“Pela
fé Noé, quando ouviu o aviso de Deus acerca das coisas que ainda iriam
acontecer e que ainda não podiam ser vistas, obedeceu a Deus, e, sem perder
tempo, construiu a arca e salvou a sua família. Pela fé Noé condenou o mundo e
pela fé tornou-se herdeiro da justiça”. (Hb
11:7 – NBV-P)
1 – Introdução
Muitas
são as especulações propagadas em todo o mundo com a finalidade de diminuir a
imagem das Escrituras. Veículos de comunicação e de grande circulação
esmeram-se por colocar em xeque os eventos narrados na obra literária mais
antiga e de maior aceitação da humanidade: a Bíblia.
Entre
os fatos que mais despertam a descrença dos críticos, está a história do
dilúvio, narrado nos capítulos 6, 7 e 8 de Gênesis, cujo propósito desse
fenômeno sobrenatural catastrófico, ocorrido segundo a vontade e sob o comando
de Deus, era exterminar a raça humana, devido à proliferação da maldade que
emanava do homem (Gn 6:5,7). E aí fica a pergunta?! Teria sido afligida a terra
parcialmente ou em sua totalidade?
2 – Evidências Culturais Mundial
O pesquisador e autor austríaco Bellamy H.S. registrou
em suas pesquisas que há 500 “lendas” em todo mundo sobre uma grande inundação
global. Ele que pesquisava com a finalidade de contradizer a ciência judaica, deixou
registrado que civilizações antigas como a China, Babilônia, países de Gales,
Rússia, Índia, América, Havai, Escandinávia, Sumatra, Peru e Polinésia, têm
registrado na sua história suas próprias versões de uma gigantesca inundação.
Estas histórias possuem elementos comuns em paralelo ao relato Bíblico:
·
O aviso de um dilúvio próximo
·
A punição de uma divindade
·
A construção de um barco com
antecedência
·
O armazenamento de animais
·
A inclusão da família
·
A libertação de aves para determinar
se o nível de água tinha diminuído.
A esmagadora coerência entre as “lendas” de
inundação encontrada em todo mundo indica ser da mesma origem relatada na
bíblia, mas a transcrição oral mudou alguns detalhes durante o tempo.
“Criaste
a terra, assentando-a sobre base firme, para que seja para sempre
indestrutível!
Como se estendesses sobre ela um manto, assim a cobriste
com os oceanos; as águas cobriam as montanhas. Diante
da tua repreensão, as muitas águas começaram a refluir, puseram-se em fuga ao
ribombar dos teus trovões;
subiram pelos montes e escorreram pelos vales, para os lugares que tu mesmo lhes designaste. Estabeleceste um limite que não podem ultrapassar; nunca mais voltarão a cobrir a terra. É Ele quem faz jorrar as fontes nos vales; elas correm por entre os montes”. (Sl 104:5-10 – KJA)
subiram pelos montes e escorreram pelos vales, para os lugares que tu mesmo lhes designaste. Estabeleceste um limite que não podem ultrapassar; nunca mais voltarão a cobrir a terra. É Ele quem faz jorrar as fontes nos vales; elas correm por entre os montes”. (Sl 104:5-10 – KJA)
3 – Evidências Científicas
Quando a Bíblia se refere a um Dilúvio global
em Gênesis 7-8, é disso mesmo que ela fala, e não de algo localizado,
metafórico ou um ilustração; as águas verdadeiramente cobriram toda a Terra. Basta analisar
as evidências.
Foram encontrados fósseis de criaturas nas
camadas rochosas que cobrem todos os continentes. A maior parte das camadas
rochosas nas paredes do Grand Canyon (1610m acima do nível do mar) contém
fósseis marinhos. Além disso, foram também encontrados fósseis de animais
marinhos no topo dos Himalaias
(8.848 mt de altura, a Cordilheira mais alta do mundo)
É comum encontrar extensos “cemitérios”
fósseis muito bem preservados.
Esta camada foi depositada catastroficamente
através dum gigantesco fluxo de sedimentos. Os leitos de carvão e de giz que se
encontram na Europa e nos Estados Unidos, bem como os peixes, os ictiossauros,
os insetos, e outros fósseis que se encontram por todo o mundo, testemunham a
favor duma destruição e dum soterramento catastrófico imediato.
Camadas inclinadas no interior do Grand
Canyon testemunham 10,000 milhas cúbicas de areia que foram depositadas através
de enormes correntes de água no espaço de alguns dias.
4 – Consequências Diluvianas
A teoria de que os continentes
não estiveram sempre nas suas posições atuais foi sugerido pela primeira vez em
1596 pelo holandês Abraham Ortelius, conhecido como pai do Atlas Moderno (1570),
considerado o primeiro Atlas da Idade Moderna, uma obra desenhada à mão, com
139 mapas coloridos.
Foi Ortelius quem sugeriu que as
Américas "foram rasgadas e afastadas da Europa e África por terremotos e
inundações" e acrescentou: "os vestígios da ruptura revelam-se, basta
alguém trazer para a sua frente um mapa do mundo e observar com cuidado as
costas dos três continentes" - elas se encaixam.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945),
com o desenvolvimento de equipamentos e tecnologias mais avançadas, a exemplo
dos sonares, é que se pôde conceber o fato de que a crosta terrestre
é apenas uma fina camada superior do planeta que se encontra dividida em várias
placas tectônicas, que se movimentam
continuamente. Com isso, as suspeitas levantadas no passado e defendidas por
Wegener puderam ser finalmente comprovadas.
A terra foi um dia reunido em um
só lugar, em um único continente, mas foi repartida por fissuras e
transformou-se em vários continentes (Gn 1:9-10). Este acontecimento
foi registrado na Bíblia por meio de um nascimento, o nascimento de
um
bebê chamado Pelegue (Gn 10.25). Eis a maneira como foi relatado o tremendo
acontecimento:
"A Éber nasceram
dois filhos: um teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a
terra".
Este acontecimento foi tão importante que no livro de I Crônicas 1.19, a mesma
frase é repetida – alguns teólogos explicam que a divisão de terra referida significa
a parte de terra herdada por cada família, mas a palavra original sugere uma
separação/divisão e não uma partilha de bens/terras.
Na
antiguidade oriental costumava-se dar nomes aos filhos de acordo com certos
acontecimentos importantes. É interessante ressaltar que o nome Éber significa
"União" e o nome Pelegue significa "Divisão".
Interessante
notar outro nome significativo: Matusalém em hebraico significa "sua morte trará juízo". Matusalém
é geralmente conhecido por ser o personagem que teve mais longevidade de toda a
Bíblia, tendo vivido por 969 anos (Gênesis 5;27), sendo que o ano de sua morte
coincidiria com a ocasião do dilúvio.
E o próprio nome de Noé trazia uma
profecia: “Este nos dará descanso do
difícil trabalho de cultivar a Terra que Deus amaldiçoou”. (Gn 5:29 – MSG). Noé
significa no hebraico “descanso, repouso, de longa vida”.
Voltando
ao assunto um climatologista alemão chamado Alfred Wegener propôs evidência
científica para apoiar a idéia que os continentes um dia estiveram juntos. Esta
terra única ele chamou de "Pangea".
Segundo
ele, quando a Pangea se partiu, transformou-se, inicialmente, em dois super
continentes: o Norte (Laurácia) e o Sul (Gondwana), e depois foi se
subdividindo chegando ao mapa que conhecemos hoje.
O processo geológico de deslocamento das
massas continentais ainda é uma constante nos dias de hoje e de acordo com
estudos, estima-se que futuramente, em cerca de “250 milhões de anos”, todos os
continentes da Terra vão se unir novamente formando um suposto Pangeia, rodeado
por um único oceano.
(Jó38:8-11; Pv 8:24-29; Sl 104: 5-10; Ez 47; Ap
21:1)
5 – Conclusão
Interpretar o livro de Gênesis usando como
base argumentos científicos pode causar um efeito colateral – a incredulidade.
A Bíblia oral e escrita foi a única história,
meio de pesquisa e registro que a humanidade teve durante séculos. Até que em
1747 um escocês chamado Hutton depois de ser banido da igreja e de sua família
por engravidar a sua amante, resolveu questionar pela primeira a data da
Criação do Mundo, que algumas edições da Bíblia disponíveis até forneciam com
precisão: sábado, 22 de outubro de 4004 a.C.
Foi daí que muitos se juntaram a ele para
provar que a bíblia é um mero livro retrógrado e totalmente ultrapassado.
De lá pra cá, a ciência até tem tentado
desmerecê-la, mas tem falhado.
Referências de Estudo:
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