sexta-feira, 9 de junho de 2017

Lição 02 - Profetas Menores - Joel

Autor: O Livro de Joel afirma que o seu autor foi o profeta Joel (Joel 1:1).

Data: O livro de Joel provavelmente foi escrito entre 835 e 830 a.C.


Escreveu para: Reino Sul (pré-exílio)

Contemporâneos: Amós, e talvez, Elias e Eliseu

"E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões." (Joel, 2:28)

Biiografia:

O nome Joel signifca “o Senhor é Deus’. Joel profetizou durante o tempo de Joás rei de Judá (2 Reis, 12) e exerceu seu ministério em Jerusalém. Ao ler o livro podemos perceber que Joel era judeu e que demonstrava possuir um profundo conhecimento sobre a vida no campo, ou seja, constantemente utilizava ilustrações do campo na comunicação de sua mensagem: cesto de figos, seca, ramo de amendoeira.
O foco do livro é duplo: (1) O problema real e prático, no presente, sobre o que fazer com a praga de gafanhotos (1:1-2.27); e (2) O Dia do Senhor, no futuro, do qual a praga é um sinal (2:28-3:21)

1 – Introdução:

O Livro de Joel tem dois objetivos: histórico e profético. 
O objetivo histórico era chamar a nação de Judá ao arrependimento como uma reação adequada aos julgamentos do Senhorcom os gafanhtos e estiagem, para que uma calamidade mais devastadora não viesse sobre eles.
O objetivo profético era apresentar o futuro do senhro, no qual ele dominará os pagãos e libertará o seu povo para habitar com Ele.
A praga de gafanhotos jamais vista antes foi somente uam antecipação daquele futuro Dia do senhor. assim Joel també traz uma mensagem urgente para a igreja hoje de que o pecado atrai o inevitável juízo divino, enquanto o arrependimento traz bênçãos materiais, espirituais, temporais e eternas.

2 – Propósito do Livro:

A nação de Judá, o cenário para o livro, é devastada por gafanhotos. Essa invasão de gafanhotos destrói tudo - os campos de trigo, as vinhas, os jardins e as árvores. Joel descreve simbolicamente os gafanhotos como um exército humano marchando e enxerga tudo isso como julgamento divino sobre a nação por seus pecados. O livro é destacado por dois grandes eventos. Um deles é a invasão de gafanhotos e o outro é a efusão do Espírito. A realização inicial deste evento é citado por Pedro em Atos 2 como tendo acontecido no dia de Pentecostes.

3 – Explicando o Texto:

“ O que deixou o gafanhoto cortador, comeu o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador, comeu o gafanhoto devorador; o que deixou o gafanhoto devorador, comeu o gafanhoto destruidor”. (Joel, 1: 4)
Joel fala de 3 fases do gafanhoto, e seu modo de destruição, descrevendo de maneira clara a ação dos gafanhotos nas plantações.
O gafanhoto cortador assola a plantação, cortando-lhe as folhas. O devorador já age com poder contra a força de sua produção tornando-a estéril. E o destruidor corrói o tronco até matá-la.

CORTADOR - É o gafanhoto ainda em lagarta que entra na lavoura e faz dela a sua habitação. É uma praga violenta. Ele tem o poder de cortar parte do fruto deixando estragado. É como uma fruta bichada q eu vai contaminando toda a plantação.

O GAFANHOTO MIGRADOR - Este tipo de gafanhoto está em fase de crescimento e por isso viaja em bandos em busca de alimentos. Quando acabam de comer em um lugar, logo passam para outra plantação. Este tipo de gafanhoto vem, destrói e vai embora.

O GAFANHOTO DEVORADOR - Este tipo de gafanhoto está na fase adulta e reprodutiva, alimenta-se muito mais porque tem o objetivo de colocar seus ovos na lavoura. Ele vem, come o fruto e deixa suas larvas, que são imperceptíveis até que essas comecem a também destruir o que sobrou da plantação.

O GAFANHOTO DESTRUIDOR - Este é o pulgão. É o filhote que eclodiu dos ovos deixados pelo devorador. Ele suga a seiva da planta e é capaz de matá-la com seu veneno, que além de infectar a planta pode infectar o agricultor (Ap, 9:3)

4 – O Dia do Senhor:

Basicamente, o “Dia do Senhor” é um tempo em que o Senhor vai ao encontro do Seu povo com juízo ou bênção, ou com ambos ao mesmo tempo.
Para ler e entender a Bíblia, precisamos nos distanciar do nosso pensamento ocidental,  tentar captar a maneira judaica de raciocinar e de se comportar. Se não fizermos isso, não conseguiremos compreender muitas das coisas que as Escrituras dizem. Por exemplo, é importante levar em conta que o dia judaico começa à noitinha, com o pôr-do-sol. Portanto, primeiro vem um tempo de escuridão para depois raiar a luz.
Esse é um espelho exato da maneira com que Deus lidará com Seu povo: primeiro virá o juízo (a escuridão) e depois a bênção (a luz). Primeiro virá para Israel o tempo da Tribulação, e depois o Milênio. No final do tempo de tribulação haverá a grande e terrível batalha do Armagedom, descrita no Apocalipse (Ap 16.16). É justamente essa batalha que Joel, como profeta, antevê e prediz no capítulo 3.2,9-14. Ela culminará no vale da Decisão, como o chama Joel, que é o vale de Josafá.
Não pode ser equiparada nem com a luta do início da Tribulação, quando o rei vindo do Norte (Ez 38-39) se levantará contra Israel. No final dessa grande batalha Jesus, o Cordeiro, julgará a partir de Sião e colocará um ponto final no conflito. É disso que fala Joel 3.14,17

Conclusão:

O livro de Joel nos ensina sobre o arrependimento genuíno que gera restauração.
Hoje, como igreja, precisamos invocar o nome do Senhor trazendo cura para nossa nação e gerando conversões genuínas para o Reino de Deus.
Que o Espírito Santo venha avivar o Seu povo para esta nobre função.

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