domingo, 27 de maio de 2018

Gincana da Família


Como Dividir as Equipes:

Tenha vários papéis picados em 4 cores diferentes numa caixa, onde cada participante possa escolher uma cor. Os papéis devem estar no número exato de pessoas presentes dividido pelas quatro cores, para que não haja mais participantes em uma equipe que na outra.
Depois as cores iguais se juntam para montar a equipe.

Tarefas

1 – Cada equipe deve enviar um participante para a prova da mímica -  Esse participante receberá um nome que será colado em suas costas, sem que ele veja. Sua equipe deverá fazer mímica a fim de fazê-lo descobrir qual é esse personagem – Tempo: 2 minutos (Vanessa)

·         Adão – Desobediência e falta de ética

Adão construiu a primeira família na face da terra, que deu maus exemplos a seus descendentes, desobedeceu a Deus e faltou ética um para com o outro. Ele, e sua mulher Eva, depois de pecarem , responsabilizou um ao outro pela desobediência (Gn 3:12-13). Como conseqüência disso, o pecado entrou na humanidade, e o primogênito Caim, cometeu o primeiro homicídio da história contra seu irmão  Abel (Gn 4:8).

·         Noé – Fé e obediência

O patriarca achou graça aos olhos do Senhor que o considerou justo e íntegro entre os seus contemporâneos (Gn 6:8-9). A tristeza de deus para com a humanidade corrompida nos tempos de Noé levou Deus a decidir por um novo começo. Ele e sua família foram preparados para o projeto de deus de uma nova humanidade.
Noé exerceu, ao lado de sua família, uma fé que os levou à obediência naquilo que Deus lhes ordenara. Com isto, Deus estabeleceu o seu novo projeto e Nóe e sua família tiveram uma aliança de amor com deus (Gn 9:8-9)

·         Abraão – Patriarca da Fé

Abraão, seguindo o exemplo de Noé, era um homem de fé e até hoje é considerado o Pai da Fé. Ele foi muito importante do ponto de vista dos valores da família, pois constituiu o clã que atravessa gerações. Ele teve o filho da promessa, Isaque, com Sara, um filho com a escrava Agar e outros com Quetura (Gn 25:2)

·         Eli – Prostituição e profanação

Em Siló, local de culto e adoração, sacrificava-se ao Senhor, de modo que a espiritualidade do povo era mantida viva através de ofertas e sacrifícios. Eli era sacerdote e foi responsável pela formação espiritual de Samuel. No entanto, não teve autoridade para educar seus filhos apesar de ser cobrado pelo Senhor. Seus filhos eram ímpios e malfeitores, praticavam prostituição e não respeitavam aquilo que era sagrado ao Senhor. Por isso, veio o juízo de Deus, famílias foram destruídas e a arca da aliança foi tomada pelos filisteus (1 Sm 4: 11-21)


2 – Vestibular Bíblico 

Em Power point, vamos passar as perguntas com sugestão de respostas, a equipe deverá levantar a plaquinha referente ao número da resposta escolhida.
Ganha a equipe que mais responder corretamente – Tempo: 30 segundos.

























Respostas:

1 – D – (Sl 90)
2 – B – (escreveu 13 livros)
3 – D – (Gn 3:22)
4 – B – (Lc 19:41-48)
5 – B – (Ez 4:1-17)
6 – A – (Hb 11:4)
7 – D – (1 Rs 14:21)
8 – C – (2 Rs 2:11)
9 – C – (Jz 4:1-3; 5:8)
10 – C – (Mc 16:9)
11 – C – (Jo 19:19)
12 – C  - (Js 2:1)


3 – Desafio do Macarrão 

Falar sobre liderança. Como é importante preparar alguém para deixar em seu lugar na sua falta, tanto na família quanto na igreja. A importância de compartilhar nossas idéias e dividir tarefa.





Hoje já se sabe que a liderança não pode ser encarada apenas como um dom, algo que simplesmente nasce com a pessoa. Muitas crianças que apresentam espírito de liderança na infância podem perdê-lo ao crescer, também crianças inseguras podem adquirir autoconfiança com o tempo. O fato é que esse conhecimento é fundamental na educação dos filhos e abre um leque de novas possibilidades para o relacionamento familiar.
Um pai ou mãe que queira fazer de seu filho um adulto confiante e responsável deve levar em conta que o exemplo é a maior e melhor forma de educar. Assim, observar alguns fatores a serem transmitidos aos filhos é de grande importância, a saber:
·         1- Autoridade
Infelizmente, ainda muitos pais confundem autoridade com autoritarismo e, nessa confusão, divide-se os pais que exigem obediência cega e os que, desejando fugir desse padrão, se tornam permissíveis. Nem um, nem outro! A autoridade de um pai é a de um líder, ou seja, é essencialmente moral. Ter autoridade é, pois, ser e fazer o que você ensina ao seu filho; é assumir a responsabilidade que o seu papel lhe impõe e conquistar respeito e amor por isso.
·         2- Autoconfiança
Seu filho precisa reconhecer em você uma pessoa segura do que deseja; isso fará dele uma pessoa confiante. A maneira como você encara os desafios da vida é que vai preparar seu filho para o futuro. Assim, é imprescindível que os pais desenvolvam autoconfiança e saibam lidar com maior tranquilidade com as adversidades.
·         3- Assertividade
Busque conhecer e entender seu filho, desenvolvendo empatia na sua relação com ele, isso fará com que você seja visto como um líder. Seja assertivo em suas determinações colocando limites e fazendo as exigências que considerar necessárias para a boa educação de seu filho. Seja ponderado e fale com clareza sobre as suas razões; sempre manifestando amor e respeito.
·         4- Liberdade
Não prive seu filho de decisões e ações que são importantes para que ele se torne uma pessoa decidida e motivada. Estimule-o na formação de sua própria personalidade e nas escolhas que lhe cabem na vida, mas mantenha-se próximo fazendo as orientações pertinentes. Permita que seu filho cresça não apenas fisicamente, mas também como pessoa.
·         5- Liderança
Prepare seu filho para ser um líder; dê a ele os elementos necessários exercendo a liderança no seu lar. Demonstre em ações os atributos da liderança e o estimule a agir também de forma autêntica com as pessoas que o rodeiam. E nessa busca de transmitir a autoridade dos que tem capacidade de superar suas dificuldades com dignidade, não se esqueça de desculpar-se diante de um erro. Seu filho certamente saberá que você pode se enganar, como qualquer ser humano, mas reconhecendo em você um líder, sentirá segurança para construir o ser próprio caráter nas mesmas bases.

4 – Cada equipe deverá passar a bolinha nos copos com água apenas usando o sopro. Ganha a equipe mais rápida. Tempo: 2 minutos 



5 – Cada equipe deverá escrever a palavra JESUS de forma mais rápida e legível possível.
Tempo: 3 minutos 



6 – Dinâmica de Reflexão  – A Viagem dos nossos Sonhos 

Chamar 1 participante de cada equipe.

Objetivo: Definir as prioridades pessoais.
Material: Papel e caneta para cada integrante.



Descrição: O coordenador pede para que cada pessoa escreva cinco sonhos pessoais de cada um. E começa a dizer: Lembrando que esse sonhos serão nossa bagagem de uma viagem muito especial, a viagem da nossa vida, iremos para outro país, numa longa jornada.



Com nossos sonhos em mãos e saindo de casa temos nossa primeira dificuldade, nem todos os nosso sonhos cabem no carro que vai nos levar, assim temos que abandonar um. Qual deles seria?

Seguindo viagem, nosso carro quebra e temos que seguir a pé, mas devido ao peso das nossas bagagens temos que deixar outra de lado, ficando somente com três. Qual sonho foi abandonado?

Em nossa caminhada nos deparamos com um cachorro que começa a corre atrás de nós para nos atacar, e para podermos escapar de uma mordida temos que deixar outro sonho, ficando com dois sonhos. Qual sonho ficou para trás?
Após um caminho tortuoso até a entrada no outro país, encontramos uma alfândega onde somos barrados e temos que seguir somente com uma mala, qual sonho deixamos? 
Qual o nosso maior sonho que nunca abandonamos?



Para o plenário:



 - O carro cheio representa a nossa família e ou amigos que nos fazem desistir de alguns sonhos. O peso das malas representa o tempo no qual tentamos realizar esse sonho que pelo cansaço desistimos. 

 - O cachorro tem conotação de perseguição, assim como Jesus disse que seus discípulos seriam perseguidos, isso é uma purificação e finalmente a alfândega que significa a porta dos céus, nossa última passagem antes de assumir um único sonho para nossa vida inteira.

 - Qual hora foi mais difícil para abandonar um sonho?

 - O que me motiva durante as dificuldades?

 - Que retribuição devo esperar se seguir corretamente todos os meus passos nesta viagem?

 - Qual a retribuição que Deus deu para mim? 




quinta-feira, 24 de maio de 2018

O Segredo da Família


“Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz será, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.” (Salmo 128.1-4)

 

1– Os Propósitos de Deus são com a Família

 

O Senhor não trata o ser humano apenas como indivíduo, mas também como um ser familiar.

É evidente que a salvação é individual, que a fé e a escolha (com suas consequências) também o são. O juízo vindouro nos aponta essa característica, e é por isso que a Palavra de Deus declara:

 

Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. (Rm 14.12).

 

Contudo, quando falamos a respeito de propósito (não de responsabilidade), percebemos que a Bíblia apresenta um Deus que trabalha em termo familiar, e não apenas individual.

Quando o Senhor chamou Abraão fazendo com ele uma aliança, ainda que estivesse chamando a pessoa, Seu objetivo era com a família de Abraão.

 

Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. E por meio de você eu abençoarei todas as famílias da terra. (Gênesis 12.3)

 

Deus prometeu abençoar sua família para que através dela, todas as demais famílias do mundo fossem abençoadas.

Encontramos este padrão (a salvação individual, mas o propósito é familiar) nas histórias bíblicas. Basta recordar o que aconteceu com Noé:

 

Vou mandar um dilúvio para cobrir a terra, a fim de destruir tudo o que tem vida; tudo o que há na terra morrerá. Mas com você eu vou fazer uma aliança. Portanto, entre na barca e leve com você a família.  (Gênesis 6.17,18)

 

Noé chamou a atenção de Deus com sua integridade. Ele, sozinho, conseguiu isso. Mas o livramento se estendeu a toda a sua família. Vemos o mesmo com Ló:

 

Então os visitantes disseram a Ló: - Tem mais gente sua aqui? Pegue os seus filhos, as suas filhas, os seus genros e outros parentes que você tiver na cidade e tire todos daqui. (Gn 19:12)

 

Deus salvou Ló, um homem bom, que estava aflito porque conhecia a vida daquela gente imoral. Todos os dias esse homem bom, que vivia entre eles, ficava muito agoniado ao ver e ouvir as coisas más que aquela gente fazia. (2 Pe 2:7-8).

 

O que podemos dizer da família de Ló? Sua mulher, ao sair de Sodoma, olhou para trás (desobedecendo à ordem divina e demonstrando deu desejo de permanecer lá) e foi julgada por Deus. Seus futuros genros não creram em sua mensagem e ainda zombaram dele. Suas filhas o embebedaram para cometer incesto. Você consegue enxergar a injustiça nesta família?! No entanto Deus tinha um propósito para esta família, apesar de somente Ló ser justo.

No novo Testamento, também encontramos este Deus chamando a família.

 

Mande alguém a Jope para buscar Pedro. Ele vai dizer como você e toda a sua família podem ser salvos. (At 11.13-14)

 

E eles responderam: Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua família. (At 16.30)

Precisamos compreender esse propósito divino para a família. Entender o projeto de Deus nos ajudará a discernir o valor que Ele atribui à família.

Outro texto que nos salta na Bíblia, é a respeito do cuidado de Deus para com a família que está se formando. Em Dt 20: 5-8 e 24:5, nos revela a sensibilidade que Deus trata os interesses de uma família.

 

Se houver aqui um homem que acabou de construir a sua casa, mas não teve tempo de morar nela, então que volte para casa. Se não, pode acontecer que ele morra na batalha e outro homem venha a morar na casa. E, se houver aqui um homem que plantou uma parreira, mas ainda não colheu as uvas, então que volte para casa. Se não, pode acontecer que ele morra na batalha e outro homem colha as uvas. E, se houver aqui um homem que ficou noivo, então que volte para casa. Se não, pode acontecer que ele morra na luta e outro homem se case com a mulher. (Dt 20:5-8)

 

Um homem que tenha casado há pouco tempo ficará livre por um ano do serviço militar e de qualquer outro serviço público. Ele tem o direito de ficar em casa um ano, fazendo com que a sua esposa se sinta feliz. (Dt 24:5)

 

2 – As Bênçãos Familiares

 

Na Bíblia, sempre que Deus abençoa alguém, também abençoa a sua família.

Vemos isso na vida de Potifar, capitão da guarda do Faraó:

 

Dali em diante, por causa de José, o Senhor abençoou o lar do egípcio e também tudo o que ele tinha em casa e no campo.  (Gn 39.5).

 

Também vemos o mesmo com as parteiras que, por temor a Deus, desobedeceram à ordem do Faraó de lançar no rio Nilo os recém-nascidos dos hebreus que eram do sexo masculino:

 

E, porque as parteiras temeram a Deus, Ele deu a cada uma delas a sua própria família (Êx 1.21).

 

As Escrituras também enfatizam isso acerca de Obede-Edom:

 

A arca da aliança ficou ali três meses, e o Senhor abençoou Obede-Edom e a sua família. (2 Sm 6.11).

 

Há uma evidente relação entre as bênçãos divinas e a família. Uma das primeiras bênçãos mencionadas como consequência da obediência ao Senhor em Deuteronômio 28:4 é “bendito o fruto do teu ventre”

No texto que lemos de Salmo 128, Deus fala de prosperidade material e familiar.

E depois de falar da bênção sobre a família de quem teme ao Senhor, o salmista enfatiza: “assim será abençoado o homem que teme ao Senhor”. A bênção da família parece vir até mesmo antes das outras:

 

Que, na sua mocidade, os nossos filhos sejam como plantas viçosas, e que as nossas filhas sejam como colunas que enfeitam a frente de um palácio! Que os nossos depósitos fiquem cheios de todo tipo de mantimentos! Que, nos nossos campos, os rebanhos deem dezenas de milhares de crias! Que o gado se reproduza bem, e as vacas não percam as suas crias! E que não haja gritos de aflição nas nossas ruas! (Sl 144.12-14)

 

Algo interessante que percebo nas Escrituras é que Deus não somente abençoa a família, mas também vê a própria família em si mesma como uma bênção oferecida aos homens:

Deus dá uma família aos que vivem sós. (Sl 68.6a)

 

Dá uma família à mulher estéril e a torna uma mãe feliz. (Sl 113.9)

 

Deus não abençoa a família apenas por ser importante para nós, é muito mais do que isso, a família é importante para Ele.

 

 

3 – Os Mandamentos Familiares

 

Além das bênçãos sobre a família, encontramos na Palavra de Deus, também, a questão dos mandamentos familiares.

Desde que instituiu a família, o Criador a protegeu, dando aos homens leis que deveriam proteger a instituição familiar.

Nos Dez Mandamentos, temos dois deles diretamente ligados à questão familiar (Não adulterar e honrar os pais). Esses mandamentos, se obedecidos, trazem bênçãos sobre a vida daqueles que praticam. Por outro lado, a quebra destes, denominados “pecados familiares”, também trazem consequências diferenciadas.

·         A ordem divina de honrar os pais, por exemplo, é chamada de “o primeiro mandamento com promessa”:

Filhos obedeçam a seus pais no Senhor, porque isso é o certo a fazer. “Honre seu pai e sua mãe.” Esse é o primeiro mandamento com promessa. Se honrar pai e mãe, tudo lhe irá bem e terá vida longa na terra. (Efésios 6.1-3)

 

Obedecer aos mandamentos que protegem a família nos farão bem-sucedidos em tudo e ainda aumentar nossos dias de vida. Prosperidade e longevidade num pacote só.

Os filhos devem a seus pais não apenas obediência, mas também honra. Ao se casarem, os filhos deixam pai e mãe e se unem ao seu cônjuge; isso põe fim à necessidade de obediência, mas não a de honra:

 

Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, são eles que devem primeiro, aprender a cumprir os seus deveres religiosos, cuidando da sua própria família. Assim eles pagarão o que receberam dos seus pais e avós, pois Deus gosta disso.  (1 Timóteo 5.4)

 

Os filhos devem recompensar seus pais quando esses chegam à velhice; devem suprir seus progenitores não só em suas necessidades materiais. Ainda que não devam mais a obediência de quando viviam sob seu teto, devem honrar cuidar, sempre.

Além dos mandamentos que determinam a conduta dos filhos para com os pais, também encontramos na Bíblia os mandamentos que determinam a conduta dos pais para com os filhos, especialmente a ordem de criá-los no temor do Senhor:

 

Pais, não tratem seus filhos de modo a irritá-los; antes, eduquem-nos com a disciplina e a instrução que vêm do Senhor (Efésios 6.4)

                                                                                                                               

Também há mandamentos dados por Deus para os cônjuges. O marido deve amar sua mulher, honrá-la e tratá-la de forma correta; a esposa deve submeter-se e respeitar seu marido:

 

 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente.  (Colossenses 3.19)

 

Maridos honrem sua esposa. Sejam compreensivos no convívio com ela, pois, ainda que seja mais frágil que vocês, ela é igualmente participante da dádiva de nova vida concedida por Deus. Tratem-na de maneira correta, para que suas orações sejam aceitas por Deus. (1 Pe 3:7)

 

Da mesma forma, vocês, esposas, sujeitem-se à autoridade de seu marido. Assim, mesmo quie ele se recuse a obedecer à palavra, será conquistado por sua conduta sem palavra alguma, mas por observar seu modo de viver puro e reverente. (1 Pe 3:1)

 

As mulheres sejam submissas à autoridade do seu marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas a autoridade do seu marido. (Ef 5:22-24)

 

Levando-se em conta também o verso 21 do capítulo 5, que muitos não fazem questão de ler, o assunto ficará mais bem esclarecido: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”

Veja que o marido também deve se sujeitar a sua esposa, “no temor de Cristo”. Sujeitar a ela as suas afeições, seu amor e torná-la parte importante de sua vida.

Alguns se apoiam apenas em Efésios 5:22-23 para defender a ideia anti-bíblica de que a mulher, por ser submissa, “não precisa tomar parte nas decisões do lar”. É necessário ler todo o contexto dos versos e, ao mesmo tempo, lembrar que, para, Deus marido e mulher formam “uma só carne” (Gênesis 2:24; Mateus 19:5).

Quando levamos também em conta Efésios 5:25-33, vemos que a submissão a que a bíblia se refere é aquela baseada no amor do marido. E esta submissão é do mesmo tipo de submissão que a igreja tem para com Cristo. A submissão é um respeito pelo marido, um reconhecimento de que ele é o cabeça do lar. Ao mesmo tempo, o esposo não deve se esquecer de que a esposa é o coração do lar. Por isso, o texto continua assim:

Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. (Efésios 5:28)

 

O matrimônio simboliza a união da igreja com Cristo, é algo sagrado.

 

4 – A Família na Escala de Prioridades

 

A escala de valores de muitos cristãos está desordenada. Alguns estão vivendo de modo desordenado porque não fazem a menor ideia do que as Escrituras ensinam a respeito do assunto; outros porque, mesmo tendo os valores e prioridades devidamente ordenados no conceito mental, não conseguem mantê-los na prática.

Para quem deseja viver no lugar correto de importância à família atribuída por Deus, a primeira coisa a ser feita é conhecer a escala de valores do ponto de vista de Deus, ou seja, aquilo que a Bíblia ensina.

4.1 - Deus em Primeiro Lugar

 

Não há nada, absolutamente nada, que possa ocupar o primeiro lugar de nossas vidas, a não ser Deus.

O mandamento dado a Moisés foi lembrado e enfatizado pelo próprio Senhor Jesus:

 

Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O mandamento mais importante é este: Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças.  (Marcos 12.28-30)

 

Amar ao Senhor de todo o nosso coração, alma, entendimento e forças, é colocá-Lo em primeiro lugar nas nossas vidas. Jesus deixou bem claro a qualquer que quisesse segui-Lo como discípulo, que deveria reconhecê-Lo em primeiro lugar em suas vidas, na frente das pessoas que normalmente nos são as mais amadas e queridas:

Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. (Lucas 14.26)

 

O Senhor deve estar à frente dos pais, cônjuge, filhos e qualquer outro familiar. Ele deve ser o primeiro valor em nossa lista ou escala de prioridades. Deve vir antes de nossa própria vida. Deve vir antes de nossos bens ou qualquer outra coisa.

Quando falamos sobre Deus vir antes, não é porque as coisas que nos dispomos a renunciar não têm mais lugar em nossas vidas; apenas vêm depois. Por exemplo, se o meu cônjuge, incomodado com minha fé me dá um ultimato e me manda escolher entre ele ou o Senhor, eu me disponho a sacrificá-lo e ficar com Deus, pois Deus é o maior valor de minha vida. Mas se, mesmo não sendo cristão, meu cônjuge não se importa que eu busque ao Senhor, então ele passa a ser meu segundo maior valor ou prioridade (1 Co 7.12,13). O primeiro lugar de nossa vida, indiscutivelmente, é de Deus:

 

Mas buscai primeiro o seu reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6.33)

 

Repetindo: isso não quer dizer que as outras coisas não caibam em nossas vidas; tão somente que elas vêm depois de Deus.

4.2 - Família em Segundo Lugar

 

Muita gente tem errado ao pensar que a igreja ou o ministério vem logo depois de Deus. Na verdade, a família vem em segundo lugar.

Como declarou D. L. Moody, o grande evangelista:

 

Acredito que a família foi estabelecida muito antes da igreja, e o meu dever é primeiro com minha família. Não devo negligenciar minha família.

 

Veja o que as Sagradas Escrituras ensinam acerca do lugar da família na nossa escala de valores:

 

Porém aquele que não cuida dos seus parentes, especialmente dos da sua própria casa, negou a fé e é pior do que os que não creem. (1 Timóteo 5.8)

 

Não há dúvida de que a família é nossa segunda prioridade. Se alguém negligenciar sua família por causa da igreja, do ministério, ou de qualquer outra coisa, por mais “espiritual” que pareça, estará contra a Palavra de Deus.

Agora veja, o apóstolo estava falando com os crentes que iam à igreja, mas estavam negligenciando o lar. Logo, concluímos que a família vem antes da igreja na nossa escala de valores. Há outro texto que mostra claramente a família como uma prioridade antes da igreja e do ministério. É o conselho pastoral que Paulo queria estender a todos os ministros debaixo da supervisão de Timóteo:

 

Portanto, os líderes deve ter uma vida irrepreensível. Deve ser marido de uma só mulher, ter autocontrole, viver sabiamente e ter boa reputação. Dever ser hospitaleiro e apto em ensinar. Não deve beber vinho em excesso, nem ser violento. Antes, deve ser amável, pacífico e desapegado ao dinheiro. Deve liderar bem a própria família e ter filhos que o respeitem e lhe obedeçam. Pois, se um homem não é capaz de liderar a sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? (1 Timóteo 3.2,4 e 5)

 

Observe que o homem de Deus deve ser exemplar quanto à sua família. Fiel à sua esposa, e governando bem sua casa e seus filhos; caso contrário, não poderá cuidar de igreja e ministério.

A Palavra de Deus não deixa a menor sombra de dúvida quanto ao lugar que nossa família deve ter na nossa escala de valores. Mas muitos cristãos têm negligenciado a sua família. Muitos pais que não dão tempo e atenção aos seus filhos se queixa de vê-los desviados, mas não percebem que estão andando em desordem. Há esposas perdendo seus maridos e vice-versa, porque não os colocaram no lugar certo na escala de valores. É hora de ordenarmos nossos passos e darmos atenção, honra e dedicação devidas à família.

 

4.3 - Trabalho em Terceiro Lugar

 

É impressionante a facilidade com que nos levamos aos extremos. De um lado, temos na igreja pessoas que são viciadas em trabalho e cujas vidas não estão em ordem, pois desrespeitaram a escala bíblica de valores, pondo o trabalho em primeiro lugar. De outro, temos aqueles que relegaram ao trabalho o último lugar na sua escala de valores, ou que nem mesmo colocam o trabalho em suas prioridades.

Quando a Bíblia fala daquele que não cuida da sua família sendo pior do que o descrente (1 Tm 5.8), está falando, no contexto, sobre sustento material, sobre provisão das necessidades físicas. Um cristão que não leva a sério o trabalho, ao ponto de deixar sua família passar necessidade, está violando os dois valores mais importantes que vêm logo depois de Deus.

O trabalho é uma ordenança bíblica.

Muitas pessoas interpretam erroneamente dizendo que trabalho é uma maldição dada por Deus ao homem após o pecado. Isso não é verdade, em Gn 2:15 encontramos:

 

Então o Senhor Deus pôs o homem no jardim do Éden, para cuidar dele e nele fazer plantações.

 

Este versículo nos conta algo que antecede ao pecado adâmico. O trabalho sempre foi dado por Deus como ordenança. Deus amaldiçoou a terra, e não o trabalho.

 

Por causa do que você fez, a terra será maldita. Você terá de trabalhar duramente a vida inteira a fim de que a terra produza alimento suficiente para você. Ela lhe dará mato e espinhos, e você terá de comer ervas do campo. Terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que a terra produza algum alimento; isso até que você volte para a terra, pois dela você foi formado. (Gn 3:17-19)

 

A Palavra de Deus diz que aquele que não trabalha está andando desordenadamente, fora do plano divino:

Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não quiser trabalhar, também não coma. Pois ouvimos que alguns de vocês estão ociosos; não trabalham, mas andam se intrometendo na vida alheia. A tais pessoas ordenamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo que trabalhem tranquilamente e comam o seu próprio pão. (2 Ts 3.10-12)

 

O mandamento de Deus é claro: quem não trabalha, não deve ser sustentado pelos outros. Cada homem tem a obrigação e a responsabilidade de se envolver com o trabalho; isto não apenas o proverá quanto às suas necessidades, mas ocupará corretamente o seu tempo, livrando-o de outros problemas. Paulo se orgulhava de nunca ter sido um peso para ninguém, e de seu próprio trabalho ter o seu sustento (At 20.34).

Mesmo quando Deus chama alguém para o ministério de tempo integral – o que também é trabalho – deve-se ter a sensibilidade de reconhecer que, em determinados momentos, devido à falta de recursos, nada há de errado em se trabalhar em outra área até que a condição de sustento mude – foi isto o que aconteceu com Paulo em Corinto (At 18.1-5).

Alguns estudantes crentes não sabem onde devem colocar seus estudos nesta escala. Considerando que o estudo é um meio de profissionalização e preparo para melhores trabalhos, deve ser colocado no mesmo lugar que o trabalho. Porém, algumas famílias conseguem manter seus filhos somente estudando sem que trabalhem, mas a maioria não. Portanto, devemos aconselhar e encorajar nossos jovens que enfrentem a correria de exercer as duas atividades, pois, independentemente da necessidade financeira, o trabalho engrandece e amadurece a pessoa.

 

5 - Conclusão

 

Deus sempre se preocupou com as nossas necessidades, sejam elas: materiais, emocionais ou físicas.

Nosso maior ministério nessa vida é a família.

Na bíblia, encontraremos grandes homens de Deus que perderam sua família e seus filhos, não conseguindo deixar um legado de temor a Deus em sua descendência. Isso se dá ao fato de negligenciarem a família em função de seu cargo profissional ou espiritual.

Poderia citar vários exemplos, mas um que me marca muito é o caso do rei Ezequias.

Ele foi um bom rei em Judá, foi aprovado por Deus em sua fé, mas no quesito família, deixou muito a desejar. 2 Rs 20:1 diz: Ponha em ordem a sua casa, pois você vai morrer; não se recuperará”.

No entanto, por sua oração, Deus lhe acrescentou 15 anos de vida, mas nesses 15 anos, ele não obedeceu a primeira ordem de Deus, que era cuidar da sua casa, e teve um filho tão mau aos olhos de Deus que todo o povo judeu foi castigado por suas obras.

 

Por isso, eu, o Senhor, o Deus de Israel, farei cair sobre Jerusalém e sobre Judá uma desgraça tão grande, que todos aqueles que ouvirem contar a respeito dela ficarão espantados. Eu castigarei Jerusalém como fiz com a cidade de Samaria e como fiz com o rei Acabe, de Israel, e com os seus descendentes. Deixarei Jerusalém limpa do seu povo, tão limpa como um prato que foi esfregado e virado de boca para baixo. Eu abandonarei as pessoas que não tiverem morrido e as entregarei aos seus inimigos, que as prenderão e que roubarão tudo o que houver na sua terra. (2 Rs 21:1-16)

 

Acredite amado, no final o que fica é a nossa família. Um dia você será no máximo uma boa lembrança na vida de muita gente, mas será sua família que lhe ajudará no momento da velhice e doença.

Nos piores momentos que você enfrentar nesta terra além de Deus somente sua família estará do seu lado.

Gaste tempo com a sua família, honre seus pais, tenha um tempo de qualidade de forma que sua casa seja o melhor lugar para os seus filhos, seu esposo saia pra trabalhar desejando voltar e a esposa aguardando o momento de sentar a mesa em família para uma comunhão.

Não foi a toa que a última ceia aconteceu numa casa, a beira de uma mesa familiar.

Não é a toa que os melhores negócios começam ao redor da mesa.

Não foi a toa que Deus instituiu festas familiares. Memoriais em família onde o nome do Senhor seria exaltado em família.

A família é o nosso primeiro ministério. Comece servindo dentro de casa e Deus te exaltará nas nações.


Pesquisar este blog