“Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por meio de suas atitudes
o negam; e por isso são abomináveis, insubordinados e desqualificados para
qualquer boa obra”. (Tito 1:16 - KJA)
1 – Introdução
Ateus são aqueles que não crêem em Deus. Mas, é possível se
falar de um “ateísmo cristão”.
O apóstolo Paulo se refere àqueles que professam conhecer a Deus
e que, entretanto, o negam por suas obras. Agem como se Deus não pudesse
interferir , agir e atuar na vida humana, negação esta feita por pessoas que se
professam cristãs e que argumentam seus conceitos em textos isolados da bíblia.
Na verdade, isto nada mais é que o antigo deísmo (crença em um Deus ou uma força
superior e que sua existência pode ser provada pela
razão e a observação do mundo físico. Os deístas normalmente não acreditam que
Deus interfere em nosso mundo. O Deísmo rejeita a divindade de Jesus e a
inspiração divina da Bíblia).
O ateísmo dos valores cristãos ou ateísmo cristão é uma posição aplicável à vida real
por alguns cristãos, criado a partir de uma mediação entre opostos como a fé e
a razão propostos por Tomás de Aquino, que rejeita o Deus do cristianismo,
mas segue os ensinamentos de Jesus. Nela, as histórias de Jesus estão
relacionadas com a vida moderna, mas elas não devem ser tomadas
literalmente enquanto
Deus é apenas um símbolo.
2 – Trocando em Miúdos
Vejo
claramente a ação ateísta rondando a igreja quando somos incentivados a ler
somente o Novo Testamento sob a afirmação de que o Antigo Testamento não é pra
nós cristãos, mas somente para o povo de Israel.
Outro ponto é quando vejo líderes e pastores
pregando sobre abolição da lei por meio da graça em Cristo Jesus, usando
erradamente o seguinte versículo: “Porquanto o pecado não poderá exercer domínio
sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”. (Rm 6:14 –
KJA)
Pelo fato de não
estarmos ‘debaixo da lei’ não significa que possamos continuar pecando, ou
seja, transgredindo abertamente a Lei de Deus. ‘Pecado é a transgressão da lei’
“Quem
peca é culpado de quebrar a lei de Deus, porque o pecado é a quebra
da lei”. (I Jo 3:4 - NTLH) e a conseqüência
do mesmo é a morte do pecador “Pois
o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna,
que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor”.
(Rm
6:23 - NTLH), pois desobedecer conscientemente à lei de
Deus é tornar-se escravo do pecado “Quem peca é culpado de quebrar
a lei de Deus, porque o pecado é a quebra da lei”.
(I
Jo 3:4 - NTLH) e torna-se seu servo “Jesus disse a eles: — Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem peca é
escravo do pecado”. (Jo 8:34 - NTLH). Se formos servos
de obediência ao pecado, iremos morrer; sendo servos de obediência à lei
seremos servos para a justiça “Não
sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos,
tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à
morte, ou da obediência que leva à justiça? (Rm 6:16 - NVI).
Paulo
diz que, “E uma
vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça”.
(Rm 6:18
- ARA). Isto claramente ensina que a graça de Cristo, ao libertar-nos do
pecado, não nos dá a liberdade de sermos transgressores conscientes.
Ser
servos da justiça significa termos um caráter reto. Os atos de obediência
produzem hábitos de obediência, e tais hábitos constituem um caráter reto. Muitas
pessoas citam a expressão de Paulo ‘não estamos debaixo da lei’ (Romanos
6:14-15; Gálatas 5:18) querendo significar que a lei moral foi abolida.
Nós
cremos que ‘debaixo da lei’ significa ‘debaixo da condenação da lei’. Não estar
debaixo da lei não quer dizer estar desobrigado de cumpri-la, mas sim não ser
culpado de sua transgressão. A única maneira de não estarmos debaixo da lei é
cumpri-la. Se transgredirmos uma lei, incorremos em multa, prisão, ou qualquer
punição enfim.
A
graça divina não erradica a lei dando ao homem licença para pecar. Isto é
amplamente expresso em Rm 6 e 8.
O texto diz que não estamos
debaixo da ‘maldição da lei’. Isto quer dizer que não estamos debaixo da
‘condenação’ da mesma, que é a morte eterna. Note que Paulo fala que fomos
libertados da maldição (morte) e não da
guarda. Devemos obedecer aos mandamentos não para sermos salvos, pois a graça
de Jesus nos salvou; mas sim, obedecer por amor, demonstrando que aceitamos tal
salvação. A obediência por amor demonstra o tipo de fé que temos se é uma fé
forte e verdadeira (pela obediência) ou se é
fraca e falsa (pela desobediência).
3 - De que Forma me
Mostro um Ateu?
Toda vez que claramente uso a bíblia e seus
personagens para justificar um erro, explicar minhas atitudes ou dizer que o
Deus do Antigo Testamento é um e o Deus do Novo Testamento é outro (Hb 13:8)
Toda vez que quero reformar a igreja dizendo
que vivemos numa nova era e não podemos viver de forma tão antiquada,
permitindo que alguns conceitos como: moral e pecado sejam mudados em minha
mente (Rm
12:2)
Toda vez que acho que meus pecados jamais
poderão me separar de Deus porque “Cristo
levou sobre Si minhas culpas” e “nada
pode separar o amor Dele de mim” (Is 59:2)
Sou um cristão ateu sempre que acredito mais
na graça de Cristo que na justiça de Deus para minha vida, esquecendo que Deus
é na mesma medida AMOR e JUSTIÇA (Mt 12:21)
"Esse povo se aproxima de Mim com a boca e Me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens". (Is 29:13 - NVI)
"Esse povo se aproxima de Mim com a boca e Me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens". (Is 29:13 - NVI)
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