sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Estudo sobre Tatuagem

Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ministrar a verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira certa de viver; a fim de que todo homem de Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar todas as boas ações. (2 Tm 3:16-17/KJA) 
 
1 - Introdução 

 Quando você vê uma tatuagem no corpo de uma pessoa, tem curiosidade para saber sobre o desenho? Por que essa pessoa resolveu tatuar? Se doeu? Qual o significado? Essa curiosidade é transformada em pesquisas por estudiosos como o professor Martin Dinter, de Londres, um dos nomes responsáveis pelo estudo da origem e motivos de tal prática. 

 2 - A Origem da Tatuagem 

Existem muitas provas arqueológicas que afirmam que tatuagens foram feitas no Egito entre 4000 e 2000 a.C. e também por nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia (maori), que se tatuavam em rituais ligados a religião. 
E ao contrário do que você possa pensar, esses desenhos eram muito detalhados e com símbolos inteiramente espirituais. Essas tatuagens eram feitas em pontos estratégicos, hoje usados pela acupuntura, pois eram lugares mais indolores e buscavam penetrar o espirito daquelas pessoas, pois acreditavam que na vida pós-morte, seriam identificados pelos deuses através de suas marcas. Geralmente eram cortes feitos com ossos onde se depositavam tintas naturais formando desenho dos deuses pagãos. 







 A palavra tatuagem é muito nova, surgiu em 1789 por James Cook, um navegador inglês descendentes de polinésios que deixou registrado em seu diário de bordo a respeito desses cortes feito no corpo a qual nomeou “tattow”. 


Essas tatuagens eram feitas por vários povos na antiguidade, mas todos pagãos. Na Bíblia nós vamos ver o registro dessas marcações em Levíticos 19:28 e 21:5, logo após o povo de Israel sair do Egito, no momento exato que Deus dá os mandamentos ao Seu povo. 

 Não se farão incisão em vosso corpo por uma pessoa morta nem se farão tatuagens. Eu sou Yahweh... Não se farão tonsuras nas suas cabeças, nem rasparão a beirada das suas barbas, nem se farão incisões em seu corpo. (BP) 

 Esses versículos estão exatamente no contexto de culto e idolatria, mostrando que tais práticas eram repugnantes ao Senhor. 
Entre os romanos, a prática já não era tão bem vista inicialmente. Os primeiros desenhos marcados na pele eram usados para identificar escravos, criminosos e condenados. Entretanto, algumas mudanças culturais foram acontecendo e, com o tempo, as tatuagens começaram a ser usadas também pelos soldados romanos. Inicialmente, era uma forma de marcar o exército para evitar deserções, pois para eles era um sinal de pertencimento. 
Já na Idade Média, a prática foi banida em toda a Europa, por ser considerada uma profanação do corpo, visto na época como um templo do Espírito Santo. Ou seja, nesse ponto da história da tatuagem, tatuar-se era pecado e condenado duramente pela Igreja Primitiva. 

 3 - Como as Principais Religiões enxergam a Tatuagem 

 Apesar de todo modismo Ocidental, tal prática não é vista da mesma forma em todos os continentes. Os Taitianos acreditavam que tatuar o corpo era uma forma de conter o seu poder sagrado. 
Na China, a arte da tatuagem é milenar, sendo conhecida por lá como Ci Shen ou Wen Shen, que significa literalmente “perfurar o corpo”. E, apesar de sua tradição milenar, era vista como uma subcultura, algo indesejado e uma forma de profanar o corpo. Muito ligada à criminalidade, a tatuagem era inicialmente usada para marcar criminosos para o exílio, sendo depois apropriada por esse grupo excluído, que começou a usar seus próprios desenhos e criar seus simbolismos a partir dessa arte. 

 • Hinduísmo - No Hinduísmo, fazer uma marca na testa é encorajado, pois se acredita que isso aumente o bem-estar espiritual fazendo você se encontrar com o seu deus interior. 




 • Judaísmo - As tatuagens são proibidas baseadas no livro de Levítico da Torah. Maimônides, líder judeu do século XII, explicou que a proibição da tatuagem é uma resposta judia contra o paganismo. Nos tempos modernos, a associação da tatuagem com o Holocausto e com os campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, devido ao fato dos prisioneiros serem tatuados para identificação, fez com que a tatuagem fosse vista com um nível maior de repulsa dentro da religião. 



 • Cristianismo - Historicamente, o declínio na tatuagem tribal na Europa ocorreu com a expansão do Cristianismo, só voltou no século V com a invasão celta na Europa, mas a igreja punia com morte tais práticas pagãs.
No Império Romano os cristãos eram marcados com um sinal de cruz como sinal de punição durante a perseguição sofrida até o ano 305 d.C. 
Por isso encontramos na Bíblia textos como o de Gl 6:16 quando Paulo relata que trazia em seu corpo as marcas de Cristo e se chamava de prisioneiro de Cristo Ef 3:1, fazendo menção a tais punições.
Atualmente muitos cristãos modernos não veem problemas com a prática, pois acreditam que não há uma regra específica no Novo Testamento sobre tatuagem e a maioria das denominações cristãs acredita que as leis do Pentateuco estão desatualizadas, além de acreditar que o mandamento só foi aplicado aos israelitas e não aos gentios. 







 • Islamismo Tatuagens são proibidas no Sunismo, mas permitidas no Xiismo. Vários muçulmanos sunitas acreditam que se tatuar é um pecado, pois isso envolve em mudar a criação de Alá (Surah 4 Verso 117-120). 


·         Budismo

Não é pecado, pelo contrário, elas são bem comuns entre eles pois são usadas em seus cultos e votos a Buda. A flor de lótus é um desenho muito usado pelos budistas, pois representa o nirvana.






 4 - E o que de Fato a Bíblia diz? 

 A primeira coisa que precisamos ter em mente é que a Bíblia é um livro só que possui um amplo registro a qual foi dado nomeado através de livros, capítulos e versículos no século XV, até então, não havia essa divisão. 
Na época de Jesus, não existia o Novo Testamento, e o que valia era o que conhecemos hoje por Antigo Testamento. 
Muitas coisas não precisavam ser ensinadas justamente porque o povo sabia. Daí não existia a necessidade de se falar, principalmente porque tal prática era mal vista inclusive pelo Império Romano. Mas se alguém ensina outra doutrina e não se conduz conforme as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e a doutrina do temor a Deus é um arrogante que nada entende, mas que tem um interesse desagradável por desentendimentos e discussões contenciosas, das quais surgem invejas, discórdias, blasfêmias, formas de pensar malignas e controvérsias d homens com mentes corruptas, que estão privados da verdade, que pensam que o culto a Deus é uma fonte de lucros. Mas tu afastas-te deles. (1 Tm 6:3-5 / BP) 
 Identificar na Palavra de Deus as verdades contidas em Seus ensinamentos é o que promove conhecimento e impede que mentiras sejam recebidas como verdade. 
Vamos fazer um bate-bola. 
Textos como os do Salmo 23, 91; de Isaías 53; Josué 1:9; Deuteronômio 28:1-13; Jó 19:25 são aplicadas a nós ou somente aos judeus? 
Se as bênçãos do Antigo Testamento são aplicadas a nós igreja, antigos gentios, por que não suas ordenanças? 
Quando João diz: 
“Porquanto, nisto consiste o amor a Deus: em que pratiquemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são penosos”. (1 Jo 5:3), ele está se referindo a qual mandamento? A todos descritos na Torah. 

 5 - Então o que é Pecado? 

 É qualquer desobediência a vontade de Deus. E como você conhece a vontade de Deus? Lendo a Sua Palavra. Dando exemplos bem corriqueiros. 
• Chupar pirulito é pecado? 
• Assistir televisão é pecado? 
• Frequentar cultos é pecado? 
Mas se chupar o pirulito sensualizando, se eu assistir pornografia na televisão, e se eu só frequentar o culto porque sou obrigado? Seria pecado? 
Justamente, porque neste caso o pecado não é tanto a ação, mas a causa, ou o motivo pelo qual você pratica tal ação. 

A palavra vaidade tem sido atualmente muito bem vista na sociedade. É incentivada toda prática de vaidade sendo entendido por bem estar e autoestima. 
No entanto, você sabe o que esta palavra significa? 

 Vaidade – Tudo o que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória. Valorização da aparência física, intelecto e qualidades, fundamentado no desejo de reconhecimento e admiração dos outros. 

 O que a Palavra de Deus fala sobre vaidade? 
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o seu Espírito habita em vós? Se alguma pessoa destruir o santuário de Deus, este o destruirá; pois o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”. (1 Co 3:16-17/KJA) 
A palavra vaidade no hebraico significa vangloriar-se, buscar fama, atrair e buscar admiração. 
Assim diz Yahweh: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte no seu poder, nem o rico nas suas riquezas. Mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em conhecer-me e compreender-me, pois Eu Sou Yahweh, o SENHOR, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, porquanto são essas as virtudes nas quais tenho grande prazer!” Assevera o Eterno. (Jr 9:23-24/KJA) 

“Ora, foi Yahweh dos Exércitos quem o planejou a fim de abater toda a soberba e vaidade e humilhar todos os que vivem em ostentação e vanglórias sobre a face da terra”. (Is 23:9/ KJA) 

“Antes da sua queda o coração do homem se envaidece, mas a humildade antecede a honra”. (Provérbios 18:12/NVI) 

O Problema hoje tem sido a interpretação da Bíblia usada para fins vantajosos, a bel prazer. 
Quanto a isso a Palavra de deus admoesta: 
“Esses homens são fontes sem água e névoas impelidas pela tempestade. A escuridão das trevas lhes está reservada, pois eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro. Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é escravo daquilo que o domina. (2 Pedro 2:17-19/NVI) 
 A Bíblia nos convoca a imitar Cristo (1 Co 11:1), tendo Cristo como exemplo (Hb 12:1-3), pois todo tipo de vaidade é pecado (Ec 2:1,11,15; Ez 16:24; Fp 2:3) 

 Curiosidades 

 Muitos depois de se tatuarem se arrependem, e alguns dos motivos para esse arrependimento são: 
 • Imaturidade 
• Ser permanente 
• Perder o sentido 



 Tatuagens revelam muito sobre a sociedade na qual elas foram feitas. No Brasil, nos Estados Unidos, e em muitos outros lugares do mundo, vive-se uma verdadeira epidemia de tatuagens, muitas vezes de péssimo gosto. Em entrevista, o psicólogo comportamental Kirby Farrel explica por que as pessoas imprimem marcas no próprio corpo. 
Por outro lado, e, sobretudo nos países ocidentais, cada vez mais pessoas se deixam tatuar sem nenhuma outra preocupação que a de marcar o próprio corpo. E os resultados muitas vezes são esteticamente desastrosos. Essa prática se alastrou de tal forma, que obrigou os estudiosos a investigaram suas causas e razões. 
Por que as pessoas ainda estão tatuando arame farpado em volta dos bíceps, ratos e baratas nas costas e borboletas no cóccix? Tentando entender melhor a questão, o jornalista norte-americano Jules Suzdaltsev entrevistou Kirby Farrel, professor da Universidade de Massachusetts especializado em antropologia, psicologia e história relacionadas ao comportamento humano. 
Nesta entrevista Kirby disse que o motivo da sociedade estar tão alucinada por tatuagem é a falta de sentido da vida e o vazio existencial. Pois na busca de admiração espera se sentir abraçado pela sociedade e aliviar sua frustração na vida. 

A Palavra de Deus diz: 
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem às fontes da vida.” (Pv 4:23) 

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12:2)



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

"Se a tua lei não fora toda a minha alegria, há muito que teria perecido na minha angústia". (Sl 119:92)

 

Eu aprendi a ler com 6 anos.
Naquela época não existia a facilidade que temos hoje de comprar livros, pegar emprestado ou baixar da internet.
A minha alegria era tanta que lia até bula de remédio, só pra praticar.
Com meu aniversário chegando, lembro que meu pai perguntou o que eu queria de presente, e adivinha qual foi o meu pedido?!
Acertou quem respondeu uma Bíblia.
Lembro-me até hoje do seu formato.
Era pequena, marrom, com índice nas páginas, capa de couro, zíper e na tradução Ferreira de Almeida na versao Revista e Corrigida.
Que alegria que eu senti ao abrir o presente. Li inteira em 3 meses.
Estranho pra você? Ah, pra mim foi um deleite...
As palavras que não entendia perguntava pro meu pai, e me lembro que a tia Edma era sempre solicitada também.
Ah, que tempo bom.
Eu chegava da escola e logo pegava meu presente. Imaginava cada cenário, personagem, chegava a me inserir na história e me imaginar lá dentro daquelas páginas.
Minha criatividade foi gerada ali.
De lá pra cá eu sempre amei ler as Escrituras.
Quem convive comigo sabe de minhas manias e conhece minha coleção.
Acho que nem eu sei a quantidade de Bíblias que possuo, rs.
No entanto vivi um tempo que abandonei sua leitura por achar que Deus era injusto comigo.
Ficava me perguntando se havia sido enganada por aquele livro. Se de fato ela era a Palavra de Deus...
Os motivos, não vem ao caso, mas a experiência, compartilho com vocês:
Quatro anos sem olhar, pegar, ler ou me interessar por aquela que havia sido minha companheira de infância e adolescência.
Fiquei vazia, frustrada, desesperada da vida e de Deus.
Até que um dia ela chamou a minha atenção.
Lembro o exato momento que voltei tocar em suas páginas.
Eu já era mãe. A Ester estava dormindo, o Marinho trabalhando e a noite parecia calma e refrescante.
Era o início do outono.
Fui pra cozinha com minha amiga, abri suas páginas e me debulhei em lágrimas.
Que saudade daquela sensação. Que alegria em poder senti-la, que paz trazia sua leitura.
Foi sobrenatural.
Inexplicável.
Daria um livro.

"Quantas vezes eu quis juntar os meus filhos como uma galinha junta seus pintinhos debaixo das asas, mas vocês não quiseram". (Mateus 23:37 / NBV-P)


"Quantas vezes eu quis juntar os meus filhos como uma galinha junta seus pintinhos debaixo das asas, mas vocês não quiseram". (Mateus 23:37 / NBV-P)
Hoje fiquei pensando sobre tantos momentos que perdi com minha filha, ainda pequena, por causa de problemas.
Às vezes, o mau humor, os problemas da vida, a rotina da vida, a correria do momento, as crises pessoais e tantas outras coisas me privaram de momentos que nunca mais voltarão.
Quantas vezes ela me chamou pra brincar e eu não fui por achar que as tarefas da casa eram mais urgentes.
Mas hoje percebo que nem tudo que é urgente é importante pra nossa vida.
Hoje, ela está com 20 anos. A infância passou, a adolescência se despediu e fico me perguntando o que posso fazer pra me tornar essencial na sua juventude.
Pensando nisso me coloquei no lugar de Deus...
Quantas vezes, Ele quis nossa atenção, tinha algo a nos mostrar, um segredo a nos revelar, um caminho a nos apontar, e supondo saber melhor as coisas, não aceitamos Suas sugestões, e muitas vezes expulsamos Sua presença.
São exemplos meio diferentes.
De um lado uma mãe preocupada, atarefada, angustiada, com uma filha querendo atenção.
Do outro um Pai amoroso, receptivo, presente, com filhos rebeldes e ingratos.
No entanto existe um ponto comum nessa história: o passado.
O meu com a Ester não voltará atrás pra ser mudado, passou, agora é melhorar o hoje rumo ao futuro. Já o nosso com Deus, pode ser alterado com perdão, cura e renovo, já que sempre seremos crianças aos Seus olhos. O tempo não altera nossa perspectiva de filho pra Ele. Aliás, Ele mesmo aconselha que nunca deixemos de ser crianças, pois deseja que sejamos eternamente dependentes de Sua presença.

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