O espírito santo é uma pessoa?
"Portanto, ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". (Mateus, 28:19)
O Espírito Santo é uma pessoa citada ao lado de Deus e de Jesus.
Quando saímos para algum lugar com os nossos amigos, citamos nome por nome, mas não citamos coisas. Ex: foi na praça comigo Maria, João e minha bolsa.
No versículo acima é nítida a presença de alguém nomeado de Espírito Santo.
“E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (João 16:16,17).
Por que a bíblia o chamaria de outro consolador se o primeiro mencionado é a pessoa de Jesus e o Espírito Santo fosse uma força ou um ser impessoal?
Jesus afirma que o Espírito Santo é alguém igual a Ele, ou seja, é outro da mesma espécie d’Ele. Logo, se Jesus é uma pessoa, inegavelmente o Espírito Santo também o é, caso contrário não poderia ser Seu substituto.
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14:26).
Isso indica que o Espírito Santo possui inteligência e transmite conhecimento. Uma força impessoal não pode ensinar ou fazer alguém se lembrar de algo. Em outra parte, Jesus ainda diz que o Espírito Santo é aquele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8).
Além dessas evidências claras, alguns dos atributos divinos de Deus são também atribuídos ao Espírito Santo: onipresença (Sl 139. 7-10); onisciência (Is 40. 13, 14; I Co 2. 10-11); onipotência (I Co 12. 11). Semelhantemente ao Deus Pai e ao Filho Jesus Cristo, ao Espírito Santo é atribuído a eternidade (Hb 9.14).
Outro indício muito forte é a ordem de Jesus para batizar Seus discípulos. É atribuída às três pessoas da trindade a ação completa do batismo naquela vida restaurada, sem qualquer distinção, colocando-os um após o outro como sendo Deus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).
Sobre o dom de línguas:
Jesus predisse o falar em línguas: "E estes sinais seguirão aqueles que creem … falarão novas línguas." Marcos 16:17.
A primeira vez que alguém falou em línguas foi no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre os apóstolos, como relatado em Atos 2: 1-12. Os apóstolos falavam do evangelho às multidões em Jerusalém, e o que eles disseram que poderia ser compreendido por pessoas que falam muitas línguas diferentes: "… os ouvimos falar em nossas línguas as maravilhas de Deus". Atos 2:11.
Mais tarde, Paulo também escreve sobre o dom de falar em línguas, em 1 Coríntios 12 e 14. No entanto, aqui ele escreve que a pessoa que fala em línguas não fala em uma linguagem compreensível: "ninguém o entende; no entanto, em seu espírito fala mistérios "1 Coríntios 14: 2. No entanto, este presente que foi dado aos crentes pode ser um benefício para os destinatários e usado para edificar os outros em reuniões cristãs.
Mateus 28:19,20 diz que devemos “ensinar as pessoas a guardarem todas
as coisas”. Observe que para ensinar é indispensável conhecer a língua falada
do estrangeiro. “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um
fim proveitoso” (1 Coríntios 12:7). O falar em
língua tem que ter uma utilidade, tem que ser ao menos inteligível, ou seja,
compreensível.
Esta experiência autêntica aconteceu com os discípulos por ocasião do
Pentecostes mencionado em Atos 2:1-11.
O relato mostra que o dom de línguas foi dado para evangelizar. O verso 6 declara que “cada um ouvia falar na sua própria língua” e o verso 8 confirma: “e como os ouvimos falar cada um em nossa própria língua materna?” E pela terceira vez exclamaram os estrangeiros: “como os ouvimos falar em nossa própria língua as grandezas de Deus ? (Verso 11).
Havia naquele lugar mais de 16 nações diferentes. Os Apóstolos não
tinham tempo e nem uma escola para aprenderem todos aqueles idiomas. Você
percebeu? Houve uma “NECESSIDADE” de pregar o evangelho; por isso, o Senhor
deu-lhes o dom. Note que os discípulos não falaram palavras ou sílabas sem
sentido. Eram compreendidos em outros idiomas.
Há 2 aspectos importantes ao analisarmos o dom de línguas em Atos 2:
a) Teve um propósito de evangelizar os estrangeiros. A finalidade era a
edificação dos crentes e o desenvolvimento da causa de Deus;
b) Foi compreendido por todos. Não eram expressões ininteligíveis ou
que provinha de algum êxtase sentimental descontrolado.
Atos 2:22-36 – A mensagem de Pedro centralizava-se em Jesus.
Atos 2:41- Observe que houve resultados. Batizaram-se 3.000 pessoas.
Vejamos o texto de 1 Coríntios 14:6-9:
“Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.”
Paulo continua enfatizando a necessidade de expressar-se de maneira inteligível
(1 Coríntios 14:18, 19, 23).
Já o termo “Língua dos Anjos” só aparece em 1 Coríntios 13:1, quando Paulo assim diz: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine”. Paulo está apenas salientando que mais importante do que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que esta manifestação estranha de língua seria língua dos anjos.
Observe que sempre que os anjos se comunicam com os homens, falam o idioma dos homens.
Exemplos:
• Os anjos falam a língua de Ló (Gênesis 19:15);
• Anjos falaram a língua dos pastores (Lucas 2:8-14);
• Falaram a língua de Maria (Lucas 1:26-28).
O fato de alguém não falar em línguas não é prova de não ser batizado
com o Espírito Santo, e nem o contrário. A bíblia apresenta diversas pessoas
que receberam o Espírito Santo, contudo, não falaram em línguas estranhas
necessariamente.
• Os samaritanos (Atos 8:17);
• Maria (Lucas 1:35);
• Estêvão (Atos 6:5; 7:55);
• Saul (1 Samuel 10:10);
• Gideão (Juízes 6:34);
• Sansão (Juízes 15:14);
• Zacarias (Lucas 1:67);
• Bezalel (Êxodo 31:1-3);
• João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);
• Os sete diáconos (Atos 6:1-7);
• o próprio Jesus Cristo (Lucas 3:22).
Na verdade, existe o dom de línguas, o que pode diferenciar aquele que fala daquele que não fala, embora ambos tenham recebido o Espírito Santo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.