15 de Nissan

6 – Depoios de quantos dias de viagem Deus manda o povo retroceder em sua jornada?
3 dias

7 – Diante do mar e sendo perseguido por Faraó, o que o povo faz?
Se divide em 4 grupos

8 – O que cada grupo sugere fazer?
Se render, se lançar ao mar, lutar até a morte e clamar a deus.

9 – Em qual dos grupos Moisés ficou?
Dos que clamavam a Deus.

11 – Segundo um sábio judeu, orar não seria suficiente para deus agir abrindo o mar por causa do pecado do povo. O que então serviria como mérito para que o mar se abrisse?
A absoluta confiança em Deus;

12 – Por quanto tempo o vento soprou abrindo o mar?
Por toda a noite até o amanhecer do dia.

13 – De que lado vinha o vendo que abriu o mar?
Do lado leste, ou oriente.

14 – Quantos metros de altura poderia ter as paredes de água na abertura do mar?
300 mt

15 – O que o texto nos mostra que aconteceu com mas paredes d’água do mar aberto?
Congelaram-se

16 – Qual era a distância entre a praia onde o povo estava e o outro lado do mar?
13 Km








Algumas Curiosidades:





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