Gnosticismo - nome masculino. [ História religiosa ] Conjunto de movimentos religiosos dos primeiros séculos do cristianismo, considerados heréticos, que combinam o misticismo, o sincretismo religioso e correntes filosóficas. É uma doutrina que visa a salvação da alma não através da fé, mas do conhecimento ou, mais propriamente, através do saber espiritual.
Clemente (140-211) pode ser considerado o pioneiro do gnosticismo no interior da Igreja, segundo Kurt Rudolph.
Docetismo - Docetismo é uma doutrina cristã do século II, considerada herética pela Igreja primitiva. Antecedente do gnosticismo, acreditavam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas aparente. Esta doutrina é refutada pela Igreja Católica com base no Evangelho de São João, onde no primeiro capítulo se afirma que "o Verbo se fez carne". Autores cristãos posteriores, como Inácio de Antioquia e Ireneu de Lião deram os contributos teológicos mais importantes para a erradicação deste pensamento, em especial o último que, na sua obra Adversus Haereses defendeu as ideias principais que contrariavam o docetismo, ou seja, a teologia do Cristocentrismo.
O Docetismo parte das ideias de Marcião, um filósofo e pensador cristão, profundo estudioso dos escritos de Paulo de Tarso, que se fixa na ideia de que o deus hebraico, ao se mostrar vingativo e por vezes cruel, não poderia ser o mesmo que conceberia Jesus e o ofereceria à humanidade.
Arianismo - O arianismo foi uma visão cristológica antitrinitária sustentada pelos seguidores de Ário, presbítero cristão de Alexandria nos primeiros tempos da Igreja primitiva, que negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, que Os igualasse. Nega divindade de Cristo.
Pelagianismo - foi um conceito teológico que negava o pecado original, a corrupção da natureza humana, o servo arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a necessidade da graça divina para a salvação. O termo é derivado do nome de Pelágio da Bretanha.
Pelágio, um monge britânico que viveu entre os séculos 4 e 5 d.C. O pelagianismo nega especialmente a verdade acerca do pecado original. A doutrina pelagiana foi condenada como heresia pela Igreja em diversos concílios.
Monarquianismo - tem a sua origem da controvérsia trinitariana entre os bispos Ário e Atanásio e da confusão teológica que havia na Igreja para definir didaticamente a doutrina da Trindade. O bispo Ário negava a divindade de Jesus, já Atanásio defendia. Mas, ele ganha força e nome com um bispo da Igreja chamado Sabélio, que negava a doutrina da Trindade explanada por Tertuliano.
O monarquianismo tornou-se a grande heresia do século III d.C. Essa terminologia foi dada por Tertuliano. Grande apologista da doutrina da Trindade e criador do termo teológico TRINDADE (três pessoas na divindade). O Monarquianismo defendia a existência de um só Monarca (um só Deus) contra a divindade de Jesus, que segundo seus defensores não poderia ser também o Monarca (o Deus). Inicialmente o monarquianismo foi contra a divindade de Jesus, entretanto surgiram monarquianos que aceitaram a divindade de Jesus, contudo não a divindade plena. Daí o significado do termo. A palavra ‘Monarquianismo’ vem do termo grego ‘monarchia’, isto é, o governo exercido por um único indivíduo.
Nestorianismo - doutrina ligada a Nestório 380-451, monge de Antioquia, que fazia a distinção entre as naturezas divina e humana de Cristo, o que consequentemente negava a maternidade divina de Maria.
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