“Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus
caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz será, e te irá bem. A
tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus
filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa. Eis que assim será
abençoado o homem que teme ao Senhor.” (Salmo 128.1-4)
1– Os Propósitos de Deus são com a Família
O Senhor não trata o
ser humano apenas como indivíduo, mas também como um ser familiar.
É evidente que a
salvação é individual, que a fé e a escolha (com suas consequências) também o
são. O juízo vindouro nos aponta essa característica, e é por isso que a
Palavra de Deus declara:
Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. (Rm
14.12).
Contudo, quando falamos
a respeito de propósito (não de responsabilidade), percebemos
que a Bíblia apresenta um Deus que trabalha em termo familiar, e não apenas individual.
Quando o Senhor chamou
Abraão fazendo com ele uma aliança, ainda que estivesse chamando a pessoa, Seu objetivo
era com a família de Abraão.
Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem.
E por meio de você eu abençoarei todas as famílias da terra. (Gênesis 12.3)
Deus prometeu abençoar sua
família para que através dela, todas as demais famílias do mundo fossem
abençoadas.
Encontramos este padrão
(a salvação individual, mas o propósito é familiar)
nas histórias bíblicas. Basta recordar o que aconteceu com Noé:
Vou mandar um dilúvio para cobrir a terra, a fim de destruir tudo o
que tem vida; tudo o que há na terra morrerá. Mas com você eu vou fazer uma
aliança. Portanto, entre na barca e leve com você a família. (Gênesis 6.17,18)
Noé chamou a atenção de
Deus com sua integridade. Ele, sozinho, conseguiu isso. Mas o livramento se
estendeu a toda a sua família. Vemos o mesmo com Ló:
Então os visitantes disseram a Ló: - Tem mais gente sua aqui? Pegue
os seus filhos, as suas filhas, os seus genros e outros parentes que você tiver
na cidade e tire todos daqui. (Gn 19:12)
Deus salvou Ló, um homem bom, que estava aflito porque conhecia a
vida daquela gente imoral. Todos os dias esse homem bom, que vivia entre eles,
ficava muito agoniado ao ver e ouvir as coisas más que aquela gente fazia. (2
Pe 2:7-8).
O que podemos dizer da
família de Ló? Sua mulher, ao sair de Sodoma, olhou para trás (desobedecendo à ordem divina e demonstrando deu desejo
de permanecer lá) e foi julgada por Deus. Seus futuros genros não creram
em sua mensagem e ainda zombaram dele. Suas filhas o embebedaram para cometer
incesto. Você consegue enxergar a injustiça nesta família?! No entanto Deus
tinha um propósito para esta família, apesar de somente Ló ser justo.
No novo Testamento,
também encontramos este Deus chamando a família.
Mande alguém a Jope para buscar Pedro. Ele vai dizer como você e
toda a sua família podem ser salvos. (At 11.13-14)
E eles responderam: Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os
de sua família. (At 16.30)
Precisamos compreender
esse propósito divino para a família. Entender o projeto de Deus nos ajudará a
discernir o valor que Ele atribui à família.
Outro texto que nos
salta na Bíblia, é a respeito do cuidado de Deus para com a família que está se
formando. Em Dt 20: 5-8 e 24:5, nos revela a
sensibilidade que Deus trata os interesses de uma família.
Se houver aqui um homem que acabou de construir a sua casa, mas não
teve tempo de morar nela, então que volte para casa. Se não, pode acontecer que
ele morra na batalha e outro homem venha a morar na casa. E, se houver aqui um
homem que plantou uma parreira, mas ainda não colheu as uvas, então que volte
para casa. Se não, pode acontecer que ele morra na batalha e outro homem colha
as uvas. E, se houver aqui um homem que ficou noivo, então que volte para casa.
Se não, pode acontecer que ele morra na luta e outro homem se case com a
mulher. (Dt 20:5-8)
Um homem que tenha casado há pouco tempo ficará livre por um ano do
serviço militar e de qualquer outro serviço público. Ele tem o direito de ficar
em casa um ano, fazendo com que a sua esposa se sinta feliz. (Dt 24:5)
2 – As Bênçãos Familiares
Na Bíblia, sempre que
Deus abençoa alguém, também abençoa a sua família.
Vemos isso na vida de
Potifar, capitão da guarda do Faraó:
Dali em diante, por causa de José, o Senhor abençoou o lar do
egípcio e também tudo o que ele tinha em casa e no campo. (Gn 39.5).
Também vemos o mesmo
com as parteiras que, por temor a Deus, desobedeceram à ordem do Faraó de
lançar no rio Nilo os recém-nascidos dos hebreus que eram do sexo masculino:
E, porque as parteiras temeram a Deus, Ele deu a cada uma delas a
sua própria família (Êx 1.21).
As Escrituras também
enfatizam isso acerca de Obede-Edom:
A arca da aliança ficou ali três meses, e o Senhor abençoou
Obede-Edom e a sua família. (2 Sm 6.11).
Há uma evidente relação
entre as bênçãos divinas e a família. Uma das primeiras bênçãos mencionadas
como consequência da obediência ao Senhor em Deuteronômio
28:4 é “bendito o fruto do teu ventre”
No texto que lemos de Salmo 128, Deus fala de prosperidade material e familiar.
E depois de falar da bênção
sobre a família de quem teme ao Senhor, o salmista enfatiza: “assim será abençoado o homem que teme ao Senhor”. A
bênção da família parece vir até mesmo antes das outras:
Que, na sua mocidade, os nossos filhos sejam como plantas viçosas, e
que as nossas filhas sejam como colunas que enfeitam a frente de um palácio!
Que os nossos depósitos fiquem cheios de todo tipo de mantimentos! Que, nos
nossos campos, os rebanhos deem dezenas de milhares de crias! Que o gado se
reproduza bem, e as vacas não percam as suas crias! E que não haja gritos de
aflição nas nossas ruas! (Sl 144.12-14)
Algo interessante que percebo nas Escrituras é que Deus não somente
abençoa a família, mas também vê a própria família em si mesma como uma bênção
oferecida aos homens:
Deus dá uma família aos que vivem sós. (Sl 68.6a)
Dá uma família à mulher estéril e a torna uma mãe feliz. (Sl 113.9)
Deus não abençoa a
família apenas por ser importante para nós, é muito mais do que isso, a família
é importante para Ele.
3 – Os Mandamentos Familiares
Além das bênçãos sobre
a família, encontramos na Palavra de Deus, também, a questão dos mandamentos
familiares.
Desde que instituiu a
família, o Criador a protegeu, dando aos homens leis que deveriam proteger a
instituição familiar.
Nos Dez Mandamentos,
temos dois deles diretamente ligados à questão familiar (Não adulterar e honrar os pais). Esses mandamentos, se
obedecidos, trazem bênçãos sobre a vida daqueles que praticam. Por outro lado,
a quebra destes, denominados “pecados familiares”, também trazem consequências
diferenciadas.
· A ordem divina de honrar os pais, por
exemplo, é chamada de “o primeiro mandamento com promessa”:
Filhos obedeçam a seus pais no Senhor, porque isso é o certo a
fazer. “Honre seu pai e sua mãe.” Esse é o primeiro mandamento com promessa. Se
honrar pai e mãe, tudo lhe irá bem e terá vida longa na terra. (Efésios 6.1-3)
Obedecer aos
mandamentos que protegem a família nos farão bem-sucedidos em tudo e ainda
aumentar nossos dias de vida. Prosperidade e longevidade num pacote só.
Os filhos devem a seus
pais não apenas obediência, mas também honra. Ao se casarem, os filhos deixam
pai e mãe e se unem ao seu cônjuge; isso põe fim à necessidade de obediência,
mas não a de honra:
Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, são eles que devem
primeiro, aprender a cumprir os seus deveres religiosos, cuidando da sua
própria família. Assim eles pagarão o que receberam dos seus pais e avós, pois
Deus gosta disso. (1 Timóteo 5.4)
Os filhos devem
recompensar seus pais quando esses chegam à velhice; devem suprir seus
progenitores não só em suas necessidades materiais. Ainda que não devam mais a
obediência de quando viviam sob seu teto, devem honrar cuidar, sempre.
Além dos mandamentos
que determinam a conduta dos filhos para com os pais, também encontramos na
Bíblia os mandamentos que determinam a conduta dos pais para com os filhos,
especialmente a ordem de criá-los no temor do Senhor:
Pais, não tratem seus filhos de modo a irritá-los; antes,
eduquem-nos com a disciplina e a instrução que vêm do Senhor (Efésios 6.4)
Também há mandamentos
dados por Deus para os cônjuges. O marido deve amar sua mulher, honrá-la e
tratá-la de forma correta; a esposa deve submeter-se e respeitar seu marido:
Vós, maridos, amai a vossas
mulheres, e não as trateis asperamente.
(Colossenses 3.19)
Maridos honrem sua esposa. Sejam compreensivos no convívio com ela,
pois, ainda que seja mais frágil que vocês, ela é igualmente participante da
dádiva de nova vida concedida por Deus. Tratem-na de maneira correta, para que
suas orações sejam aceitas por Deus. (1 Pe 3:7)
Da mesma forma, vocês, esposas, sujeitem-se à autoridade de seu
marido. Assim, mesmo quie ele se recuse a obedecer à palavra, será conquistado
por sua conduta sem palavra alguma, mas por observar seu modo de viver puro e
reverente. (1 Pe 3:1)
As mulheres sejam submissas à autoridade do seu marido, como ao
Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da
igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está
sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas a autoridade
do seu marido. (Ef 5:22-24)
Levando-se em conta
também o verso 21 do capítulo 5, que muitos não fazem questão de ler, o assunto
ficará mais bem esclarecido: “sujeitando-vos uns aos
outros no temor de Cristo.”
Veja que o marido
também deve se sujeitar a sua esposa, “no temor de Cristo”. Sujeitar a ela as
suas afeições, seu amor e torná-la parte importante de sua vida.
Alguns se apoiam apenas
em Efésios 5:22-23 para defender a ideia anti-bíblica
de que a mulher, por ser submissa, “não precisa tomar parte nas decisões do
lar”. É necessário ler todo o contexto dos versos e, ao mesmo tempo, lembrar
que, para, Deus marido e mulher formam “uma só carne” (Gênesis
2:24; Mateus 19:5).
Quando levamos também
em conta Efésios 5:25-33, vemos que a submissão
a que a bíblia se refere é aquela baseada no amor do marido. E esta submissão é
do mesmo tipo de submissão que a igreja tem para com Cristo. A submissão é um
respeito pelo marido, um reconhecimento de que ele é o cabeça do lar. Ao mesmo
tempo, o esposo não deve se esquecer de que a esposa é o coração do lar. Por
isso, o texto continua assim:
Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio
corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. (Efésios 5:28)
O matrimônio simboliza
a união da igreja com Cristo, é algo sagrado.
4 – A Família na Escala de Prioridades
A escala de valores de
muitos cristãos está desordenada. Alguns estão vivendo de modo desordenado
porque não fazem a menor ideia do que as Escrituras ensinam a respeito do
assunto; outros porque, mesmo tendo os valores e prioridades devidamente
ordenados no conceito mental, não conseguem mantê-los na prática.
Para quem deseja viver
no lugar correto de importância à família atribuída por Deus, a primeira coisa
a ser feita é conhecer a escala de valores do ponto de vista de Deus, ou seja,
aquilo que a Bíblia ensina.
4.1 - Deus em Primeiro Lugar
Não há nada,
absolutamente nada, que possa ocupar o primeiro lugar de nossas vidas, a não
ser Deus.
O mandamento dado a
Moisés foi lembrado e enfatizado pelo próprio Senhor Jesus:
Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O
mandamento mais importante é este: Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas
forças. (Marcos 12.28-30)
Amar ao Senhor de todo
o nosso coração, alma, entendimento e forças, é colocá-Lo em primeiro lugar nas
nossas vidas. Jesus deixou bem claro a qualquer que quisesse segui-Lo como discípulo,
que deveria reconhecê-Lo em primeiro lugar em suas vidas, na frente das pessoas
que normalmente nos são as mais amadas e queridas:
Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar
mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus
irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. (Lucas 14.26)
O Senhor deve estar à
frente dos pais, cônjuge, filhos e qualquer outro familiar. Ele deve ser o
primeiro valor em nossa lista ou escala de prioridades. Deve vir antes de nossa
própria vida. Deve vir antes de nossos bens ou qualquer outra coisa.
Quando falamos sobre
Deus vir antes, não é porque as coisas que nos dispomos a renunciar não têm
mais lugar em nossas vidas; apenas vêm depois. Por exemplo, se o meu cônjuge,
incomodado com minha fé me dá um ultimato e me manda escolher entre ele ou o
Senhor, eu me disponho a sacrificá-lo e ficar com Deus, pois Deus é o maior
valor de minha vida. Mas se, mesmo não sendo cristão, meu cônjuge não se
importa que eu busque ao Senhor, então ele passa a ser meu segundo maior valor
ou prioridade (1 Co 7.12,13). O primeiro lugar
de nossa vida, indiscutivelmente, é de Deus:
Mas buscai primeiro o seu reino de Deus e a Sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6.33)
Repetindo: isso não
quer dizer que as outras coisas não caibam em nossas vidas; tão somente que
elas vêm depois de Deus.
4.2 - Família em Segundo Lugar
Muita gente tem errado
ao pensar que a igreja ou o ministério vem logo depois de Deus. Na verdade, a
família vem em segundo lugar.
Como declarou D. L.
Moody, o grande evangelista:
Acredito que a família foi estabelecida muito antes da igreja, e
o meu dever é primeiro com minha família. Não devo negligenciar minha família.
Veja o que as Sagradas
Escrituras ensinam acerca do lugar da família na nossa escala de valores:
Porém aquele que não cuida dos seus parentes, especialmente dos da
sua própria casa, negou a fé e é pior do que os que não creem. (1 Timóteo 5.8)
Não há dúvida de que a
família é nossa segunda prioridade. Se alguém negligenciar sua família por
causa da igreja, do ministério, ou de qualquer outra coisa, por mais
“espiritual” que pareça, estará contra a Palavra de Deus.
Agora veja, o apóstolo
estava falando com os crentes que iam à igreja, mas estavam negligenciando o
lar. Logo, concluímos que a família vem antes da igreja na nossa escala de
valores. Há outro texto que mostra claramente a família como uma prioridade
antes da igreja e do ministério. É o conselho pastoral que Paulo queria
estender a todos os ministros debaixo da supervisão de Timóteo:
Portanto, os líderes deve ter uma vida irrepreensível. Deve ser
marido de uma só mulher, ter autocontrole, viver sabiamente e ter boa
reputação. Dever ser hospitaleiro e apto em ensinar. Não deve beber vinho em
excesso, nem ser violento. Antes, deve ser amável, pacífico e desapegado ao
dinheiro. Deve liderar bem a própria família e ter filhos que o respeitem e lhe
obedeçam. Pois, se um homem não é capaz de liderar a sua própria família, como
poderá cuidar da igreja de Deus? (1 Timóteo 3.2,4 e 5)
Observe que o homem de
Deus deve ser exemplar quanto à sua família. Fiel à sua esposa, e governando
bem sua casa e seus filhos; caso contrário, não poderá cuidar de igreja e
ministério.
A Palavra de Deus não
deixa a menor sombra de dúvida quanto ao lugar que nossa família deve ter na
nossa escala de valores. Mas muitos cristãos têm negligenciado a sua família.
Muitos pais que não dão tempo e atenção aos seus filhos se queixa de vê-los
desviados, mas não percebem que estão andando em desordem. Há esposas perdendo
seus maridos e vice-versa, porque não os colocaram no lugar certo na escala de
valores. É hora de ordenarmos nossos passos e darmos atenção, honra e dedicação
devidas à família.
4.3 - Trabalho em Terceiro Lugar
É impressionante a
facilidade com que nos levamos aos extremos. De um lado, temos na igreja
pessoas que são viciadas em trabalho e cujas vidas não estão em ordem, pois
desrespeitaram a escala bíblica de valores, pondo o trabalho em primeiro lugar.
De outro, temos aqueles que relegaram ao trabalho o último lugar na sua escala
de valores, ou que nem mesmo colocam o trabalho em suas prioridades.
Quando a Bíblia fala
daquele que não cuida da sua família sendo pior do que o descrente (1 Tm 5.8), está falando, no contexto, sobre sustento
material, sobre provisão das necessidades físicas. Um cristão que não leva a
sério o trabalho, ao ponto de deixar sua família passar necessidade, está
violando os dois valores mais importantes que vêm logo depois de Deus.
O trabalho é uma
ordenança bíblica.
Muitas pessoas
interpretam erroneamente dizendo que trabalho é uma maldição dada por Deus ao
homem após o pecado. Isso não é verdade, em Gn 2:15 encontramos:
Então o Senhor Deus pôs o homem no jardim do Éden, para cuidar dele
e nele fazer plantações.
Este versículo nos
conta algo que antecede ao pecado adâmico. O trabalho sempre foi dado por Deus
como ordenança. Deus amaldiçoou a terra, e não o trabalho.
Por causa do que você fez, a terra será maldita. Você terá de
trabalhar duramente a vida inteira a fim de que a terra produza alimento suficiente
para você. Ela lhe dará mato e espinhos, e você terá de comer ervas do campo.
Terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que a terra produza algum
alimento; isso até que você volte para a terra, pois dela você foi formado. (Gn
3:17-19)
A Palavra de Deus diz
que aquele que não trabalha está andando desordenadamente, fora do plano
divino:
Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém
não quiser trabalhar, também não coma. Pois ouvimos que alguns de vocês estão
ociosos; não trabalham, mas andam se intrometendo na vida alheia. A tais
pessoas ordenamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo que trabalhem tranquilamente
e comam o seu próprio pão. (2 Ts 3.10-12)
O mandamento de Deus é
claro: quem não trabalha, não deve ser sustentado pelos outros. Cada homem tem
a obrigação e a responsabilidade de se envolver com o trabalho; isto não apenas
o proverá quanto às suas necessidades, mas ocupará corretamente o seu tempo,
livrando-o de outros problemas. Paulo se orgulhava de nunca ter sido um peso
para ninguém, e de seu próprio trabalho ter o seu sustento (At 20.34).
Mesmo quando Deus chama
alguém para o ministério de tempo integral – o que também é trabalho – deve-se
ter a sensibilidade de reconhecer que, em determinados momentos, devido à falta
de recursos, nada há de errado em se trabalhar em outra área até que a condição
de sustento mude – foi isto o que aconteceu com Paulo em Corinto (At 18.1-5).
Alguns estudantes
crentes não sabem onde devem colocar seus estudos nesta escala. Considerando
que o estudo é um meio de profissionalização e preparo para melhores trabalhos,
deve ser colocado no mesmo lugar que o trabalho. Porém, algumas famílias
conseguem manter seus filhos somente estudando sem que trabalhem, mas a maioria
não. Portanto, devemos aconselhar e encorajar nossos jovens que enfrentem a
correria de exercer as duas atividades, pois, independentemente da necessidade
financeira, o trabalho engrandece e amadurece a pessoa.
5 - Conclusão
Deus sempre se
preocupou com as nossas necessidades, sejam elas: materiais, emocionais ou
físicas.
Nosso maior ministério
nessa vida é a família.
Na bíblia,
encontraremos grandes homens de Deus que perderam sua família e seus filhos,
não conseguindo deixar um legado de temor a Deus em sua descendência. Isso se
dá ao fato de negligenciarem a família em função de seu cargo profissional ou
espiritual.
Poderia citar vários
exemplos, mas um que me marca muito é o caso do rei Ezequias.
Ele foi um bom rei em
Judá, foi aprovado por Deus em sua fé, mas no quesito família, deixou muito a
desejar. 2 Rs 20:1 diz: “Ponha em ordem a sua casa,
pois você vai morrer; não se recuperará”.
No entanto, por sua
oração, Deus lhe acrescentou 15 anos de vida, mas nesses 15 anos, ele não
obedeceu a primeira ordem de Deus, que era cuidar da sua casa, e teve um filho
tão mau aos olhos de Deus que todo o povo judeu foi castigado por suas obras.
Por isso, eu, o Senhor, o Deus de Israel, farei cair sobre Jerusalém
e sobre Judá uma desgraça tão grande, que todos aqueles que ouvirem contar a
respeito dela ficarão espantados. Eu castigarei Jerusalém como fiz com a cidade
de Samaria e como fiz com o rei Acabe, de Israel, e com os seus descendentes.
Deixarei Jerusalém limpa do seu povo, tão limpa como um prato que foi esfregado
e virado de boca para baixo. Eu abandonarei as pessoas que não tiverem morrido
e as entregarei aos seus inimigos, que as prenderão e que roubarão tudo o que
houver na sua terra. (2 Rs 21:1-16)
Acredite amado, no
final o que fica é a nossa família. Um dia você será no máximo uma boa
lembrança na vida de muita gente, mas será sua família que lhe ajudará no
momento da velhice e doença.
Nos piores momentos que
você enfrentar nesta terra além de Deus somente sua família estará do seu lado.
Gaste tempo com a sua
família, honre seus pais, tenha um tempo de qualidade de forma que sua casa
seja o melhor lugar para os seus filhos, seu esposo saia pra trabalhar
desejando voltar e a esposa aguardando o momento de sentar a mesa em família
para uma comunhão.
Não foi a toa que a
última ceia aconteceu numa casa, a beira de uma mesa familiar.
Não é a toa que os
melhores negócios começam ao redor da mesa.
Não foi a toa que Deus
instituiu festas familiares. Memoriais em família onde o nome do Senhor seria
exaltado em família.
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