Autor: Anônimo - O livro de Esdras não revela especificamente o nome do seu
autor. A tradição é que o sacerdote Esdras foi quem escreveu esse livro. É
interessante notar que uma vez que Esdras entra em cena no capítulo 7, o autor
do livro deixa de escrever na terceira pessoa e passa a escrever na primeira
pessoa, dando credibilidade a este como o provável autor.
Data: 539 a 458 a.C
Local: Babilônia e Jerusalém
Contemporâneos: Neemias, Zacaria e Ageu
Conteúdo: 10 capítulos e 280 versículos
“Cantavam
alternadamente, louvando e rendendo graças ao SENHOR, com estas palavras: Ele é
bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo
jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces
da sua casa.” (Esdras 3:11)
1 –
Introdução:
Esdras
e Neemias pertencem à história pós-exílica de Judá. Eles aparecem na história
de Judá durante o período ministerial dos profetas Ageu e Zacarias, e tiveram
ofícios complementares em Jerusalém nesta época de reorganização social e
religiosa. Na Bíblia hebraica estes livros formavam um só volume, e apesar do
seu conteúdo "histórico" eles estão inseridos na terceira
divisão do cânon hebraico, os "Escritos". A maioria dos
estudiosos atribui à autoria do volume Esdras-Neemias ao mesmo redator-editor
do livro de Crônicas. Crêem alguns que este cronista seja o próprio Esdras, por
ser escriba, outros ainda atribuem uma autoria anônima a estes livros.
2 - Propósito do Livro
O livro
de Esdras dedica-se a eventos que ocorreram na terra de Israel na época do
retorno do cativeiro babilônico e nos anos seguintes, cobrindo um período de
aproximadamente um século que começou em 536 a.C. A ênfase em Esdras é na
reconstrução do Templo, mas abrange o retorno do cativeiro até o decreto de
Artaxerxes (459 a.C), evento mencionado no início do livro de Neemias. O livro
contém registros genealógicos extensos, principalmente com o objetivo de
estabelecer as reivindicações ao sacerdócio por parte dos descendentes de Arão.
Vemos
também, no livro de Esdras uma continuação do tema bíblico do remanescente do
povo de Deus.
Sempre
que um desastre ou um julgamento acontece, Deus conserva para Si um grupo
restante:
- Noé e
sua família da destruição do dilúvio;
- Os 7000
fiéis reservados em Israel apesar da perseguição de Jezabel e Acabe (1 Rs 19:18)
- Quando
os israelitas foram escravizados no Egito, Deus resgatou o Seu povo e os levou
para a Terra Prometida.
- Cerca de cinqüenta mil pessoas retornam para a terra da Judéia
em Esdras 2:64-67.
O tema
de remanescente é levado para o Novo Testamento, onde Paulo nos diz que “Assim, pois, também agora, no
tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (Rm 11:5). Embora
a maioria das pessoas dos dias de Jesus tenha-lhe rejeitado, restou um conjunto
de pessoas a quem Deus tinha reservado e preservado em seu Filho e na aliança
de Sua graça. Ao longo de todas as gerações desde Cristo, há o remanescente dos
fiéis cujos pés encontram-se na estrada estreita que conduz à vida eterna (Mt 7:13:14). Este
remanescente será preservado pelo poder do Espírito Santo que os selou e que
vai entregá-los com segurança no último dia (2 Co 1:22; Ef
4:30).
3 – Contexto Histórico
Esdras começa onde 2 Crônicas parou,
com o decreto de Ciro permitindo que os judeus voltassem a Jerusalém.
A história relatada neste livro abrange
oito décadas, encerrando em 458 anos antes do nascimento de Jesus.
Para entender o livro de Esdras, é
preciso um entendimento do contexto histórico.
Os assírios espalharam os hebreus de
Israel (o reino do norte) quando destruíram sua capital, Samaria,
em 721 a.C. Depois de 136 anos, o império da Assíria caiu à Babilônia, e os
territórios dominados pelos assírios passaram ao controle dos babilônios. Logo
em seguida, a Babilônia começou a atacar Judá (o reino do sul), e levaram os judeus de Judá cativos, em três etapas:
·
605 a.C. – Daniel foi
entre os jovens nobres levados à terra dos babilônios;
·
597 a.C. – Ezequiel foi
levado com este grupo;
·
586 a.C. – Neste ano, a
cidade de Jerusalém foi destruída junto com o templo, muitos dos judeus foram
mortos e outros foram levados ao cativeiro na Babilônia. Alguns dos pobres
foram deixados na terra, e ao profeta Jeremias foi dado à escolha de ir para a
Babilônia ou ficar em Jerusalém. Ele optou por ficar com os pobres em
Jerusalém.
A Babilônia, por sua vez, caiu aos
medos-persas, conduzidos por Ciro, em 539 a.C. Eles adotaram uma política
diferente dos seus antecessores, permitindo que os povos dominados voltassem às
suas terras. Especificamente, os judeus receberam autorização e apoio dos
medos-persas para voltar para Jerusalém. O livro de Esdras começa com este fato
importante.
Os livros de Esdras e Neemias, mostram a
fidelidade de Deus em cumprir Sua promessa feita a Jeremias muito tempo atrás (Ed 1.1; Jr 29.10), contudo a restauração
ocorreu apenas parcialmente, pois Israel não alcançou a posição de um reino
independente como acontecia antes do exílio, mas permaneceu como província do
império persa. No caso específico de Esdras, o enfoque do livro é o cumprimento
do decreto de Ciro para a reconstrução do templo, e a restauração espiritual do
povo ao tomar consciência do seu pecado em virtude da celebração de casamentos
mistos.
4 - Sobre Esdras
Esdras, cujo nome significa "Deus é
auxílio", era um sacerdote judeu que se tornou conselheiro do governo
persa para negócios judaicos. A história, cujos fatos se narram neste livro,
consta de duas partes separadas por um espaço de tempo de cinqüenta e oito
anos, incluindo todo o reinado de Xerxes. A primeira parte, que termina no
capítulo 6.22, contém a história dos que voltavam da Babilônica e trata da
reedificação do templo, a qual tinha sido determinada por um decreto de Ciro (2 Cr 36.22-23) no ano 536 a.C. A segunda parte, a partir do
capítulo 7.1, contém a narrativa da jornada de Esdras a Jerusalém, jornada esta
empreendida em virtude de um decreto de Artaxerxes Longimano no ano 457 a.C.
Uma vez que a história de Esdras é contada antes da de Neemias.
5 – Os “Samaritanos”
Depois do reinado de
Salomão, o povo de Israel se dividiu em dois reinos: Israel e Judá (1 Rs 12:20).
Em Judá o povo continuou
a adorar a Deus em Jerusalém, mas em Israel o povo se virou para a idolatria e
misturou a adoração a Deus com o paganismo. A capital do reino de Israel
era Samaria.
Depois de muito tempo de
idolatria, o reino de Israel foi conquistado pelo rei da Assíria e muitos
israelitas foram deportados para outras partes do império assírio e pessoas de
outras nações conquistadas foram colocadas em Samaria (2 Rs 17:23-24). Os novos habitantes de Samaria
aprenderam sobre Deus, mas misturaram
o judaísmo com a adoração dos seus deuses pagãos. Os judeus que
restaram em Samaria se casaram com esses novos habitantes surgindo assim os “Samaritanos”.
Os samaritanos
modificaram a Lei de Moisés e acreditavam que o local correto de adoração a
Deus era no monte Gerizim, em Samaria, e não no templo de Jerusalém. Daí surgiu o motivo da
rivalidade e desprezo por parte dos judeus.
No tempo
de Jesus vemos, pelos escritos dos evangelistas, que os
judeus nem
mesmo consideravam os samaritanos como israelitas autênticos, mesmo tendo eles
os mesmos pais.
Outro
motivo interessante, é que Samaria era um local de refúgio para assassinos e ladrões,
justamente pelo fato de Siquém está situada nesta cidade – Js 20:1-9
Na segunda metade século XIX, os samaritanos não ultrapassavam 120
pessoas, passando para 146 em 1917. O
seu futuro mostra-se assombrado pela consangüinidade, pela pobreza e pelas
conversões. Os observadores da época prediziam freqüentemente o seu
desaparecimento próximo.
Depois da instalação do
Mandato Britânico na Palestina (1922),
as relações dos samaritanos com os sionistas (movimento político que
defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado
nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente
existiu o antigo Reino de Israel) foram cordiais, pois se interessam pouco pelas disputas religiosas e reconhecem sem
dificuldades os samaritanos como judeus.
Hoje a população
samaritana é estimada em cerca de 670 pessoas (2005),
que vivem no monte Gerizim e em Holon, comunidade essa criada pelo segundo
presidente de Israel, Yitzhak Ben-Zvi, em 1954.
Devido a sua resistência
em aceitar convertidos, a comunidade samaritana tem sido reduzida grandemente,
além de enfrentar enfermidades genéticas. Apenas em tempos recentes foi aceito
que homens da comunidade se casem com mulheres judias não-samaritanas.
Os samaritanos aceitam
apenas a autoridade do Pentateuco. Rejeitam os outros livros da Bíblia judaica, assim como a tradição
oral (Talmud). O Pentateuco dos samaritanos é escrito em hebraico samaritano com recurso ao alfabeto samaritano, uma variante do antigo alfabeto
hebraico (idêntico ao alfabeto fenício) abandonado pelos judeus.
Além da questão
lingüística, existem diferenças entre as duas versões do Pentateuco. A mais
importante está relacionada com a atribuição ao monte Gerizim do estatuto de
local mais sagrado em vez de Jerusalém. Os Dez Mandamentos da Torah samaritana integram como
décimo primeiro mandamento o respeito ao Monte Gerizim como centro de culto. As
duas versões dos Dez Mandamentos existentes na Bíblia (nos livros de Êxodo
e Deuteronômio) encontram-se entre os samaritanos
uniformizados.
Segundo os samaritanos os
judeus fizeram da apresentação de Deus o primeiro mandamento depois de terem
retirado como décimo mandamento o dever de considerar o monte Gerizim como
local de culto.
6- Conclusão
Deus é o grande condutor de toda a história, e
a Sua mão age em favor do Seu povo inibindo toda força contrária e
estabelecendo a Sua vontade, ainda que tenha que usar reinos inimigos para
fazer o que Lhe apraz e punir aqueles a quem ama.
Elabore uma
quantidade grande de perguntas referentes ao tema do encontro do dia. O
jogo poderá ser repetido com novas perguntas. Risque no quadro-negro a base do
jogo: É sorteado quem vai iniciar o jogo.
Dinâmica - Jogo da Velha
Cada grupo terá uma marca (X, 0, número, letra, etc.)
A resposta certa dará o direito de colocar a sua marca no lugar de sua escolha.
O grupo que conseguir completar uma horizontal, vertical ou diagonal, ganha o
jogo. Caso um grupo não saiba a resposta, passa a vez para o outro.
Variação:
As perguntas são colocadas em cada um dos quadrados no quadro-negro ou cartolina grande. Tem que ficar visíveis à distância. Podem ser várias cartelas que ficarão cobertas até o início do jogo. O grupo sorteado irá indicar a pergunta que deverá ser respondida pelo adversário. Caso erre ou não saiba respondê-la, vai permitir que o grupo “perguntador” anote a sua marca acima da pergunta. Acertando é o grupo “respondedor” que marca. Naturalmente, deve haver uma preocupação para que o grupo contrário não “feche” o jogo, indicando as perguntas mais difíceis. De qualquer forma, o grupo que faz a pergunta deverá saber a resposta. Errando o outro, ele terá que respondê-la para poder marcar os pontos, caso contrário, passará a vez.
Perguntas:
1
– Quantos capítulos tem o livro de Esdras?
10 capítulos
2
– Quem era contemporâneo a Esdras?
Neemias, Zacarias e Ageu
3
– Na bíblia hebraica, Esdras formava um único livro com... Neemias
4
– Esdras começa onde....2 Crônicas parou.
5
– Qual era a profissão de Esdras?
Sacerdote
6
– Qual o significado do nome Esdras?
Deus é auxílio
7
– Quem eram os samaritanos?
Povo de Israel misturado aos estrangeiros que permaneceram em
Samaria
8
- A capital do reino de Israel era:
Samaria
9
– Em qual monte os samaritanos adoravam a Deus?
Monte Gerizim
10
– Qual era o nome original da Samaria, conhecida cidade de refúgio?
Siquém
11
– Qual parte da Tanakh os samaritanos aceitam?
Torah ou Pentateuco
12
- Quem é o autor do livro de Esdras?
Anônimo
13
– Qual é a ênfase do livro de Esdras?
A reconstrução do Templo
14
– Quantos versículos tem o livro de Esdras
280 versiculos
15
– Quantas décadas abrange o livro de Esdras?
8 décadas
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