segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Lição 14: Livro de Esdras


Autor: Anônimo - O livro de Esdras não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição é que o sacerdote Esdras foi quem escreveu esse livro. É interessante notar que uma vez que Esdras entra em cena no capítulo 7, o autor do livro deixa de escrever na terceira pessoa e passa a escrever na primeira pessoa, dando credibilidade a este como o provável autor.
Data: 539 a 458 a.C
Local: Babilônia e Jerusalém
Contemporâneos: Neemias, Zacaria e Ageu
Conteúdo: 10 capítulos e 280 versículos

“Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao SENHOR, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa.” (Esdras 3:11)

1 – Introdução:

Esdras e Neemias pertencem à história pós-exílica de Judá. Eles aparecem na história de Judá durante o período ministerial dos profetas Ageu e Zacarias, e tiveram ofícios complementares em Jerusalém nesta época de reorganização social e religiosa. Na Bíblia hebraica estes livros formavam um só volume, e apesar do seu conteúdo "histórico" eles estão inseridos na terceira divisão do cânon hebraico, os "Escritos". A maioria dos estudiosos atribui à autoria do volume Esdras-Neemias ao mesmo redator-editor do livro de Crônicas. Crêem alguns que este cronista seja o próprio Esdras, por ser escriba, outros ainda atribuem uma autoria anônima a estes livros.


2 - Propósito do Livro

O livro de Esdras dedica-se a eventos que ocorreram na terra de Israel na época do retorno do cativeiro babilônico e nos anos seguintes, cobrindo um período de aproximadamente um século que começou em 536 a.C. A ênfase em Esdras é na reconstrução do Templo, mas abrange o retorno do cativeiro até o decreto de Artaxerxes (459 a.C), evento mencionado no início do livro de Neemias. O livro contém registros genealógicos extensos, principalmente com o objetivo de estabelecer as reivindicações ao sacerdócio por parte dos descendentes de Arão.
Vemos também, no livro de Esdras uma continuação do tema bíblico do remanescente do povo de Deus.
Sempre que um desastre ou um julgamento acontece, Deus conserva para Si um grupo restante:
- Noé e sua família da destruição do dilúvio;
- Os 7000 fiéis reservados em Israel apesar da perseguição de Jezabel e Acabe (1 Rs 19:18)
- Quando os israelitas foram escravizados no Egito, Deus resgatou o Seu povo e os levou para a Terra Prometida.   
- Cerca de cinqüenta mil pessoas retornam para a terra da Judéia em Esdras 2:64-67.
O tema de remanescente é levado para o Novo Testamento, onde Paulo nos diz que “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (Rm 11:5). Embora a maioria das pessoas dos dias de Jesus tenha-lhe rejeitado, restou um conjunto de pessoas a quem Deus tinha reservado e preservado em seu Filho e na aliança de Sua graça. Ao longo de todas as gerações desde Cristo, há o remanescente dos fiéis cujos pés encontram-se na estrada estreita que conduz à vida eterna (Mt 7:13:14). Este remanescente será preservado pelo poder do Espírito Santo que os selou e que vai entregá-los com segurança no último dia (2 Co 1:22; Ef 4:30).


3 – Contexto Histórico

Esdras começa onde 2 Crônicas parou, com o decreto de Ciro permitindo que os judeus voltassem a Jerusalém.
A história relatada neste livro abrange oito décadas, encerrando em 458 anos antes do nascimento de Jesus.
Para entender o livro de Esdras, é preciso um entendimento do contexto histórico.
Os assírios espalharam os hebreus de Israel (o reino do norte) quando destruíram sua capital, Samaria, em 721 a.C. Depois de 136 anos, o império da Assíria caiu à Babilônia, e os territórios dominados pelos assírios passaram ao controle dos babilônios. Logo em seguida, a Babilônia começou a atacar Judá (o reino do sul), e levaram os judeus de Judá cativos, em três etapas:
·         605 a.C. – Daniel foi entre os jovens nobres levados à terra dos babilônios;
·         597 a.C. – Ezequiel foi levado com este grupo;
·         586 a.C. – Neste ano, a cidade de Jerusalém foi destruída junto com o templo, muitos dos judeus foram mortos e outros foram levados ao cativeiro na Babilônia. Alguns dos pobres foram deixados na terra, e ao profeta Jeremias foi dado à escolha de ir para a Babilônia ou ficar em Jerusalém. Ele optou por ficar com os pobres em Jerusalém.
A Babilônia, por sua vez, caiu aos medos-persas, conduzidos por Ciro, em 539 a.C. Eles adotaram uma política diferente dos seus antecessores, permitindo que os povos dominados voltassem às suas terras. Especificamente, os judeus receberam autorização e apoio dos medos-persas para voltar para Jerusalém. O livro de Esdras começa com este fato importante.
Os livros de Esdras e Neemias, mostram a fidelidade de Deus em cumprir Sua promessa feita a Jeremias muito tempo atrás (Ed 1.1; Jr 29.10), contudo a restauração ocorreu apenas parcialmente, pois Israel não alcançou a posição de um reino independente como acontecia antes do exílio, mas permaneceu como província do império persa. No caso específico de Esdras, o enfoque do livro é o cumprimento do decreto de Ciro para a reconstrução do templo, e a restauração espiritual do povo ao tomar consciência do seu pecado em virtude da celebração de casamentos mistos.


4 - Sobre Esdras

Esdras, cujo nome significa "Deus é auxílio", era um sacerdote judeu que se tornou conselheiro do governo persa para negócios judaicos. A história, cujos fatos se narram neste livro, consta de duas partes separadas por um espaço de tempo de cinqüenta e oito anos, incluindo todo o reinado de Xerxes. A primeira parte, que termina no capítulo 6.22, contém a história dos que voltavam da Babilônica e trata da reedificação do templo, a qual tinha sido determinada por um decreto de Ciro (2 Cr 36.22-23) no ano 536 a.C. A segunda parte, a partir do capítulo 7.1, contém a narrativa da jornada de Esdras a Jerusalém, jornada esta empreendida em virtude de um decreto de Artaxerxes Longimano no ano 457 a.C. Uma vez que a história de Esdras é contada antes da de Neemias.

5 – Os “Samaritanos”

Depois do reinado de Salomão, o povo de Israel se dividiu em dois reinos: Israel e Judá (1 Rs 12:20).
Em Judá o povo continuou a adorar a Deus em Jerusalém, mas em Israel o povo se virou para a idolatria e misturou a adoração a Deus com o paganismo. A capital do reino de Israel era Samaria.
Depois de muito tempo de idolatria, o reino de Israel foi conquistado pelo rei da Assíria e muitos israelitas foram deportados para outras partes do império assírio e pessoas de outras nações conquistadas foram colocadas em Samaria (2 Rs 17:23-24). Os novos habitantes de Samaria aprenderam sobre Deus, mas misturaram o judaísmo com a adoração dos seus deuses pagãos. Os judeus que restaram em Samaria se casaram com esses novos habitantes surgindo assim os “Samaritanos”.
Os samaritanos modificaram a Lei de Moisés e acreditavam que o local correto de adoração a Deus era no monte Gerizim, em Samaria, e não no templo de Jerusalém. Daí surgiu o motivo da rivalidade e desprezo por parte dos judeus.
No tempo de Jesus vemos, pelos escritos dos evangelistas, que os judeus nem mesmo consideravam os samaritanos como israelitas autênticos, mesmo tendo eles os mesmos pais.
Outro motivo interessante, é que Samaria era um local de refúgio para assassinos e ladrões, justamente pelo fato de Siquém está situada nesta cidade – Js 20:1-9
Na segunda metade século XIX, os samaritanos não ultrapassavam 120 pessoas, passando para 146 em 1917. O seu futuro mostra-se assombrado pela consangüinidade, pela pobreza e pelas conversões. Os observadores da época prediziam freqüentemente o seu desaparecimento próximo.
Depois da instalação do Mandato Britânico na Palestina (1922), as relações dos samaritanos com os sionistas (movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel) foram cordiais, pois se interessam pouco pelas disputas religiosas e reconhecem sem dificuldades os samaritanos como judeus.
Hoje a população samaritana é estimada em cerca de 670 pessoas (2005), que vivem no monte Gerizim e em Holon, comunidade essa criada pelo segundo presidente de IsraelYitzhak Ben-Zvi, em 1954.
Devido a sua resistência em aceitar convertidos, a comunidade samaritana tem sido reduzida grandemente, além de enfrentar enfermidades genéticas. Apenas em tempos recentes foi aceito que homens da comunidade se casem com mulheres judias não-samaritanas.
Os samaritanos aceitam apenas a autoridade do Pentateuco. Rejeitam os outros livros da Bíblia judaica, assim como a tradição oral (Talmud). O Pentateuco dos samaritanos é escrito em hebraico samaritano com recurso ao alfabeto samaritano, uma variante do antigo alfabeto hebraico (idêntico ao alfabeto fenício) abandonado pelos judeus.
Além da questão lingüística, existem diferenças entre as duas versões do Pentateuco. A mais importante está relacionada com a atribuição ao monte Gerizim do estatuto de local mais sagrado em vez de Jerusalém. Os Dez Mandamentos da Torah samaritana integram como décimo primeiro mandamento o respeito ao Monte Gerizim como centro de culto. As duas versões dos Dez Mandamentos existentes na Bíblia (nos livros de Êxodo e Deuteronômio) encontram-se entre os samaritanos uniformizados.
Segundo os samaritanos os judeus fizeram da apresentação de Deus o primeiro mandamento depois de terem retirado como décimo mandamento o dever de considerar o monte Gerizim como local de culto.

6- Conclusão

Deus é o grande condutor de toda a história, e a Sua mão age em favor do Seu povo inibindo toda força contrária e estabelecendo a Sua vontade, ainda que tenha que usar reinos inimigos para fazer o que Lhe apraz e punir aqueles a quem ama.

Elabore uma quantidade grande de perguntas referentes ao tema do encontro do dia.  O jogo poderá ser repetido com novas perguntas. Risque no quadro-negro a base do jogo: É sorteado quem vai iniciar o jogo.

Dinâmica - Jogo da Velha

Cada grupo terá uma marca (X0, número, letra, etc.) A resposta certa dará o direito de colocar a sua marca no lugar de sua escolha. O grupo que conseguir completar uma horizontal, vertical ou diagonal, ganha o jogo. Caso um grupo não saiba a resposta, passa a vez para o outro.

Variação: 

As perguntas são colocadas em cada um dos quadrados no quadro-negro ou cartolina grande.  Tem que ficar visíveis à distância.  Podem ser várias cartelas que ficarão cobertas até o início do jogo. O grupo sorteado irá indicar a pergunta que deverá ser respondida pelo adversário.  Caso erre ou não saiba respondê-la, vai permitir que o grupo “perguntador” anote a sua marca  acima da pergunta.  Acertando é o grupo “respondedor” que marca.  Naturalmente, deve haver uma preocupação para que o grupo contrário não “feche” o jogo, indicando as perguntas mais difíceis.  De qualquer forma, o grupo que faz a pergunta deverá saber a resposta.  Errando o outro, ele terá que respondê-la para poder marcar os pontos, caso contrário, passará a vez.


Perguntas:
1 – Quantos capítulos tem o livro de Esdras?
10 capítulos

2 – Quem era contemporâneo a Esdras?
Neemias, Zacarias e Ageu

3 – Na bíblia hebraica, Esdras formava um único livro com... Neemias

4 – Esdras começa onde....2 Crônicas parou.

5 – Qual era a profissão de Esdras?
Sacerdote

6 – Qual o significado do nome Esdras?
Deus é auxílio

7 – Quem eram os samaritanos?
Povo de Israel misturado aos estrangeiros que permaneceram em Samaria

8 - A capital do reino de Israel era:
Samaria

9 – Em qual monte os samaritanos adoravam a Deus?
Monte Gerizim

10 – Qual era o nome original da Samaria, conhecida cidade de refúgio?
Siquém

11 – Qual parte da Tanakh os samaritanos aceitam?
Torah ou Pentateuco

12 - Quem é o autor do livro de Esdras?
Anônimo

13 – Qual é a ênfase do livro de Esdras?
A reconstrução do Templo

14 – Quantos versículos tem o livro de Esdras
280 versiculos

15 – Quantas décadas abrange o livro de Esdras?
8 décadas



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