segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Verdades Espirituais

 

 

1 – Deus não precisa de você, mas Ele te chama como colaborador da Sua obra - Porque nós somos companheiros de trabalho no serviço de Deus, e vocês são o terreno no qual Deus faz o seu trabalho. (1 Co 3:9/NTLH) – Gideão, Josué, Moisés e Josafá.

Portanto, tudo isso depende não do que as pessoas querem ou fazem, mas somente da misericórdia de Deus. (Rm 9:16/NTLH)

 

2 – Deus não precisa do seu serviço, mas o convida para participar do Seu descanso - Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve. (Mt 11:28-30/NTLH)

O SENHOR, o Santo Deus de Israel, diz ao seu povo: “Se voltarem para mim e ficarem calmos, vocês serão salvos; fiquem tranquilos e confiem em mim, e eu lhes darei a vitória. Mas vocês não quiseram fazer o que eu disse. (Is 30:15/NTLH)

 

3 – Deus não precisa da sua adoração, Ele deseja é o seu reconhecimento - Samuel respondeu: —O que é que o SENHOR Deus prefere? Obediência ou oferta de sacrifícios? É melhor obedecer a Deus do que oferecer-lhe em sacrifício as melhores ovelhas. (1 Sm 15:22/NTLH)

O Senhor diz: “Eu não quero todos esses sacrifícios que vocês me oferecem. Estou farto de bodes e de animais gordos queimados no altar; estou enjoado do sangue de touros novos, não quero mais carneiros nem cabritos. Quando vocês vêm até a minha presença, quem foi que pediu todo esse corre-corre nos pátios do meu Templo? Não adianta nada me trazerem ofertas; eu odeio o incenso que vocês queimam. Não suporto as Festas da Lua Nova, os sábados e as outras festas religiosas, pois os pecados de vocês estragam tudo isso. As Festas da Lua Nova e os outros dias santos me enchem de nojo; já estou cansado de suportá-los. “Quando vocês levantarem as mãos para orar, eu não olharei para vocês. Ainda que orem muito, eu não os ouvirei, pois os crimes mancharam as mãos de vocês. Lavem-se e purifiquem-se! Não quero mais ver as suas maldades! Parem de fazer o que é mau e aprendam a fazer o que é bom. Tratem os outros com justiça; socorram os que são explorados, defendam os direitos dos órfãos e protejam as viúvas.” O Senhor Deus diz: “Venham cá, vamos discutir este assunto. Os seus pecados os deixaram manchados de vermelho, manchados de vermelho escuro; mas eu os lavarei, e vocês ficarão brancos como a neve, brancos como a lã. Se forem humildes e me obedecerem, vocês comerão das coisas boas que a terra produz. Mas, se forem rebeldes e desobedientes, serão mortos na guerra. Eu, o Senhor, falei.” (Is 1:11-20/NTLH)

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Frases de efeito do livro: É hora de Recomeçar (Felippe Valadão)

Deus estende a corda, mas é você que precisa esticar a mão de volta para sair do poço.

Tem gente que vai pro céu, mas vive um verdadeiro inferno na Terra!

A maneira de Deus não é a melhor para a nossa vida dar certo, é a única.

Aquilo que é propósito de Deus na tua vida e o Diabo tenta extinguir, Deus expande.

Suas decisões não movem Deus; elas movem você para o lugar que Deus já te prometeu.

Deus dá a chave, mas é a gente que tem que colocar a mão na maçaneta e abrir a porta.

Tem muita gente procurando contar o segredo do sucesso mas está esquecendo de ser bem-sucedido! Sua história não é o que você vai contar, é o que você vai viver.

Deus não te escolheu para contar história, mas para fazer história.

O segredo não está nas lágrimas que caem do nosso rosto, mas das sementes que caem de nossas mãos.

A lágrima que cai dos teus olhos faz Deus trabalhar em você, enquanto a semente que cai das tuas mãos faz Deus trabalhar por você.

Fertilidade, multiplicação, autoridade e influência.

Sejam férteis em Jerusalém, multiplique-se pela Judeia e exerçam autoridade e influência em Samaria e nos confins da Terra.

O desafio não é descobrir o propósito, mas ser fiel a esse propósito até o seu cumprimento.

Jesus não disse eu te amo, Jesus disse eu te mudo.

Jesus não fala de aceitação, Ele fala de mudança. Jesus não fala de conforto, Ele fala de confronto. Jesus não fala de autoajuda, Ele fala de autoexame. Jesus não disse Eu te amo, Ele disse aquele que me ama pegue a sua cruz e siga-me.

Você tem coragem de encarar a tua realidade hoje?

A intolerância com o seu presente cria o seu futuro.

Se você quer um recomeço, encare a tua realidade de frente.

Quando você se afasta do que te atrasa, você acelera.

Tempo de recomeço não é tempo de falar o que Deus disse, é tempo de ouvir o que Deus está falando.

Em tempo de recomeço, nós fazemos o que precisa ser feito e não o que queremos fazer.

Conecte-se com pessoas que reconhecem o valor do que Deus colocou em você.

Quanto maior for o seu propósito, maior será a sua guerra. E quanto maior for a sua guerra, maior será a sua recompensa.

Teu inimigo sabe que não pode te destruir, então ele trabalha para te distrair.

A maior inimiga da tua missão é a distração.

Quanto maior a visão maior a opressão.

Quando Deus é ignorado, o fracasso bate à porta. Você nunca vai vencer a oposição sem oração.

A intensidade da tua confiança é proporcional ao nível do teu relacionamento com Deus.

O poder não flui de quem ora, o poder flui de quem responde.

A única coisa que está no teu controle é a tua fé.

Pessoas podem recusar nosso amor ou rejeitar nossas palavras, mas nunca terão defesas contra nossas orações. (Rick Warren)

Noé recebeu instrução de construir um enorme barco no deserto porque choveria como nunca antes aconteceu. Elias recebeu instrução de beber água do riacho e ser alimentado por corvos. Davi recebeu instrução de abandonar as armas de guerra e lutar com pedras e estilingue. Pedro recebeu instrução de andar sobre as águas. Venha viver os absurdos de Deus.

A oração é a prova viva da humildade humana. Gente orgulhosa não ora!

A vitória é de quem persevera e completa a jornada!

Quando as minhas mãos não movem a terra, os meus joelhos movem os céus.

A vitória não é do povo de Deus. A vitória é de quem vai até o final. Vencer não é uma exclusividade dos evangélicos, e sim um prêmio concedido a todos aqueles que não desistem e concluem o que começaram.

O mundo quer que desistamos, que nos conformemos. Mas Deus deseja que nós o transformemos.

A resistência o coloca de pé, a persistência faz você andar.

Nada pega Deus desprevenido porque Ele não está preso ao tempo, Ele é eterno.

Não permita que as guerras momentâneas da Terra roubem de você a capacidade de perceber as movimentações do céu.

A bênção de Deus nem sempre fará você ter posse das coisas, mas sempre dará acesso a todas elas.

Uma identidade distorcida é um destino roubado.

Deus não muda! Ele não reage de acordo com as nossa atitudes.

Não é sobre estar preparado, é sobre estar decidido.

domingo, 3 de setembro de 2023

Heresias na Época da Patrística

Gnosticismo - nome masculino. [ História religiosa ] Conjunto de movimentos religiosos dos primeiros séculos do cristianismo, considerados heréticos, que combinam o misticismo, o sincretismo religioso e correntes filosóficas. É uma doutrina que visa a salvação da alma não através da fé, mas do conhecimento ou, mais propriamente, através do saber espiritual.
Clemente (140-211) pode ser considerado o pioneiro do gnosticismo no interior da Igreja, segundo Kurt Rudolph.

Docetismo - Docetismo é uma doutrina cristã do século II, considerada herética pela Igreja primitiva. Antecedente do gnosticismo, acreditavam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas aparente. Esta doutrina é refutada pela Igreja Católica com base no Evangelho de São João, onde no primeiro capítulo se afirma que "o Verbo se fez carne". Autores cristãos posteriores, como Inácio de Antioquia e Ireneu de Lião deram os contributos teológicos mais importantes para a erradicação deste pensamento, em especial o último que, na sua obra Adversus Haereses defendeu as ideias principais que contrariavam o docetismo, ou seja, a teologia do Cristocentrismo.
O Docetismo parte das ideias de Marcião, um filósofo e pensador cristão, profundo estudioso dos escritos de Paulo de Tarso, que se fixa na ideia de que o deus hebraico, ao se mostrar vingativo e por vezes cruel, não poderia ser o mesmo que conceberia Jesus e o ofereceria à humanidade.

Arianismo - O arianismo foi uma visão cristológica antitrinitária sustentada pelos seguidores de Ário, presbítero cristão de Alexandria nos primeiros tempos da Igreja primitiva, que negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, que Os igualasse. Nega divindade de Cristo.

Pelagianismo - foi um conceito teológico que negava o pecado original, a corrupção da natureza humana, o servo arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a necessidade da graça divina para a salvação. O termo é derivado do nome de Pelágio da Bretanha.
Pelágio, um monge britânico que viveu entre os séculos 4 e 5 d.C. O pelagianismo nega especialmente a verdade acerca do pecado original. A doutrina pelagiana foi condenada como heresia pela Igreja em diversos concílios.

Monarquianismo - tem a sua origem da controvérsia trinitariana entre os bispos Ário e Atanásio e da confusão teológica que havia na Igreja para definir didaticamente a doutrina da Trindade. O bispo Ário negava a divindade de Jesus, já Atanásio defendia. Mas, ele ganha força e nome com um bispo da Igreja chamado Sabélio, que negava a doutrina da Trindade explanada por Tertuliano.
O monarquianismo tornou-se a grande heresia do século III d.C. Essa terminologia foi dada por Tertuliano. Grande apologista da doutrina da Trindade e criador do termo teológico TRINDADE (três pessoas na divindade). O Monarquianismo defendia a existência de um só Monarca (um só Deus) contra a divindade de Jesus, que segundo seus defensores não poderia ser também o Monarca (o Deus). Inicialmente o monarquianismo foi contra a divindade de Jesus, entretanto surgiram monarquianos que aceitaram a divindade de Jesus, contudo não a divindade plena. Daí o significado do termo. A palavra ‘Monarquianismo’ vem do termo grego ‘monarchia’, isto é, o governo exercido por um único indivíduo.

Nestorianismo - doutrina ligada a Nestório 380-451, monge de Antioquia, que fazia a distinção entre as naturezas divina e humana de Cristo, o que consequentemente negava a maternidade divina de Maria.

Sobre a Transfiguração

Em 2 Pedro 1:16, no entanto, a transfiguração é interpretada mais como um vislumbre da futura glória do Filho de Deus, em sua segunda vinda (cf. Mt 24:30).
A presença de Moisés e Elias é provavelmente melhor interpretado como indicando que Jesus é o cumprimento da Lei (Moisés) e dos Profetas (Elias). Lucas acrescenta que Moisés e Elias falaram com Jesus de Sua partida ou da “morte iminente” (Lucas 9:31).
Isto se encaixa bem apropriadamente com a ênfase de Lucas em Jesus como o Cumprimento do Antigo Testamento. Os evangelistas também parecem ter entendido este relato como o cumprimento das palavras de Jesus no que diz respeito aos discípulos de verem o reino de Deus vindo com poder em sua vida.

(Robert H. Stein)

A palavra Transfigurar, que traduz o termo “metamorfose” mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma. A palavra “morphe” significa “forma” e o termo“meta” diz respeito a “mudança”, mas não mudança de essência (Mt 17.2; Mc 9.2; Rm 12.2). Entendemos que a Transfiguração foi uma experiência de origem divina, uma revelação dada aos apóstolos sobre a glória do Reino futuro no qual, Jesus é Rei.Ele foi metamorfoseado quando “transformou-se” no monte mudando sua APARÊNCIA física e não a sua ESSÊNCIA divina. A palavra traduzida em português como “transfigurado” corresponde ao vocábulo grego “metamorphoõ” que significa também “transformar”, “mudar em outra forma”, “transfigurar”.
Simbolicamente, o aparecimento de Moisés e Elias representava a Lei e os Profetas. Entretanto, a voz de Deus do céu – “Ouçam a Ele!” – mostrou claramente que a Lei e os Profetas deviam dar lugar a Jesus. “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.” (Lc 24.44). Aquele que é o novo e vivo caminho está substituindo o antigo; Ele é o cumprimento da Lei e das inúmeras profecias no AT. Além disso, em Sua forma glorificada eles tiveram uma breve visualização da Sua glorificação e entronização vindoura como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
João escreveu em seu evangelho: “Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Pedro também escreveu: “De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, […] Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida […]. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo” (2 Pe1.16-18).
Um dos principais motivos da visão no monte da transfiguração é o de demonstrar que a Lei de Moisés (Pentateuco) e todos os profetas (Os demais livros) do AT tiveram seu real cumprimento na pessoa magnífica do Senhor Jesus Cristo (Lc 24.44). Importante também notar que a visão teve o propósito de fortalecer a fé dos apóstolos, pois estes estavam prestes a ver o Senhor ser crucificado e morto. Eles deveriam entender que antes da sua ressurreição, era necessário o sofrimento e a morte do Cordeiro de Deus, a fim de que os pecados deles e os nossos fossem expiados pela morte do Justo. Evidência disto são as palavras que o Senhor Jesus lhes dirigiu imediatamente após a visão: “E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos” (Mt 17.9).

Qualquer tentativa de justificar a teoria espírita da reencarnação, com base no relato da transfiguração, está em direta oposição ao claro ensinamento bíblico de que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27).
O aparecimento de Elias e Moisés no evento da transfiguração foi genuíno e possível pelo fato de que:
(1) Elias foi trasladado vivo ao Céu, sem provar a morte (2 Reis 2:9-12).
(2) Moisés haver sido previamente ressuscitado dos mortos e levado para o Céu, como sugere a declaração bíblica no livro de Judas (Judas 9).




terça-feira, 29 de agosto de 2023

Deus conhece a sua dor

 

⁸ Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver:

⁹ Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.

¹⁰ Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para sedes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

¹¹ Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.  (Apocalipse 2:8-11/ARA)

 

Introdução

 

Logo após Paulo ser decapitado por Nero, o Imperador Romano, nasce um homem chamado Policarpo.

Ainda na sua juventude, conheceu e foi discípulo de João, o apóstolo mais íntimo de Cristo, sendo mais tarde consagrado pastor e bispo de Esmirna.

Policarpo é conhecido pela tradição cristã como um grande mártir e pai da igreja, tendo seu nome registrado nos anais da história do I e II século d.C.

A igreja de Esmirna situava na Turquia, e era uma das sete igrejas da Ásia Menor às quais o apóstolo Paulo fundou junto com os discípulos.

João, na ilha de Patmos, recebe instrução diretamente de Cristo para escrever tudo aquilo que Ele ditava a cada igreja, que naquela época passava por alguma dificuldade física, moral ou espiritual.

Perceba que todas as cartas começam com Deus falando às igrejas: “conheço as tuas obras”, mas a Esmirna Deus diz: “Eu conheço a sua dor. Conheço as tuas aflições, conheço a sua tribulação”.

Naquela época, a igreja estava sendo perseguida de tal forma, que seus fiéis ao serem pegos, eram torturados em camas de espinho, jogados em caldeirões de óleo fervente, em arenas para serem comidos por feras para entreter os romanos ou queimados vivos.

Muitos se escondiam. Outros negavam a fé e se aliavam a Roma, mas existiam aqueles que lutavam bravamente diante da dor glorificando a Deus até o último suspiro.

Policarpo foi um desses.

Três dias antes da sua morte, estava orando como lhe era de costume, quando teve uma visão. Ao sair de seus aposentos, olhou para os seus amigos e disse: serei queimado vivo.

No dia da preparação da páscoa, um sábado sagrado para os judeus, bem na hora da refeição matinal, os soldados chegaram a sua casa. Policarpo abriu a porta, pediu que a família servisse aqueles soldados com alimento o quanto quisesse, e lhes pediu permissão para orar durante 1h a Deus.

Após 2h de oração, ele se levantou e se entregou aos soldados que já estavam arrependidos de irem prendê-lo.

Num jumento, escoltado pelos soldados, caminhavam até a cidade quando encontraram a carruagem do pro cônsul que era capitão da guarda local.  Este fez questão de lhe dar uma carona no intento de persuadi-lo a honrar o imperador a fim de livrá-lo da morte.

No entanto, ao negar veementemente se curvar ao imperador e negar a Cristo, o empurrou da carruagem de modo que ao cair, deslocou a perna.

Quando estava entrando no estágio, lugar que seria morto, uma voz surge do céu dizendo: SÊ FORTE POLICARPO! E todos que estavam ali ficaram assustado por ouvirem a voz.

Mas uma vez o pro cônsul lhe dá a oportunidade de negar a Jesus, mas Policarpo declara em alto e bom som: OITENTA E SEIS ANOS O SERVI, E ELE NUNCA ME FEZ MAL. COMO ENTÃO POSSO BLASFEMAR CONTRA MEU REI E SALVADOR?

O pro cônsul continuou insistindo: Não vê que as feras estão prontas para devorá-lo?! Basta negá-lo que eu te livro desta morte.

- ESTOU PREPARADO, PODE CHAMÁ-LAS.

E o pro cônsul replicou: - Já que não tem medo das feras, queimarei você vivo.

E Policarpo respondeu:

- TU ME AMEAÇAS COM O FOGO QUE QUEIMA POR UMA HORA E LOGO SE APAGA, MAS É IGNORANTE QUANTO AO FOGO DO JULGAMENTO DE DEUS QUE VIRÁ SOBRE TODOS OS ÍMPIOS.

Imediatamente o colocaram na estaca, e começaram a preparar para atear fogo.

Policarpo começa a orar a Deus em alta voz, pedindo perdão por aquelas pessoas e agradecendo pelo privilégio de poder morrer pelo Seu nome.

Ao colocarem fogo, as chamas subiam de forma que não se encostavam a ele, como que seu corpo estivesse blindado por Deus.

Ao perceber a comoção do povo e a surpresa que lhes causava, um carrasco se aproximou perfurando-o com uma adaga.

O sangue que saiu daquele ferimento foi tanto que apagou o fogo, e todos que estavam naquele estágio ficaram de pé, admirados de como aquilo poderia ter acontecido.

Após morrer, atearam fogo novamente em seu corpo e depois enterraram seus ossos.

Policarpo foi o 12º mártir da igreja de Esmirna e muitos se converteram naquele dia pelo testemunho dado perante a morte.

 

 

 

Vs. 8 - A carta deixa claro que foi o próprio Jesus quem a ditou a João. Cada palavra expressava a soberania Daquele que morreu, mas ressuscitou, e que estava vivo para anunciar o futuro a João e àquelas igrejas.

 

Vs. 9 – Jesus conhecia o sofrimento que aquela igreja estava enfrentando. Sabia de suas necessidades físicas, mas engrandecia sua fartura espiritual. Ele via quantas pessoas estavam infiltradas naquela igreja a fim de serem usadas por Satanás para corromper o corpo de Cristo.

 

Vs. 10 – Cristo prevê mais sofrimento para aquela igreja, mas a consola com uma palavra de esperança: esse sofrimento tem tempo para acabar, não será pra sempre. E aquele que vencer receberá a coroa da vida, ou seja, receberá um galardão do qual ninguém poderá tirá-lo.

 

Vs. 11 – Essa mensagem é para aquele que ouve o Espírito, e a promessa é que a morte nunca mais terá poder sobre sua vida.

A segunda morte é o sofrimento eterno afastado de Deus, em comparação a vida eterna daqueles que permanecerem fiéis a Deus.

 

 

Deus conhece a sua dor.

Ele sabe o que você está sofrendo.

Inclusive a causa do seu sofrimento.

Ele também vê quando você sofre perseguição do mundo por amor a Ele, e as vezes que pessoas que se dizem cristãs são usadas pelo Diabo para te ofender.

Mas Ele tem uma palavra de esperança para você.

EU SOU A VIDA ETERNA, E AQUELE QUE PERMENECER EM MIM ATÉ A MORTE, RECEBERÁ A COROA DA VIDA E SERÁ LIVRE DO PODER DA SEGUNDA MORTE.

 

 

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Contexto histórico da Palestina

 Aula rápida sobre o contexto histórico da nação Palestina.

-Antes de Israel, havia um mandato britânico, não um estado palestino.

-Antes do Mandato Britânico, havia o Império Otomano, não um Estado Palestino.

-Antes do Império Otomano, havia o estado islâmico dos mamelucos do Egito, não um estado palestino.

-Antes do estado islâmico dos mamelucos do Egito, havia o Império Árabe-Curdo Ayubid, não um estado Palestino. Godfrey IV de Boulogne, conhecido como Godfrey de Bouillon, conquistou Jerusalém em 1099.

-Antes do Império Ayubid, havia o reino franco e cristão de Jerusalém, não um estado palestino.

-Antes do Reino de Jerusalém, havia os impérios omíada e fatímida, não um estado palestino.

-Antes dos impérios omíada e fatímida, havia o império bizantino, não um estado palestino.

-Antes do Império Bizantino, havia o Império Romano, não um estado Palestino.

-Antes do Império Romano, havia o estado Hasmoneu, não um estado Palestino.

-Antes do Estado Hasmoneu, havia o Selêucida, não um Estado Palestino.

-Antes do império selêucida, havia o império de Alexandre o Grande, não um estado palestino.

-Antes do império de Alexandre, o Grande, havia o império persa, não um estado palestino.

-Antes do Império Persa, havia o Império Babilônico, não um estado Palestino.

-Antes do Império Babilônico, havia os reinos de Israel e Judá, não um estado palestino.

-Antes dos Reinos de Israel e Judá, havia o Reino de Israel, não um Estado Palestino.

§ Antes do reino de Israel, havia a teocracia das doze tribos de Israel, não um estado palestino.

§ Antes da teocracia das doze tribos de Israel, havia uma aglomeração de cidades-reinos cananeus independentes, não um estado palestino.

Na verdade, neste pedaço de terra havia de tudo, EXCETO UM ESTADO PALESTINO.

As terras de Israel foram chamadas de PALESTINA pelo imperador romano Adriano  que utilizou o termo “filisteu” para discriminar os judeus. 

Naquela época Adriano também mudou o nome de Jerusalém para Aelia Capitolina a fim de tentar acabar com a história de Israel, porém ele fracassou.

A autoridade palestina é apenas um governo fictício que obtém benefícios manipulando os povoados árabes através da fé islâmica com o objetivo de destruir judeus e cristãos por meio do terrorismo.



Por: Eli Simberg


#AmIsraelChai #OnThisDay  #Jerusalem  #Israel 

#GazaFreeFromHamas #ShalomIsrael

quinta-feira, 23 de março de 2023

Profecia cumprida de Daniel

O anjo Gabriel revelou ao profeta Daniel que Jerusalém seria destruída e que após 483 anos viria o Messias. E que o seu próprio povo, o povo de Israel, o rejeitaria e o crucificaria, e que a cidade de Jerusalém e o templo ficariam outra vez em ruínas. E foi assim que aconteceu.
A cidade e o lugar santo serão destruídos pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação: Guerras continuarão até o fim (Dn 9:26/NVI)
Jesus entrou na cidade de Jerusalém no dia exato da profecia, foi aclamado como Messias e depois rejeitado. Jesus mesmo profetizou:
Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas". (Mt 24:2/NVI)
E cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. (Lc 21:24a/NVI)
No ano 70 d.C, exatamente como Cristo previu os exércitos romanos sob Tito saquearam Jerusalém, derrubaram o templo de Herodes e não deixaram pedra sobre pedra. Mais de um milhão de judeus foram mortos e o remanescente de Israel foram espalhados entre as nações.
E vocês serão tirados da terra e serão espalhados pelas nações, de um lado ao outro da terra. (Dt 28:63-64/NVI)
Os profetas de Israel também previram o antissemitismo que perseguiriam os judeus por toda parte.
E vocês serão motivo de horror e motivo de zombaria e de riso para todas as nações para onde o Senhor o levar. (Dt 28:37/NVI)
Espalhados entre as nações os judeus têm sido odiados, perseguidos e mortos como nenhum outro povo. Enquanto a estéril terra de Jerusalém permaneceu de luto. Em dias admiráveis Jesus alertou:
Jerusalém será pisada pelos gentios, até que se cumpram os seus dias. (Lc 21:24b/NVI)



sexta-feira, 17 de março de 2023


A bíblia nos garante que Deus é fiel, e essa fidelidade está baseada nesta palavra:

"... se somos infiéis, Ele permanece fiel; porque não pode negar-se a Si mesmo". (2 Tm, 2:13)

Deus não vai contra o Seu caráter. 
Deus não beneficiará ninguém em detrimento da graça. Ele é graça, assim como é justiça, e ambos corroboram para que a Sua fidelidade seja verdadeira. 
Então não pense você que Ele não exercerá justiça porque ama, mas é justamente por causa deste amor que a Justiça Dele será imputada.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

A Origem do Nome dos Dias das Semanas


Na Antiguidade, não existia dias da semana como estamos habituados (segunda, terça, quarta,...), mas era marcado pelas luas. Tanto que o 1º dia do mês era marcado pela 1ª lua nova, então contava-se 7 dias (que é o tempo que a lua muda de fase) e então começava a próxima semana na lua crescente, e assim sucessivamente até a próxima lua nova, quando marcaria o 2º mês.
Então, o primeiro dia da semana não era domingo, como muitos acreditam que Jesus tenha ressuscitado, mas no 1º dia de fase da lua.
outro detalhe importante era que sábado não era o nome de um dia mas a referência ao descanso emana ou feriado. Tanto que em Levíticos 23:5-8 diz que tanto o dia 14 de abib quanto o dia 15 de abib, eram sábados do Senhor e não se podia trabalhar.
O primeiro marcava a Páscoa e o segundo o início da Festa dos Pães Asmos. Logo, Jesus morreu e dois dias seguintes eram sábados, quando ninguém podia fazer nada, por isso somente no terceiro dia após a sua morte ele foi visitado pelas mulheres, e não dois dias depois como supõem alguns, chegando a dizer que ele morreu na sexta-feira e no domingo pela manhã elas foram ao sepulcro.
O dia 14 de abib é uma data fixa e não tem nada a ver com fim de semana, ela é festejada no exato dia em que caia da semana. Desmistificando assim que Jesus tenha ressuscitado em um domingo e morrido numa sexta-feira.
A semana de sete dias (septimana, em latim, significando “sete manhãs”) é de origem babilônica. Na Babilônia, desde pelo menos 1600 a.C., associava-se os dias da semana e os planetas aos deuses. Assim, Vênus era associado à Ishtar, deusa do amor; Marte, ao deus da guerra e do submundo chamado Nergal; Júpiter, ao deus supremo da Babilônia, Marduck.
Quando os hebreus foram deportados para a Babilônia durante o reinado de Nabucodonosor II, final do século VI a.C., a elite judaica entrou em contato com a astronomia babilônica. A Bíblia Hebraica absorveu a semana de sete dias como mostra o relato da criação do mundo em seis dias destinando o sétimo e último como o dia do descanso. Essa tradição bem como o quarto mandamento do Decálogo – “Lembra-te do dia de descanso para o santificar” – são a base da prática judaica do Shabbat. Assim, a semana judaica tinha o Shabbat como o sétimo dia.

A semana romana

Os romanos, sob o Império, adotaram a semana de sete dias associando-os aos planetas e deuses olímpicos greco-romanos. Os planetas então conhecidos pelos astrônomos eram: Saturno, Júpiter, Marte, Vênus e Mercúrio. Assim, a semana romana era dividida conforme mostra a tabela abaixo.

Os nomes dos dias da semana no Império Romano.


Foi o imperador Constantino que, em março de 321, impôs o descanso semanal no dia do Sol decretando que todas as atividades profissionais (exceto o trabalho agrícola) deveriam cessar em homenagem ao Sol Invictus (Sol Invencível). Estabeleceu-se, assim, o descanso semanal no que seria mais tarde chamado domingo, tradição que se manteve até os dias de hoje.
A semana cristã
O Concílio de Niceia, realizado durante o reinado de Constantino em 325, estabeleceu, entre outras decisões, a reforma do calendário romano para dar-lhe uma feição cristã. O sétimo dia da semana, dedicado a Saturno, passou a ser dedicado ao Shabbat judeu, dia do descanso consagrado pelo Velho Testamento; ele se tornou o Sabbatum (sábado) dos católicos.
O primeiro dia da semana, o dia do Sol dos romanos, passou a ser Dominicus Dies (ou Dies Dominicum, Dies Dominica, Dies Domini) que, em português, significa Dia do Senhor, tendo evoluído para domingo. Esse dia já era o dia de descanso oficial do Império romano pelo decreto de Constantino de 321, e assim permaneceu.
Os outros cinco dias da semana continuaram com seus nomes romanos de deuses e planetas. Como lembra Paul Veyne: “nossa semana deve tanto à astrologia popular pagã quanto ao judeu-cristianismo e isso permitiu a Constantino contentar os cristãos sem contrariar os pagãos” (VEYNE, 2010, pp. 152-153).

Os nomes dos dias da semana após o Concílio de Niceia. Os nomes de origem pagã sobreviveram em boa parte da Europa latina cristã, como, por exemplo, na Espanha, na França e na Itália.


Os dias da semana numerados de Portugal

A língua portuguesa é a única língua românica em que o nome dos planetas foi substituído por numerais.
Quem decidiu isso foi São Martinho de Dume, bispo de Braga no século VI. Para ele, era uma blasfêmia chamar os dias da semana pelos seus nomes pagãos. Afirmava que não se podia “dar nomes de demônios aos dias que Deus criou”, referindo-se aos deuses romanos Júpiter, Marte, Vênus, Mercúrio.
Considerando isso, São Martinho propôs que durante a Semana Santa – período que, na Idade Média, todos os dias eram consagrados ao descanso e às orações –, os dias da semana fossem chamados feria (literalmente: dia livre, de onde deriva a palavra “feriado”) e ordenados numericamente.
A proposta foi aprovada no Primeiro Concílio de Braga, de 561 a 563, dirigido pelo próprio São Martinho e acabou se fixando para o resto do ano. Foram mantidos os nomes do Dia do Senhor (domingo) e do Sabbatum (sábado) e dados novos nomes aos demais dias da semana que passaram a ser Feria Secunda, Feria Tertia, Feria Quarta, Feria Quinta, Feria Sexta.
Ao longo dos anos, a língua portuguesa foi se modificando, tendo a palavra “feria” sido substituída por “feira” nos dias da semana, chegando-se assim aos nomes dos dias da semana atuais.

Os nomes dos dias da semana estabelecidos por São Martinho de Braga no século VI e que acabaram se fixando em Portugal e nos países de língua portuguesa como o Brasil.

A mudança imposta pelo bispo português São Martinho ficou valendo apenas para Portugal. Outros países, como Espanha, França e Itália mantiveram a raiz original dos planetas Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno para chamar os dias da semana (veja na tabela rosa. acima).

Os dias da semana na Inglaterra

Na Inglaterra, a semana de sete dias chegou só no século V, bem atrasada em relação ao resto da Europa. O calendário romano foi adaptado aos deuses nórdicos.
Dessa forma, os nomes dos dias da semana nas línguas anglo-saxônias não derivaram do latim, mas dos nomes dos deuses daqueles povos. Assim, Marte, por exemplo, foi substituído por Tiw ou Tyr, deus da guerra, dando origem a Tuesday, equivalente à nossa terça-feira. Veja na tabela abaixo.

Os dias da semana nas línguas anglo-saxônicas derivam dos nomes dos deuses nórdicos.


Domingo: primeiro ou último dia da semana?

Na tradição religiosa cristã, Domingo é o primeiro dia da semana que comemora a ressurreição de Cristo. Nos Evangelhos, Jesus morreu no dia de “preparação para o sábado (Lucas 23:54), ou seja, num dia que antecedia o sábado, porém, com uma observação: tanto o dia 14 quanto o dia 15 de abib eram sábados do Senhor, então... se Jesus morreu numa sexta e os dois dias seguintes eram sábados, ele ressuscitou na segunda-feira e não no nosso domingo. Ele foi sepultado no final da tarde e lá permaneceu durante três dias segundo a Bíblia (Jo 2:19-21, Mc 8:31, Mt 12:39)  e foi na madrugada do terceiro dia e no primieiro dia da semana, ou seja, na chegada da lua nova, de domingo, que as mulheres foram ao túmulo (Mateus 28: 1; Marcos 16:1; Lucas 24:1, João 20:1).








segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

ORIGEM DOS HOSPITAIS, CEMITÉRIOS E ESCOLAS PÚBLICAS.

 ORIGEM DOS HOSPITAIS PÚBLICOS

A palavra hospital é de raiz latina e deriva de “Hospitalis”. Proveniente de hospes (hóspedes) – nessas casas que, futuramente, seriam os hospitais era comum receber peregrinos, pobres e enfermos.

As hospedarias antigas eram lugares que alugam quartos para que mulheres desse a luz, feridos de guerra fossem tratados, ou pessoas de posses pudessem  tratar alguma enfermidade de modo isolado.

Os primeiros “hospitais” que temos informação foram construídos em 431 a.C, no Ceilão (atual Sri Lanka), pelo rei Pandukabhaya que ordenou a construção de casas “para internação”.

Por volta de 100 a.C, na Europa, a introdução coube aos romanos, que ergueram locais chamados de valetudinária, a fim de cuidar dos soldados feridos em batalha. No entanto, foi apenas a partir do século IV, com o crescimento do cristianismo, que os hospitais se expandiram de forma mais evidente.

Comandados por sacerdotes e religiosos, os monastérios passaram a servir de refúgio e base para viajantes, peregrinos e doentes pobres. Esses lugares possuíam um infirmitorium (enfermaria, lugar de enfermos), onde os pacientes eram tratados, uma farmácia e um jardim com plantas medicinais.

Esses modelos que serviram como inspiração para os hospitais modernos. Na Idade Média, as ordens religiosas continuaram sendo os líderes nas criações de hospitais.

O Cristianismo tornou esse cuidado mais humano, surgindo a ideia de ajuda aos necessitados e doentes. O decreto de Milão, de 313 d.C., instituído pelo imperador Constantino, e o Concílio de Nicéia, de 325 d.C., que estabelecia o atendimento compulsório aos carentes e enfermos, promoveram a motivação final para o desenvolvimento dos hospitais.

 ORIGEM DAS ESCOLAS PÚBLICAS

Desde os primórdios da humanidade, podemos perceber o poder do ensino e da educação, bem como seu grande papel social, mas ela não se dava da forma como conhecemos hoje, e diferente era seu objetivo. Nas comunidades primitivas as crianças e jovens aprendiam técnicas grupais de sobrevivência e práticas coletivas como caça, pesca, plantio, enfim, sua cultura. Não existia uma instituição determinada para a educação: ela se dava em “casa” e no convívio com seu grupo ou tribo, e assim era repassada de pai para filho, confirmada através de gerações.

Após milhares de anos e gradativa evolução social, chegamos à Grécia Antiga, onde a educação sofre uma verdadeira dedicação e se revoluciona. Muito da educação ocidental é devida a Paidéia Grega, um complexo educacional de Ginastica, Gramática, Retórica, Música, Matemática, História, Filosofia, entre outras matérias, para formação de cidadãos capazes de exercer ativo papel na sociedade. Nesse contexto, a educação era para alunos seletos, excluindo-se mulheres, escravos e estrangeiros. Inclusive, a etimologia da palavra “escola” é de origem grega “scholé”, que significa “discussão”, “conferência” e também “tempo livre”, o que quer dizer, em outros termos, que no tempo livre pode-se desenvolver uma conversa útil, digna de aprendizado.

Chegando à Idade Média, temos os mosteiros como responsáveis pelo ensino, ainda assim muito seletos, com alunos da elite e estudos extremamente ligados à religião.

 

O mosteiro foi o primeiro espaço de organização e preservação dos saberes na Idade Média. Eles salientam que a concepção que temos de um local especialmente destinado à sistematização do ensino e do conhecimento nasceu da ideia cristã de evangelização presente no mosteiro e nas escolas cristãs dessa época. ((OLIVEIRA, 2008, p.208)

 

Mas foi a partir da Reforma Protestante em 1517 que Martinho Lutero, foi um dos responsáveis por formular o sistema de ensino público que serviu de modelo para a escola moderna no Ocidente.

Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da Igreja de seu tempo, o monge produziu uma reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola moderna. Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje. 

CEMITÉRIO PÚBLICO

A palavra cemitério vem do grego que significa, lugar de dormir.

Primitivamente, cemitério era o lugar onde se dormia. Foi somente nos primeiros séculos da nossa era que a palavra assumiu o sentido de necrópole, de campo-santo, campo de descanso eterno, etc.

A Bíblia, em várias passagens suas, denomina o cemitério como sendo onde dormem os mortos até serem acordados pelas trombetas do Juízo Final, quando se levantarão incorruptos. Em outros momentos, a morte se encontra como sinônimo de sono, como é o caso em que Jesus, ao falar sobre a morte de Lázaro, diz: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo” (Jo 11, 11).

Os mortos, eram sempre sepultados em campo aberto em locais comprados pela família onde se juntavam para esperar a ressurreição em família.

Porém, nem todos podiam ter um enterro digno. Criminosos e pessoas consideradas perversas, eram queimadas como sinal de purificação.

O cemitério, enquanto agrupamento de túmulos ou sepulturas, é provável que tenha surgido quando os homens passaram a fixar-se em determinadas regiões, e, também, com o aparecimento da propriedade privada.

Com o aumento das cidades e de seus habitantes, acarretou o acúmulo de túmulos ao redor de igrejas, conhecidos como cemitérios cristãos, onde a família poderia enterrar seu parente no quintal da igreja que frequentava.

Segundo Tertuliano, seu aparecimento ocorreu fim do século II. Pela lei, tinham de ficar fora da cidade; subterrâneos ou em área descoberta, mas então, cercados por muros ou colunas. Devido a perseguição aos cristãos, passaram a constituir-se em local apropriado de reuniões e orações, e assim permaneceu até a idade média, quando houve uma ruptura do estado com a igreja e o estado passou a tomar conta dessa parte e cobrar pelo sepultamento.

 

 

Uma breve pesquisa sobre a origem das Escolas, hospitais e cemitérios públicos.

Meire Raposo – Historiadora, Teóloga e Professora.

16/12/21

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