terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Lição 16: Ester - Livro Histórico


Autor: Anônimo – no entanto, Mordecai tem sido citado como provável escritor.
Data: 485 a 473 a.C
Local: Susã, capital da Pérsia.
Palavra-Chave: Fidelidade de Deus
Conteúdo: 10 capítulos e 167 versículos


“Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” (Et 4:14)


1 – Introdução


O título do livro leva o nome de seu personagem principal, que aparentemente é um nome que deriva da palavra persa Stara, do caldeu Ishtar. Seu significado é, literalmente, "estrela".
Ester também tinha seu nome hebraico, Hassada, que significa “murta”, planta comum no sudoeste da Europa e do Norte da África, com folhas conhecidas por exalarem um cheiro agradável quando esmagadas, e flores de aparência singela.
Os ramos das murtas eram utilizados pelos hebreus para cobrir as tendas na Festa dos Tabernáculos, uma de suas principais festas. Por esse motivo, também sempre foi associado ao sentido de "proteção" ou "cobertura". Daí, o nome Hadassa, pode ser traduzido por “aquela que protege” ou “mulher que tem influência”.
Apesar de não citar o nome de Deus, vemos claramente neste livro, o cuidado e a provisão Dele para com Seu povo, e a maneira minuciosa com que destronou Vasti para colocar Ester numa posição capaz de favorecer Israel contra seu inimigo.




2 – Contexto Histórico


Os acontecimentos descritos no livro de Ester se deram quando o povo de Israel estava sob o território persa, 50 anos depois do decreto de Ciro, libertando o povo judeu do exílio babilônico. O local da história é Susã, a cidade onde o Rei Assuero vivia. Este rei após mandar embora sua primeira esposa, a rainha Vasti, estava buscando uma nova esposa para se tornar rainha. Nesse intuito organizaram uma competição onde mulheres de todo o reino foram convidadas a vir até Susã com o propósito de que uma delas preenchesse o lugar vazio da rainha. (Ester 2:1-4). No meio dessas mulheres estava também Ester, uma jovem hebréia que foi criada por Mardoqueu, um hebreu que viveu na Babilônia durante o exílio (Ester 2:5).
Uma importante observação sobre este livro, é que sua história, se passa entre a história de Daniel e Esdras, antes de Jerusalém ter sido restaurada, o que aconteceu no ano 458 a.C.
Neste tempo, os judeus estavam dispersos em cidades e províncias circunvizinhas a Palestina, e por isso estava em Susã, a capital da Pérsia.
Após o decreto de Ciro, eles ficaram desolados sem saber para onde ir, já que a cidade estava destruída, e muitos haviam formado família no decorrer dos 70 anos do exílio.
Com a destruição da Babilônia e a tomada do império pelo medo-persa, a decisão de segui-los a Susã (capital do império) deve ter parecido a mais acertada.




3 – Quem era Hamã


Hamã, segundo a tradição judaica, era descendente direto de Agague, rei dos amalequitas. Aquele mesmo que Saul trouxe vivo a Israel, contrariando a ordem de Deus e que Samuel pessoalmente matou (1 Samuel 15:7-33).
O ódio de Hamã começou com a atitude de Mordecai em recusar a se prostrar diante dele. Porém Hamã transportou este seu ódio a todos os judeus. Isto pode ser explicado pela sua genealogia, pois seu povo havia sofrido penosas derrotas ao longo dos séculos para Israel (Êx 17; Jz 7; 1 Sm 14; 2 Sm 1). Então surge o relato:
"Então, disse Hamã ao rei Assuero: Existe espalhado, disperso entre os povos em todas as províncias do teu reino, um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as do rei; pelo que não convém ao rei tolerá-lo. Se bem parecer ao rei, decrete-se que sejam mortos. Então, o rei tirou da mão o seu anel, deu-o a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus, e lhe disse: seja teu esse povo, para fazeres dele o que melhor for de teu agrado." (Et 3:8-11) E foi assim que Hamã, no mês de nisa de 474 a.C, fez um decreto ordenando a morte de todos os judeus para o dia 13º dia adar de 474 a.C, isto é, 11 meses depois.




4 – A Rivalidade entre Hamã e Mardoqueu


Hamã era descendente direto de Agague, rei dos amalequitas. Aquele que Saul trouxe vivo a Israel, contrariando a ordem de Deus, e que Samuel pessoalmente matou (1 Samuel 15:7-33).
O ódio de Hamã começou com a atitude de Mordecai em recusar a se prostrar diante dele. Porém Hamã transportou este seu ódio a todos os judeus. Isto pode ser explicado pela sua genealogia, pois seu povo havia sofrido penosas derrotas ao longo dos séculos para Israel (Êx 17; Jz 7; 1 Sm 14; 2 Sm 1).
Então surge o relato de Ester 3:8-11 “Eis que há um povo espalhado e disperso entre os povos em todas as províncias do teu reino cujas leis e modo de vida são muito diferentes das tradições e normas dos demais povos, e que não se sujeitam às leis do rei. Portanto, não é conveniente ao rei que tais pessoas sigam vivendo entre nós. Se for do agrado do rei, decrete-se que sejam imediatamente aniquilados, e eu depositarei trezentas e cinqüenta toneladas de prata na tesouraria real para financiar aqueles que serão responsáveis pelo extermínio dessa gente!” Considerando as palavras e a proposta que ouvira, o rei tirou seu anel-selo do dedo, entregou-o a Hamã, o inimigo dos judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e declarou: “Conserva teu dinheiro contigo e para teus fins. Quanto a este povo, é teu: faze o que quiseres!”
Hamã era um dos oficiais da corte, e, em certo momento, acabou sendo promovido pelo rei. Após a promoção de Hamã, Mardoqueu não aceitou prestar reverência a ele, o que despertou a ira de Hamã, já que sua vaidade não poderia tolerar tal afronta.
A Bíblia não esclarece o motivo que levou Mardoqueu a não reverenciar Hamã. Alguns sugerem que talvez tenha sido porque tal ato não poderia ser distinguido da adoração. Entretanto, vale lembrar que os judeus não consideravam a prática de se inclinar diante de reis e outras pessoas de alta hierarquia uma violação aos mandamentos de Deus (1 Sm 24:8; 2 Sm 18:28; Gn 23:7; 33:3; 2 Rs 2:15).
Uma possível explicação para o comportamento de Mardoqueu é por ele ser descendente de Agague, rei dos amalequitas, povo inimigo de Israel.
Em Ester 2:6 onde lemos sobre a origem de Mardoqueu, pode haver algum indício de que sua família tenha pertencido à nobreza judaica (2 Rs 24:10-16). Caso realmente haja alguma ligação entre a origem de Mardoqueu e o rei Saul, que como ele também era um benjamita, e Hamã com Agague, o rei dos amalequitas, então a tensão entre ambos pode ser compreendida, ou seja, era uma representação da inimizade benjamita-agagita, israelita-amalequita, um dos motivos pelo qual Saul perdeu o trono.
Se este realmente for o cenário, então Mardoqueu de forma alguma reverenciaria Hamã, pois isso poderia implicar num tipo de aprovação dos crimes dos antepassados de Hamã. Da mesma forma, essa possibilidade também explica o ódio de Hamã não apenas contra Mardoqueu, mas contra todos os judeus, a ponto de tramar um genocídio.


5 - Conclusão


Em Ester, damos uma olhada “por trás das cenas” da luta contínua de Satanás contra os propósitos de Deus e, sobretudo contra o Seu Messias prometido. A entrada de Cristo na raça humana foi baseada na existência da raça judaica.
Assim como Hamã conspirou contra os judeus a fim de destruí-los, dessa mesma forma Satanás tem se colocado contra Cristo e o povo de Deus. Tal como Hamã é derrotado na forca que ele construiu para Mardoqueu, assim também Cristo usa a mesma arma que o seu inimigo planejou para destruir a Ele e Sua semente espiritual. Pois a cruz, instrumento pela qual Satanás planejou destruir o Messias, foi o próprio meio através do qual Cristo usou para nos trazer salvação.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Lição 15: Neemias - Livro Histórico


Autor: Neemias
Data: 445- 432 a.C
Local: Susã e Jerusalém
Contemporâneos: Esdras, Ageu e Zacarias
Palavra-Chave: Restauração
Conteúdo: 13 capítulos e 406 versículos

“Eles me contaram que aqueles que não tinham morrido e haviam voltado para a província de Judá estavam passando por grandes dificuldades. Contaram também que os estrangeiros que moravam ali por perto os desprezavam. Disseram, finalmente, que as muralhas de Jerusalém ainda estavam caídas e que os portões que haviam sido queimados ainda não tinham sido consertados”. (Ne 1:3)

1 – Introdução

O livro de Neemias é uma das mais impressionantes histórias bíblicas da determinação de um homem em cumprir uma tarefa importante. É o último livro histórico do Antigo Testamento e descreve o trabalho de Neemias em motivar o povo em Jerusalém a reconstruir as muralhas que protegiam a cidade contra invasões de inimigos. O livro mostra, também, a preocupação de Neemias em proteger o povo contra outra ameaça ainda maior, pois agiu para eliminar do meio dos judeus as más influências que os corrompiam.


2 – O Chamado de Neemias

Catorze anos depois da expedição de Esdras a Jerusalém (444 a. C), Neemias recebe urgentes e preocupantes notícias de Jerusalém. Apesar do templo já está funcionando conforme as leis levíticas, a cidade encontrava-se ainda abandonada (Ed 6:14-16; Ne 1:1,2). Ele então sente o chamado de Deus para deixar o conforto do palácio e viajar para Israel, a fim de reconstruir os muros da cidade que se achavam fendidos e as suas portas, queimadas a fogo (Ne 1:3).
Ao chegar em Jerusalém, após três meses de jornada, ele viu o templo pronto, mas encontrou um grupo de pessoas desorganizadas, e uma cidade indefesa, sem muros para protegê-la.
Antes do exílio, Israel possuía seu próprio idioma, rei, exército e identidade. Mas no momento, a maior carência dos judeus era de liderança.
Ao tomar conhecimento da situação de seu povo, em Jerusalém, Neemias sentiu-se incomodado e pôs-se a orar ao Senhor (Ne 1:5-10). Ele fez o que o Senhor ordenou em 2 Crônicas 7:14. Neemias orou durante quatro meses antes de se dirigir ao rei (1:1 e 2:1). A oração é a chave que nos abre as portas do céu. Neemias não confiava em sua capacidade ou habilidade diplomática. Sua confiança estava no todo poderoso que ouve e responde as nossas orações.
“E disse: Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e terrível, que guardas o conserto e a benignidade para com aqueles mandamentos” (Ne 1:5).
Ao chegar em Jerusalém ele procurou agir com cuidado e prudência, não revelando a ninguém o propósito que Deus lhe havia posto no coração.
Como não queria chamar a atenção dos inimigos, observou durante vários dias o estado em que se encontravam os muros e as portas da cidade sempre à noite. A ninguém contou a respeito dos seus planos; no momento oportuno foi revelado o que Deus havia posto no seu coração.

3 – Os Opositores

Sambalate e Tobias não queriam o bem dos filhos de Israel (Ne 2:10). Sambalate era o governador de Samaria, Tobias era provavelmente o governador da Transjordânia sob o governo dos persas. Porque estes oficiais do governo estavam tão preocupados com a chegada de Neemias e seu pequeno grupo de exilado?
  • Quando Zorobabel retornou pela primeira vez com seu grupo, recusou-se em aceitar ajuda dos samaritanos. Isso produziu maus relacionamentos.
  • Neemias não era um exilado qualquer ele era copeiro e conselheiro do rei, ele chegou a Jerusalém com a aprovação do rei para construir e fortalecer a cidade.
A reconstrução de Jerusalém era uma ameaça a autoridade dos oficiais samaritanos porque eles estavam no controle da terra desde o exílio de Judá. Este era o terceiro grupo a retornar do exilo.

1 – Zorobabel – 536 a.C com 42.360 cativos
2 – Esdras – 459 a.C com 2.000 cativos
3 – Neemias – 445 a.C o número de pessoas que foi com ele não é citado na bíblia.

Cada grupo que retornava a Jerusalém crescia o número de pessoas na cidade, e isso enfurecia a Sambalate e Tobias, eles não queriam que os exilados tomassem o controle da terra. Por isso tentavam paralisar a construção dos muros de Jerusalém.
Sambalate e Tobias rotularam a reconstrução dos muros como uma rebelião contra o rei, ameaçaram denunciar os construtores como traidores. Eles também ridicularizavam Neemias, dizendo que os muros jamais poderiam ser reconstruídos, porque os danos eram grandes.
Neemias não disse que já tinha a permissão do rei para construir em vez disso, disse apenas que tinha a aprovação de Deus, que era suficiente.
Neemias soube como motivar seus liderados, levando-os a se comprometerem de tal forma que o “coração do povo se inclinou a trabalhar” (Ne 4:6).
4 – O Contexto Histórico
Mais de 90 anos antes do início desta história, o rei da Pérsia havia autorizado que Zorobabel levasse quase 50.000 judeus de volta para Jerusalém. Zorobabel e os profetas Ageu e Zacarias motivaram o povo a edificar o templo em Jerusalém.
80 anos depois da volta de Zorobabel, Esdras conduziu um grupo bem menor que retornou a Jerusalém com dois objetivos: ajudar no acabamento do templo e ensinar o povo e ser fiel ao Senhor.
15 anos depois, Neemias estava trabalhando como copeiro do rei persa Artaxerxes I, quando recebeu a visita do seu irmão e mais alguns judeus, e eles falaram da situação precária da cidade de Jerusalém devido às condições péssimas das muralhas da cidade, destruídas 140 anos antes pelas forças babilônicas.
Neemias ficou angustiado com o relatório sobre Jerusalém e passou dias em jejum e oração antes de pedir ao rei a permissão para voltar e reedificar a cidade.
Com a autorização do rei, Neemias voltou e organizou o trabalho dos judeus para construir os muros.
Com a determinação de Neemias incentivando e supervisionando o trabalho, o que não haviam feito em mais de 90 anos foi feito em 52 dias (Ne 6:15)


A distância entre Susã (capital da Pérsia) de Jerusalém, era de 1.580 Km (mais ou menos 4 meses de viagem de acordo com (Ed 8:31 e Ed 7:8)


5 – Conclusão

Neemais deixou de lado uma posição de honra e conforto ao lado do rei , a fim de identificar-se com o seu povo em suas fraquezas, lutas e sofrimentos.
Cumpriu uma missão específica, lutando arduamente até atingir seu objetivo.
Segundo estudiosos o muro tinha 2 quilômetros de comprimento, 1 metro de largura e 6 metros de altura.
Não é fácil ser líder em tempos de crise, principalmente quando temos que enfrentar adversários com o espírito de Sambalate e Tobias
No entanto quando estamos no centro da Sua vontade, o Senhor permanece ao nosso lado.


Dinâmica da Caixa de Bombom


Após a lição, os participantes deverão sentar em circulo e no meio será colocada uma caixa de bombom aberta. O professor fará perguntas referentes à aula e aquele que souber, levantará a mão, e respondendo corretamente, escolher um bombom.
A quantidade de bombom para cada ganhador, pode ou não ser estipulada previamente, depende da maturidade da classe.

Perguntas

1 – Qual é a palavra chave de Neemias?
Restauração

2 – Quem eram os contemporâneos de Neemias?
Esdras, Ageu e Zacarias

3 – Quantos capítulos têm o livro de Neemias?
13 capitulos

4 – Em qual divisão da bíblia se encontra o livro de Neemias: histórico, profético ou sacerdotal?
Histórico

5 – Quantos anos depois da expedição de Esdras, Neemias recebe noticias de Jerusalém?
14 anos depois

6 – Qual era o tempo de viagem entre Susã e Jerusalém?
3 meses

7 – Quanto tempo Neemias orou antes de pedir ao rei para ir para Jerusalém?
4 meses

8 – Em que parte do dia Neemais observava Jerusalém?
Durante a noite

9 – Quais foram os opositores de Neemais?
Sambalate e Tobias

10 – Em quantos dias as muralhas de Jerusalém foram restauradas?
52 dias

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O que é Adoração?


O apóstolo Paulo descreve perfeitamente a verdadeira adoração em Romanos 12: 1-2:

Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele”.

Essa passagem contém todos os elementos da verdadeira adoração. Primeiro, há a motivação para adoração:

"as misericórdias de Deus."

As misericórdias de Deus são tudo o que Ele tem nos dado que nós não merecemos – perdão, amor, paz, cuidado, graça...

Também na passagem encontra-se uma descrição da forma da nossa adoração:

"apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo e santo."

Apresentar os nossos corpos significa dar a Deus tudo de nós mesmos.
A referência aos nossos corpos, aqui, significa todas as nossas faculdades humanas, tudo da nossa humanidade - nossos corações, mentes, mãos, pensamentos, atitudes - deve ser apresentado a Deus. Em outras palavras, estamos abrindo mão do controle dessas coisas e entregando-as a Ele, assim como um sacrifício literal foi entregue totalmente a Deus no altar. Mas como alcançar isso? Mais uma vez, a passagem é clara:

"pela renovação da sua mente."

Há apenas uma maneira de renovar as nossas mentes – através da Palavra de Deus. É conhecer e compreender a verdade da Palavra de Deus que renova nossas mentes. Conhecer a verdade, crer na verdade, manter convicções sobre a verdade e amar a verdade naturalmente resultarão em uma verdadeira adoração espiritual.
É convicção seguida de afeto, afeto que é uma resposta à verdade, e não a quaisquer estímulos externos, incluindo a música.
A música, como tal, não tem nada a ver com a adoração. A música não pode produzir adoração, embora certamente possa produzir emoção. A música não é a origem da adoração, mas pode ser uma expressão da mesma. Não espere que a música induza a sua adoração; busque nela apenas uma forma de expressar o que se encontra em um coração encantado pelas misericórdias de Deus e obediente aos Seus mandamentos.

A verdadeira adoração é centrada em Deus. As pessoas tendem a se distrair com onde deve adorar, qual música devem cantar e como outras pessoas enxergam o seu louvor. Focar-se nessas coisas atrapalha enxergar o ponto principal.

Jesus

“Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade”. (Jo 4:24)

Também é importante saber que a adoração é reservada somente para Deus. Só Ele é digno e não qualquer um dos Seus servos.

“Aí eu me ajoelhei aos pés do anjo para adorá-lo, mas ele me disse: — Não faça isso! Pois eu sou servo de Deus, assim como são você e os seus irmãos que continuam fiéis à verdade revelada por Jesus. Adore a Deus! Pois a verdade revelada por Jesus é mensagem que o Espírito entrega aos profetas”.
(Apocalipse 19:10).

Não devemos adorar santos, profetas, anjos, estátuas, quaisquer falsos deuses ou Maria, a Mãe de Jesus. Também não devemos adorar com a expectativa de receber algo em troca, como uma cura milagrosa. A adoração é feita para Deus - porque Ele merece - e para o Seu prazer apenas.

A adoração pode ser louvor público a Deus em um ambiente congregacional, onde podemos proclamar através da oração e louvor a nossa adoração e gratidão a Ele e o que tem feito por nós.

“Vou anunciar Teu nome aos meus irmãos; cantar-te-ei louvores no meio da congregação”. (Sl 22:22)
“Então eu Te agradecerei em público; eu Te louvarei no meio da multidão”. (Sl 35:18)

A verdadeira adoração é sentida interiormente e então expressa através de nossas ações. "Adorar" por obrigação desagrada a Deus e é completamente em vão. Ele pode ver através de toda a hipocrisia, a qual Ele odeia e demonstra em Amós 5:23-27 ao falar sobre a vinda de julgamento.

Afastem de mim o som das suas canções e a música das suas liras.
Em vez disso, corra a retidão como um rio, a justiça como um ribeiro perene! "
"Foi a mim que vocês trouxeram sacrifícios e ofertas durante os quarenta anos no deserto, ó nação de Israel?
Não! Vocês carregaram o seu rei Sicute, e Quium, imagens dos deuses astrais, que vocês fizeram para si mesmos. Por isso eu os mandarei para o exílio, para além de Damasco", diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos é o seu nome.



A verdadeira adoração não se limita ao que fazemos na igreja ou em adoração aberta (embora sejam coisas boas e que a Bíblia nos encoraja a fazer). A verdadeira adoração é o reconhecimento de Deus e todo o Seu poder e glória em tudo o que fazemos. A forma mais elevada de louvor e adoração é a obediência a Ele e à Sua Palavra. Para fazer isso, devemos conhecer a Deus; não podemos ser ignorantes dEle.

Para isso, nosso altar deve estar sempre limpo e pronto para oferecer oferta ao Senhor a todo tempo e em qualquer lugar.

“Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus”. (Mt 5:24)

Para não sermos pegos de surpresa como foi Caim e rejeitada a sua oferta, e nem muito menos devemos ofertar a Deus por vaidade como fez Ananias e Safira sendo fulminados por Deus.
Na Palavra, encontraremos exemplos de perseverança e consertos com Deus a fim de nos auxiliar na vida cristã e em nosso crescimento espiritual, sabendo que Deus tudo vê e que somos chamados por Ele, para trabalha em seu reino para uma obra que não nos pertence e da qual não somos insubstituíveis.

DINÂMICA – UNINDO PEDAÇOS

OBJETIVO: Promover o conhecimento, integração e liderança do grupo.

DESENVOLVIMENTO: Colocar nos ombros de cada participante uma folha presa com um pedaço de fita adesiva e com frases de uma música, que deverá ser ordenada para forma a letra completa da mesma.

TEMPO: 2 minutos

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Lição 14: Livro de Esdras


Autor: Anônimo - O livro de Esdras não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição é que o sacerdote Esdras foi quem escreveu esse livro. É interessante notar que uma vez que Esdras entra em cena no capítulo 7, o autor do livro deixa de escrever na terceira pessoa e passa a escrever na primeira pessoa, dando credibilidade a este como o provável autor.
Data: 539 a 458 a.C
Local: Babilônia e Jerusalém
Contemporâneos: Neemias, Zacaria e Ageu
Conteúdo: 10 capítulos e 280 versículos

“Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao SENHOR, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa.” (Esdras 3:11)

1 – Introdução:

Esdras e Neemias pertencem à história pós-exílica de Judá. Eles aparecem na história de Judá durante o período ministerial dos profetas Ageu e Zacarias, e tiveram ofícios complementares em Jerusalém nesta época de reorganização social e religiosa. Na Bíblia hebraica estes livros formavam um só volume, e apesar do seu conteúdo "histórico" eles estão inseridos na terceira divisão do cânon hebraico, os "Escritos". A maioria dos estudiosos atribui à autoria do volume Esdras-Neemias ao mesmo redator-editor do livro de Crônicas. Crêem alguns que este cronista seja o próprio Esdras, por ser escriba, outros ainda atribuem uma autoria anônima a estes livros.


2 - Propósito do Livro

O livro de Esdras dedica-se a eventos que ocorreram na terra de Israel na época do retorno do cativeiro babilônico e nos anos seguintes, cobrindo um período de aproximadamente um século que começou em 536 a.C. A ênfase em Esdras é na reconstrução do Templo, mas abrange o retorno do cativeiro até o decreto de Artaxerxes (459 a.C), evento mencionado no início do livro de Neemias. O livro contém registros genealógicos extensos, principalmente com o objetivo de estabelecer as reivindicações ao sacerdócio por parte dos descendentes de Arão.
Vemos também, no livro de Esdras uma continuação do tema bíblico do remanescente do povo de Deus.
Sempre que um desastre ou um julgamento acontece, Deus conserva para Si um grupo restante:
- Noé e sua família da destruição do dilúvio;
- Os 7000 fiéis reservados em Israel apesar da perseguição de Jezabel e Acabe (1 Rs 19:18)
- Quando os israelitas foram escravizados no Egito, Deus resgatou o Seu povo e os levou para a Terra Prometida.   
- Cerca de cinqüenta mil pessoas retornam para a terra da Judéia em Esdras 2:64-67.
O tema de remanescente é levado para o Novo Testamento, onde Paulo nos diz que “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (Rm 11:5). Embora a maioria das pessoas dos dias de Jesus tenha-lhe rejeitado, restou um conjunto de pessoas a quem Deus tinha reservado e preservado em seu Filho e na aliança de Sua graça. Ao longo de todas as gerações desde Cristo, há o remanescente dos fiéis cujos pés encontram-se na estrada estreita que conduz à vida eterna (Mt 7:13:14). Este remanescente será preservado pelo poder do Espírito Santo que os selou e que vai entregá-los com segurança no último dia (2 Co 1:22; Ef 4:30).


3 – Contexto Histórico

Esdras começa onde 2 Crônicas parou, com o decreto de Ciro permitindo que os judeus voltassem a Jerusalém.
A história relatada neste livro abrange oito décadas, encerrando em 458 anos antes do nascimento de Jesus.
Para entender o livro de Esdras, é preciso um entendimento do contexto histórico.
Os assírios espalharam os hebreus de Israel (o reino do norte) quando destruíram sua capital, Samaria, em 721 a.C. Depois de 136 anos, o império da Assíria caiu à Babilônia, e os territórios dominados pelos assírios passaram ao controle dos babilônios. Logo em seguida, a Babilônia começou a atacar Judá (o reino do sul), e levaram os judeus de Judá cativos, em três etapas:
·         605 a.C. – Daniel foi entre os jovens nobres levados à terra dos babilônios;
·         597 a.C. – Ezequiel foi levado com este grupo;
·         586 a.C. – Neste ano, a cidade de Jerusalém foi destruída junto com o templo, muitos dos judeus foram mortos e outros foram levados ao cativeiro na Babilônia. Alguns dos pobres foram deixados na terra, e ao profeta Jeremias foi dado à escolha de ir para a Babilônia ou ficar em Jerusalém. Ele optou por ficar com os pobres em Jerusalém.
A Babilônia, por sua vez, caiu aos medos-persas, conduzidos por Ciro, em 539 a.C. Eles adotaram uma política diferente dos seus antecessores, permitindo que os povos dominados voltassem às suas terras. Especificamente, os judeus receberam autorização e apoio dos medos-persas para voltar para Jerusalém. O livro de Esdras começa com este fato importante.
Os livros de Esdras e Neemias, mostram a fidelidade de Deus em cumprir Sua promessa feita a Jeremias muito tempo atrás (Ed 1.1; Jr 29.10), contudo a restauração ocorreu apenas parcialmente, pois Israel não alcançou a posição de um reino independente como acontecia antes do exílio, mas permaneceu como província do império persa. No caso específico de Esdras, o enfoque do livro é o cumprimento do decreto de Ciro para a reconstrução do templo, e a restauração espiritual do povo ao tomar consciência do seu pecado em virtude da celebração de casamentos mistos.


4 - Sobre Esdras

Esdras, cujo nome significa "Deus é auxílio", era um sacerdote judeu que se tornou conselheiro do governo persa para negócios judaicos. A história, cujos fatos se narram neste livro, consta de duas partes separadas por um espaço de tempo de cinqüenta e oito anos, incluindo todo o reinado de Xerxes. A primeira parte, que termina no capítulo 6.22, contém a história dos que voltavam da Babilônica e trata da reedificação do templo, a qual tinha sido determinada por um decreto de Ciro (2 Cr 36.22-23) no ano 536 a.C. A segunda parte, a partir do capítulo 7.1, contém a narrativa da jornada de Esdras a Jerusalém, jornada esta empreendida em virtude de um decreto de Artaxerxes Longimano no ano 457 a.C. Uma vez que a história de Esdras é contada antes da de Neemias.

5 – Os “Samaritanos”

Depois do reinado de Salomão, o povo de Israel se dividiu em dois reinos: Israel e Judá (1 Rs 12:20).
Em Judá o povo continuou a adorar a Deus em Jerusalém, mas em Israel o povo se virou para a idolatria e misturou a adoração a Deus com o paganismo. A capital do reino de Israel era Samaria.
Depois de muito tempo de idolatria, o reino de Israel foi conquistado pelo rei da Assíria e muitos israelitas foram deportados para outras partes do império assírio e pessoas de outras nações conquistadas foram colocadas em Samaria (2 Rs 17:23-24). Os novos habitantes de Samaria aprenderam sobre Deus, mas misturaram o judaísmo com a adoração dos seus deuses pagãos. Os judeus que restaram em Samaria se casaram com esses novos habitantes surgindo assim os “Samaritanos”.
Os samaritanos modificaram a Lei de Moisés e acreditavam que o local correto de adoração a Deus era no monte Gerizim, em Samaria, e não no templo de Jerusalém. Daí surgiu o motivo da rivalidade e desprezo por parte dos judeus.
No tempo de Jesus vemos, pelos escritos dos evangelistas, que os judeus nem mesmo consideravam os samaritanos como israelitas autênticos, mesmo tendo eles os mesmos pais.
Outro motivo interessante, é que Samaria era um local de refúgio para assassinos e ladrões, justamente pelo fato de Siquém está situada nesta cidade – Js 20:1-9
Na segunda metade século XIX, os samaritanos não ultrapassavam 120 pessoas, passando para 146 em 1917. O seu futuro mostra-se assombrado pela consangüinidade, pela pobreza e pelas conversões. Os observadores da época prediziam freqüentemente o seu desaparecimento próximo.
Depois da instalação do Mandato Britânico na Palestina (1922), as relações dos samaritanos com os sionistas (movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel) foram cordiais, pois se interessam pouco pelas disputas religiosas e reconhecem sem dificuldades os samaritanos como judeus.
Hoje a população samaritana é estimada em cerca de 670 pessoas (2005), que vivem no monte Gerizim e em Holon, comunidade essa criada pelo segundo presidente de IsraelYitzhak Ben-Zvi, em 1954.
Devido a sua resistência em aceitar convertidos, a comunidade samaritana tem sido reduzida grandemente, além de enfrentar enfermidades genéticas. Apenas em tempos recentes foi aceito que homens da comunidade se casem com mulheres judias não-samaritanas.
Os samaritanos aceitam apenas a autoridade do Pentateuco. Rejeitam os outros livros da Bíblia judaica, assim como a tradição oral (Talmud). O Pentateuco dos samaritanos é escrito em hebraico samaritano com recurso ao alfabeto samaritano, uma variante do antigo alfabeto hebraico (idêntico ao alfabeto fenício) abandonado pelos judeus.
Além da questão lingüística, existem diferenças entre as duas versões do Pentateuco. A mais importante está relacionada com a atribuição ao monte Gerizim do estatuto de local mais sagrado em vez de Jerusalém. Os Dez Mandamentos da Torah samaritana integram como décimo primeiro mandamento o respeito ao Monte Gerizim como centro de culto. As duas versões dos Dez Mandamentos existentes na Bíblia (nos livros de Êxodo e Deuteronômio) encontram-se entre os samaritanos uniformizados.
Segundo os samaritanos os judeus fizeram da apresentação de Deus o primeiro mandamento depois de terem retirado como décimo mandamento o dever de considerar o monte Gerizim como local de culto.

6- Conclusão

Deus é o grande condutor de toda a história, e a Sua mão age em favor do Seu povo inibindo toda força contrária e estabelecendo a Sua vontade, ainda que tenha que usar reinos inimigos para fazer o que Lhe apraz e punir aqueles a quem ama.

Elabore uma quantidade grande de perguntas referentes ao tema do encontro do dia.  O jogo poderá ser repetido com novas perguntas. Risque no quadro-negro a base do jogo: É sorteado quem vai iniciar o jogo.

Dinâmica - Jogo da Velha

Cada grupo terá uma marca (X0, número, letra, etc.) A resposta certa dará o direito de colocar a sua marca no lugar de sua escolha. O grupo que conseguir completar uma horizontal, vertical ou diagonal, ganha o jogo. Caso um grupo não saiba a resposta, passa a vez para o outro.

Variação: 

As perguntas são colocadas em cada um dos quadrados no quadro-negro ou cartolina grande.  Tem que ficar visíveis à distância.  Podem ser várias cartelas que ficarão cobertas até o início do jogo. O grupo sorteado irá indicar a pergunta que deverá ser respondida pelo adversário.  Caso erre ou não saiba respondê-la, vai permitir que o grupo “perguntador” anote a sua marca  acima da pergunta.  Acertando é o grupo “respondedor” que marca.  Naturalmente, deve haver uma preocupação para que o grupo contrário não “feche” o jogo, indicando as perguntas mais difíceis.  De qualquer forma, o grupo que faz a pergunta deverá saber a resposta.  Errando o outro, ele terá que respondê-la para poder marcar os pontos, caso contrário, passará a vez.


Perguntas:
1 – Quantos capítulos tem o livro de Esdras?
10 capítulos

2 – Quem era contemporâneo a Esdras?
Neemias, Zacarias e Ageu

3 – Na bíblia hebraica, Esdras formava um único livro com... Neemias

4 – Esdras começa onde....2 Crônicas parou.

5 – Qual era a profissão de Esdras?
Sacerdote

6 – Qual o significado do nome Esdras?
Deus é auxílio

7 – Quem eram os samaritanos?
Povo de Israel misturado aos estrangeiros que permaneceram em Samaria

8 - A capital do reino de Israel era:
Samaria

9 – Em qual monte os samaritanos adoravam a Deus?
Monte Gerizim

10 – Qual era o nome original da Samaria, conhecida cidade de refúgio?
Siquém

11 – Qual parte da Tanakh os samaritanos aceitam?
Torah ou Pentateuco

12 - Quem é o autor do livro de Esdras?
Anônimo

13 – Qual é a ênfase do livro de Esdras?
A reconstrução do Templo

14 – Quantos versículos tem o livro de Esdras
280 versiculos

15 – Quantas décadas abrange o livro de Esdras?
8 décadas



Pesquisar este blog