⁸ Ao anjo
da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que
esteve morto e tornou a viver:
⁹ Conheço
a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si
mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.
¹⁰ Não
temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão
alguns dentre vós, para sedes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias.
Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
¹¹ Quem
tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá
dano da segunda morte. (Apocalipse
2:8-11/ARA)
Introdução
Logo após Paulo ser decapitado por Nero,
o Imperador Romano, nasce um homem chamado Policarpo.
Ainda na sua juventude, conheceu e foi
discípulo de João, o apóstolo mais íntimo de Cristo, sendo mais tarde
consagrado pastor e bispo de Esmirna.
Policarpo é conhecido pela tradição
cristã como um grande mártir e pai da igreja, tendo seu nome registrado nos
anais da história do I e II século d.C.
A igreja de Esmirna situava na Turquia, e
era uma das sete igrejas da Ásia Menor às quais o apóstolo Paulo fundou junto
com os discípulos.
João, na ilha de Patmos, recebe instrução
diretamente de Cristo para escrever tudo aquilo que Ele ditava a cada igreja,
que naquela época passava por alguma dificuldade física, moral ou espiritual.
Perceba que todas as cartas começam com Deus
falando às igrejas: “conheço as tuas obras”, mas a Esmirna Deus diz: “Eu
conheço a sua dor. Conheço as tuas aflições, conheço a sua tribulação”.
Naquela época, a igreja estava sendo
perseguida de tal forma, que seus fiéis ao serem pegos, eram torturados em
camas de espinho, jogados em caldeirões de óleo fervente, em arenas para serem
comidos por feras para entreter os romanos ou queimados vivos.
Muitos se escondiam. Outros negavam a fé
e se aliavam a Roma, mas existiam aqueles que lutavam bravamente diante da dor
glorificando a Deus até o último suspiro.
Policarpo foi um desses.
Três dias antes da sua morte, estava
orando como lhe era de costume, quando teve uma visão. Ao sair de seus
aposentos, olhou para os seus amigos e disse: serei queimado vivo.
No dia da preparação da páscoa, um sábado
sagrado para os judeus, bem na hora da refeição matinal, os soldados chegaram a
sua casa. Policarpo abriu a porta, pediu que a família servisse aqueles
soldados com alimento o quanto quisesse, e lhes pediu permissão para orar
durante 1h a Deus.
Após 2h de oração, ele se levantou e se
entregou aos soldados que já estavam arrependidos de irem prendê-lo.
Num jumento, escoltado pelos soldados,
caminhavam até a cidade quando encontraram a carruagem do pro cônsul que era
capitão da guarda local. Este fez
questão de lhe dar uma carona no intento de persuadi-lo a honrar o imperador a
fim de livrá-lo da morte.
No entanto, ao negar veementemente se
curvar ao imperador e negar a Cristo, o empurrou da carruagem de modo que ao
cair, deslocou a perna.
Quando estava entrando no estágio, lugar
que seria morto, uma voz surge do céu dizendo: SÊ FORTE POLICARPO! E todos que
estavam ali ficaram assustado por ouvirem a voz.
Mas uma vez o pro cônsul lhe dá a
oportunidade de negar a Jesus, mas Policarpo declara em alto e bom som: OITENTA
E SEIS ANOS O SERVI, E ELE NUNCA ME FEZ MAL. COMO ENTÃO POSSO BLASFEMAR CONTRA
MEU REI E SALVADOR?
O pro cônsul continuou insistindo: Não vê
que as feras estão prontas para devorá-lo?! Basta negá-lo que eu te livro desta
morte.
- ESTOU PREPARADO, PODE CHAMÁ-LAS.
E o pro cônsul replicou: - Já que não tem
medo das feras, queimarei você vivo.
E Policarpo respondeu:
- TU ME AMEAÇAS COM O FOGO QUE QUEIMA POR
UMA HORA E LOGO SE APAGA, MAS É IGNORANTE QUANTO AO FOGO DO JULGAMENTO DE DEUS
QUE VIRÁ SOBRE TODOS OS ÍMPIOS.
Imediatamente o colocaram na estaca, e
começaram a preparar para atear fogo.
Policarpo começa a orar a Deus em alta
voz, pedindo perdão por aquelas pessoas e agradecendo pelo privilégio de poder
morrer pelo Seu nome.
Ao colocarem fogo, as chamas subiam de
forma que não se encostavam a ele, como que seu corpo estivesse blindado por
Deus.
Ao perceber a comoção do povo e a
surpresa que lhes causava, um carrasco se aproximou perfurando-o com uma adaga.
O sangue que saiu daquele ferimento foi
tanto que apagou o fogo, e todos que estavam naquele estágio ficaram de pé,
admirados de como aquilo poderia ter acontecido.
Após morrer, atearam fogo novamente em
seu corpo e depois enterraram seus ossos.
Policarpo foi o 12º mártir da igreja de
Esmirna e muitos se converteram naquele dia pelo testemunho dado perante a
morte.
Vs. 8 - A carta deixa claro que foi o
próprio Jesus quem a ditou a João. Cada palavra expressava a soberania Daquele
que morreu, mas ressuscitou, e que estava vivo para anunciar o futuro a João e
àquelas igrejas.
Vs. 9 – Jesus conhecia o sofrimento que
aquela igreja estava enfrentando. Sabia de suas necessidades físicas, mas
engrandecia sua fartura espiritual. Ele via quantas pessoas estavam infiltradas
naquela igreja a fim de serem usadas por Satanás para corromper o corpo de
Cristo.
Vs. 10 – Cristo prevê mais sofrimento
para aquela igreja, mas a consola com uma palavra de esperança: esse sofrimento
tem tempo para acabar, não será pra sempre. E aquele que vencer receberá a
coroa da vida, ou seja, receberá um galardão do qual ninguém poderá tirá-lo.
Vs. 11 – Essa mensagem é para aquele que
ouve o Espírito, e a promessa é que a morte nunca mais terá poder sobre sua
vida.
A segunda morte é o sofrimento eterno
afastado de Deus, em comparação a vida eterna daqueles que permanecerem fiéis a
Deus.
Deus conhece a sua dor.
Ele sabe o que você está sofrendo.
Inclusive a causa do seu sofrimento.
Ele também vê quando você sofre
perseguição do mundo por amor a Ele, e as vezes que pessoas que se dizem
cristãs são usadas pelo Diabo para te ofender.
Mas Ele tem uma palavra de esperança para
você.
EU SOU A VIDA ETERNA, E AQUELE QUE
PERMENECER EM MIM ATÉ A MORTE, RECEBERÁ A COROA DA VIDA E SERÁ LIVRE DO PODER
DA SEGUNDA MORTE.
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