sábado, 7 de março de 2020

Aula 07 - Bíblia, a Ciência da Nossa Fé: As Muralhas de Jericó.


“Foi pela fé que os muros de Jericó desmoronaram, depois de serem rodeados durante sete dias.” (Hb 11:30 – KJA)

1 – Introdução

Evidentemente, nossa fé não está baseada nas descobertas da ciência. Entretanto, não podemos ignorar os benefícios provindos dela quando seus estudos servem para solidificar a nossa crença.
Jericó encontra-se a aproximadamente 13 km a nordeste do Mar Morto e a aproximadamente 30 km de Jerusalém, era rodeada de palmeiras e possuía muita água. Pois era situada às margens do Rio Jordão, próxima a Judá. Considerada a cidade mais antiga do mundo seguida de Damasco (Síria), é hoje a região habitada de mais baixa altitude na Terra, pois fica a cerca de 270m abaixo do nível do Mar Mediterrâneo.
A história de Josué e a batalha em Jericó se encontra em (Js 6:1-27), sendo uma das mais conhecidas no Antigo Testamento.
Mas será que os muros caíram mesmo no grito?

2 - Algumas Teorias Sobre a Queda

·    Cronistas da antiguidade acreditam que Deus usou de psicologia para invadir Jericó e destruí-la. Dizem que a estratégia de circuncidar a cidade por 7 dias com o exército e com a participação da temida Arca da Aliança foi uma maneira de intimidar o povo cananeu, que já conhecia as histórias sobre o povo que amaldiçoou o Egito com 10 pragas e atravessou o Mar Vermelho a pés secos. O fato de terem atravessado o Rio Jordão em época de cheia também numa forma extraordinária, também os acovardou. Esses cronistas dizem que Raabe deu entrada ao exército por sua casa e que eles teriam invadido Jericó e a destruído de dentro para fora.
·      Outra suposição contada por alguns historiadores é que as voltas ao redor dos muros por sete dias e os toques simultâneos das cornetas serviram para distrair as sentinelas de Jericó a fim de não perceberem escavações feitas pelos hebreus com a finalidade de enfraquecer os muros e derrubá-los na hora da invasão.
·       Mas de acordo com os geólogos, Jericó, que fica exatamente sobre uma fossa tectônica, ou seja, uma área instável e propensa a apresentar atividade sísmica, entre as placas tectônicas africanas e arábicas, facilmente cederiam com um terremoto. Portanto, o relato do Velho Testamento pode estar associado a um terremoto que atingiu a região bem quando os israelitas faziam o maior escarcéu junto às muralhas.
O fato de o Rio Jordão ter parado seu fluxo também estaria ligado a um terremoto que por algum tempo obstruiu a passagem levando o rio a secar dando oportunidade de o povo atravessar a pés secos a distância de 30mt, de um lado a outro, mesmo estando em época de cheias (Js 3:15-17). Esse fenômeno é muito comum naquela região, e foi registrado por várias vezes parando o fluxo do rio em até 2 dias (1160, 1267, 1534, 1646, 1834, 1906 e 1927 d.C)

3 – Qual História a Arqueologia nos Conta?

A cidade de Jericó é um dos ajuntamentos mais antigos do mundo. Os registros humanos ali encontrados fornecem informações sobre quase todos os períodos do início da história. Entre os objetos mais antigos ali encontrados, temos machados, picaretas e foices, feitos de pedra, madeira e osso. Além disso, foram encontradas ali também uma muralha de quase seis metros e uma torre de 7,7 metros de altura com 8,5 metros de diâmetro. Construções que se destacam como obras muito à frente do seu tempo.
O Dr. John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-1936), descobriu em suas escavações que o muro realmente “foi abaixo”; ou seja, caiu, e que era duplo. Os dois muros ficavam separados um do outro por uma distância de cinco metros. O muro externo tinha 2m de espessura e o interno, 4m. Os dois tinham cerca de 10 de altura. Foram construídos não muito solidamente, sobre alicerces defeituosos e desnivelados, com tijolos de dez centímetros de espessura, por trinta a sessenta centímetros de comprimento, assentados em argamassa de lama. Eram ligados entre si por casas construídas de traves na parte superior, como a de Raabe, por exemplo, erguida “sobre o muro”.
Garstang verificou também que o muro externo ruiu para fora, pela encosta da colina, arrastando consigo o muro interno e as casas, ficando as camadas de tijolos cada vez mais finas à proporção que rolavam ladeira abaixo. Ele pensa haver indícios de que o muro foi derribado por um terremoto, o que pode ser, perfeitamente uma conseqüência da ação divina.
Na década de 1950 Kathleen Kenyon alegou ter descoberto indícios incríveis da destruição passiva da cidade exatamente conforme a descrição da Bíblia, onde os muros primeiramente caíram e depois a cidade foi incendiada e os pertences abandonados. Ela até mesmo encontrou vasos repletos de grãos e cereais indicando que a destruição total foi repentina, ou seja, não houve um cerco prolongado à cidade, pois havia fartura de alimentos por toda parte (Js 3:15)
Este relato confirma que o povo hebreu obedeceu às ordens dadas por Deus de invadir e destruir a cidade sem saqueá-la, e queimá-la após a invasão (Js 6:18-19, 24)



·       Acima, casa de Cananeus colada na muralha, exatamente conforme a descrição da casa da prostituta Raabe (Js 2:15).

·    Nas fotos abaixo, os vasos de Jericó ainda repletos de cereais em seu interior, e as escavações de John Garstang em Jericó que mostram os restos da cidade destruída pelos israelitas em cerca de 1400 AC.







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