“Foi pela fé que os muros de Jericó desmoronaram, depois de serem
rodeados durante sete dias.” (Hb 11:30 – KJA)
1 – Introdução
Evidentemente, nossa fé não está baseada nas descobertas da ciência.
Entretanto, não podemos ignorar os benefícios provindos dela quando seus
estudos servem para solidificar a nossa crença.
Jericó encontra-se a aproximadamente 13 km a nordeste do Mar Morto e a
aproximadamente 30 km de Jerusalém, era rodeada de palmeiras e possuía muita
água. Pois era situada às margens do Rio Jordão, próxima a Judá. Considerada a
cidade mais antiga do mundo seguida de Damasco (Síria),
é hoje a região habitada de mais baixa altitude na Terra, pois fica a cerca de
270m abaixo do nível do Mar Mediterrâneo.
A história de Josué e a batalha em Jericó se encontra em (Js 6:1-27), sendo uma das mais conhecidas no Antigo Testamento.
Mas
será que os muros caíram mesmo no grito?
2 - Algumas Teorias Sobre a
Queda
· Cronistas
da antiguidade acreditam que Deus usou de psicologia para invadir Jericó e
destruí-la. Dizem que a estratégia de circuncidar a cidade por 7 dias com o
exército e com a participação da temida Arca da Aliança foi uma maneira de
intimidar o povo cananeu, que já conhecia as histórias sobre o povo que
amaldiçoou o Egito com 10 pragas e atravessou o Mar Vermelho a pés secos. O
fato de terem atravessado o Rio Jordão em época de cheia também numa forma
extraordinária, também os acovardou. Esses cronistas dizem que Raabe deu entrada ao exército por sua casa e
que eles teriam invadido Jericó e a destruído de dentro para fora.
· Outra
suposição contada por alguns historiadores é que as voltas ao redor
dos muros por sete dias e os toques simultâneos das cornetas serviram para
distrair as sentinelas de Jericó a fim de não perceberem escavações feitas
pelos hebreus com a finalidade de enfraquecer os muros e derrubá-los na hora da
invasão.
· Mas
de acordo com os geólogos, Jericó, que fica exatamente sobre uma fossa tectônica,
ou seja, uma área instável e propensa a apresentar atividade sísmica, entre as
placas tectônicas africanas e arábicas, facilmente cederiam com um terremoto.
Portanto, o relato do Velho Testamento pode estar associado a um terremoto que
atingiu a região bem quando os israelitas faziam o maior escarcéu junto às
muralhas.
O fato de o Rio Jordão
ter parado seu fluxo também estaria ligado a um terremoto que por algum tempo
obstruiu a passagem levando o rio a secar dando oportunidade de o povo
atravessar a pés secos a distância de 30mt, de um lado a outro, mesmo estando
em época de cheias (Js 3:15-17). Esse fenômeno é muito comum naquela região, e foi
registrado por várias vezes parando o fluxo do rio em até 2 dias (1160, 1267,
1534, 1646, 1834, 1906 e 1927 d.C)
3 – Qual História a Arqueologia nos Conta?
A
cidade de Jericó é um dos ajuntamentos mais antigos do mundo. Os registros
humanos ali encontrados fornecem informações sobre quase todos os períodos do
início da história. Entre os objetos mais antigos ali encontrados, temos
machados, picaretas e foices, feitos de pedra, madeira e osso. Além disso,
foram encontradas ali também uma muralha de quase seis metros e uma torre de
7,7 metros de altura com 8,5 metros de diâmetro. Construções que se destacam
como obras muito à frente do seu tempo.
O Dr.
John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do
Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-1936), descobriu em
suas escavações que o muro realmente “foi abaixo”; ou seja, caiu, e que era
duplo. Os dois muros ficavam separados um do outro por uma distância de cinco metros.
O muro externo tinha 2m de espessura e o interno, 4m. Os dois tinham cerca de
10 de altura. Foram construídos não muito solidamente, sobre alicerces
defeituosos e desnivelados, com tijolos de dez centímetros de espessura, por
trinta a sessenta centímetros de comprimento, assentados em argamassa de lama.
Eram ligados entre si por casas construídas de traves na parte superior, como a
de Raabe, por exemplo, erguida “sobre o muro”.
Garstang
verificou também que o muro externo ruiu para fora, pela encosta da colina,
arrastando consigo o muro interno e as casas, ficando as camadas de tijolos
cada vez mais finas à proporção que rolavam ladeira abaixo. Ele pensa haver
indícios de que o muro foi derribado por um terremoto, o que pode ser,
perfeitamente uma conseqüência da ação divina.
Na
década de 1950 Kathleen Kenyon alegou ter descoberto indícios incríveis da
destruição passiva da cidade exatamente conforme a descrição da Bíblia, onde os
muros primeiramente caíram e depois a cidade foi incendiada e os pertences
abandonados. Ela até mesmo encontrou vasos repletos de grãos e cereais
indicando que a destruição total foi repentina, ou seja, não houve um cerco
prolongado à cidade, pois havia fartura de alimentos por toda parte (Js 3:15)
Este
relato confirma que o povo hebreu obedeceu às ordens dadas por Deus de invadir
e destruir a cidade sem saqueá-la, e queimá-la após a invasão (Js 6:18-19, 24)
· Acima,
casa de Cananeus colada na muralha, exatamente conforme a descrição da casa da
prostituta Raabe (Js 2:15).
· Nas
fotos abaixo, os vasos de Jericó ainda repletos de cereais em seu interior, e
as escavações de John Garstang em Jericó que mostram os restos da cidade
destruída pelos israelitas em cerca de 1400 AC.
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Pesquisa:
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