"Estamos perdidos! Quem nos
salvará desses deuses poderosos? São os mesmos deuses que destruíram os
egípcios com pragas, quando Israel estava no deserto".
(1 Sm 4:8 - NVT)
1
– Introdução
A história do êxodo é uma das mais contadas do Antigo
Testamento, não há uma só pessoa, que conheça as Escrituras, que já não tenha
ouvido a respeito das Dez Pragas do Egito.
Mas você
já parou para pensar quanto tempo durou essas pragas contando desde que Moisés
falou pela primeira vez com Faraó até a última das pragas, a morte dos
primogênitos?!
Floyd
Nolen Jones (um
americano que trabalhou 14 anos como um paleontólogo, geofísico, geofísico
municipal, gerente de geofísica e geofísico regional com a Texaco e a Tenneco.
Ele foi selecionado para participar da Division
Manager School pouco antes de renunciar a sua carreira científica para
prosseguir os estudos bíblicos. Ele tem um Ph.D. e Th.D. com especialização em
Geologia, Química, Matemática, Teologia e Educação de seis instituições,
formou-se Magna Cum Laude, e é um ministro ordenado pela Convenção Batista do
Sul) apresenta um quadro com a cronologia
das pragas e demonstra uma duração de 40 dias contados a partir da primeira
“praga”. Registra, porém, nada mais comenta.
No entanto, Velikovsky (um psiquiatra russo-judeu, mais conhecido
como o autor de uma série de livros em particular o livro Mundos em Colisão,
publicado em 1950, professor da Universidade Hebraica em Jerusalém) possui uma teoria de que houve uma
grande catástrofe natural na época em que se deu a saída dos filhos de Israel
do Egito. Se os 40 dias, ou uma duração curta aproximada, estão corretos, isto
pode ser um aspecto que dá apoio à teoria da catástrofe natural e a
contemporaneidade com o Papiro de Ipuwer (um documento egípcio
antigo datado do século XII a.C que conta que confirma a história do êxodo
bíblico e que se encontra hoje no Museu Nacional de
Antiguidades de Leiden, Países Baixos)
2
- As Pragas
Pesquisadores acreditam terem encontrado evidências dos verdadeiros
desastres naturais das dez pragas do Egito, que levou Moisés a libertar os
israelitas da escravidão no livro bíblico Êxodo.
Mas ao invés de explicá-los como decorrentes de um ato de
Deus, os cientistas afirmam que as causas das pragas podem ser atribuídas a uma
cadeia de fenômenos naturais provocados por mudanças no clima e as catástrofes
ambientais que aconteceram há centenas de quilômetros de distância.
Eles compilaram evidências convincentes que oferecem novas explicações para
as pragas bíblicas, que será apresentada em uma nova série a ser transmitida no
canal de televisão Nacional Geographic.
Os arqueólogos acreditam amplamente que as pragas ocorreram numa antiga
cidade de Pi-Ramsés no Delta do Nilo, capital do Egito durante o reinado do
faraó Ramsés, o Segundo, que governou entre 1.279 a.C e 1.213 a.C.
Há duas correntes teóricas principais. Uma delas, que credita as pragas a
fenômenos naturais, é liderada pelo físico inglês Colin Humphreys, autor do
livro “Os Milagres do Êxodo”. A outra coloca a erupção do vulcão na ilha de
Santorini como ponto de partida. Ela é retratada no documentário O Êxodo
Decodificado, produzido por James Cameron.
PRAGA: SANGUE NO NILO (Ex 17:19)
·
Teoria “Natural” - A primeira praga é a
transformação das águas do rio Nilo em sangue. O tom vermelho da água seria
fruto da proliferação de algas vermelhas tóxicas ou de uma chuva que levou
rochas dessa cor ao rio
·
Teoria Vulcânica - O vulcão na ilha
Santorini, a 700 km dali, entrou em erupção, provocou terromotos e fissuras no
fundo do rio. Das fendas saiu um gás que se misturou ao ferro do rio, criando
ferrugem, que coloriu a água
PRAGA: PROLIFERAÇÃO DAS RÃS (Ex 8:9-10)
·
Teoria “natural” - A segunda praga, a
multiplicação das rãs, seria resultado da anterior: as toxinas das algas fariam
com que os saposdeixassem o rio e invadissem as regiões ao redor
·
Teoria vulcânica - O gás liberado pelas
fendas deixa a água sem oxigênio, fazendo com que os sapos fujam para a
superfície. Muitos dos bichos começaram a invadir as áreas habitadas pelos
egípcios
PRAGA: PIOLHOS (Ex 8:16-19)
·
Teoria “natural” - Temporal seguido de clima quente
e seco é igual a multiplicação de ovos de piolho, segundo essa corrente. O
inseto era comum no Egito antigo – muitos egípcios raspavam a cabeça para
evitá-lo
·
Teoria vulcânica - A infestação de
piolhos ocorre devido à falta de água limpa. Sem ela, a higiene fica
comprometida, formando um cenário propício para a reprodução de insetos, como
os piolhos
PRAGA: ENXAME DE MOSCAS (Ex 8:20-32)
·
Teoria “natural” - O físico Colin
Humphreys diz que as moscas se multiplicam por causa da morte dos sapos, seus
predadores naturais. Roger Wotton, biólogo inglês, diz que o mosquito forma
enxames densos
·
Teoria vulcânica - As moscas apareceriam
por duas razões: falta d’água, que provoca falta de higiene, atraindo os
insetos. A segunda é a morte de animais do ecossistema do Nilo – a carniça
chama mais moscas
PRAGA: PESTE NOS ANIMAIS (Ex 9:1-7)
·
Teoria “natural” - Para Humphreys, um
dos culpados é a mosca-de-estábulo, que carrega vírus fatais para vacas e
cavalos. De acordo com Wotton, a grande quantidade de picadas de insetos
provocaria a peste
·
Teoria vulcânica - A cadeia de eventos
iniciada pela falta de água gera a proliferação de insetos, que picam os
animais rurais, provocando doenças. Essa parte da explicação do documentário é
muito criticada
PRAGA: CHAGAS NOS HOMENS (Ex 9:8-12)
·
Teoria “natural” - De acordo com esta teoria, as
úlceras e chagas em homens e nos animais seriam conseqüência da multiplicação
de insetos, como o mosquito Culicoides canithorax
·
Teoria vulcânica - Em 1986, um lago em
Camarões ficou vermelho por causa de vazamentos de gás, e os moradores ganharam
bolhas por causa dos gases. O mesmo poderia ter acontecido no Nilo
PRAGA: CHUVA DE PEDRAS (Ex 9:13-35)
·
Teoria “natural” - As saraivas de que
fala a Bíblia seriam chuvas de granizo muito maiores que o normal, misturadas a
relâmpagos. Apesar de raras, as chuvas de pedra e granizo acontecem durante
tempestades
·
Teoria vulcânica - Um papiro citado no
filme relata saraivas semelhantes às da Bíblia. Há outra explicação: as cinzas
do vulcão, em contato com a atmosfera, provocam uma chuva de fogo e gelo
PRAGA: NUVEM DE GAFANHOTOS (Ex 10:1-20)
·
Teoria “natural” - Com tantas alterações
ambientais, o comportamento dos gafanhotos poderia mudar, provocando as nuvens.
O solo úmido da chuva de granizo também atrairia gafanhotos
·
Teoria vulcânica - A erupção do
Santorini teria desequilibrado o clima, aumentando a temperatura e forçando os
bichos a migrar. Além disso, enxames de gafanhotos são comuns em partes da
África.
PRAGA: TREVAS NO CÉU (Ex 10:21-29)
·
Teoria “natural” - A escuridão no céu do
Egito poderia ser provocada por tempestades de areia chamadas khamsin, por um
eclipse solar total ou até mesmo pelos densos enxames de gafanhotos
·
Teoria vulcânica - Lembram do vulcão? A
escuridão teria sido causada pelas nuvens de cinza que ele lançou. A força da
erupção do Santorini faria com que a nuvem viajasse até o Egito, tapando o Sol
e escurecendo o céu
PRAGA: MORTE DOS PRIMOGÊNITOS (Ex 11:1-10)
·
Teoria “natural” - A última praga é a
morte dos primogênitos. Tradicionalmente, os filhos mais velhos comem antes que
os demais irmãos. Por isso, morreram antes com a comida contaminada pela falta
de higiene
·
Teoria vulcânica - Os filhos mais velhos
dormem mais próximos ao chão, segundo o documentário. Entre os gases que
vazaram, estaria o dióxido de carbono, que se desloca junto ao solo, matando
quem o inala.
3
– Conclusão
Algumas das pragas do Egito poderão ter explicação científica mas, mesmo
assim, foram milagres de Deus. Deus usou alguns fenômenos naturais, junto com
várias ações sobrenaturais, para castigar o Egito.
Antes de analisar algumas explicações científicas, é bom lembrar que Deus é
todo-poderoso. Isso significa que nada é impossível para Ele. Deus pode ter
usado meios naturais mas também pode ter interferido de forma completamente
sobrenatural. De qualquer forma, as pragas do Egito não foram coincidência.
Aconteceram de forma planeada, de acordo com a vontade de Deus (Êxodo 3:19-20).
Referência de Estudo
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/as-pragas-do-egito-realmente-existiram/ (Publicado por Danilo Cesar Cabral em 4 jul 2018, 20h21
- Publicado em 5 jan 2009, 15h29
https://noticias.gospelmais.com.br/as-dez-pragas-do-egito.html (redação gospel+ - 2010)
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