terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Daniel - 3ª Parte

Mas eu estava chocado com a visão e não entendia” (Dn 8:27).

1 - Introdução

O profeta Daniel viveu mais de 500 anos antes do nascimento de Jesus. No entanto, Deus revelou a ele informações que tornariam possível determinar com precisão o tempo em que Jesus seria ungido, ou designado, como Messias, ou Cristo. Foi  dito a Daniel: “Você deve saber e entender o seguinte: depois de se emitir a ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém, até a vinda do Messias, o Líder, haverá 7 semanas e também 62 semanas.” — Daniel 9:25.
Para determinar quando o Messias chegaria primeiro é preciso saber quando começaria o período que terminaria na sua chegada. De acordo com a profecia, esse período começaria “depois de se emitir a ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém”. Quando se emitiu essa ordem? Segundo o escritor bíblico Neemias, a ordem para reconstruir as muralhas de Jerusalém foi emitida “no vigésimo ano do rei Artaxerxes”. (Neemias 2:1, 5-8 Os historiadores confirmam que 474 a.C foi o primeiro ano completo de Artaxerxes como governante. Por conseguinte, o 20.° ano de seu reinado foi 455 a.C. Assim, descobrimos quando começou o período mencionado na profecia messiânica de Daniel, isto é, em 455 a.C.
Daniel indica quanto tempo duraria o período que terminaria na chegada do “Messias, o Líder”. A profecia menciona “7 semanas e também 62 semanas” — um total de 69 semanas. Qual é a duração desse período? Várias traduções da Bíblia mencionam que não se trata de semanas de sete dias, mas semanas de anos. Ou seja, cada semana representa sete anos. Esse conceito de semanas de anos era comum entre os judeus dos tempos antigos. Por exemplo, eles observavam um ano sabático a cada sete anos. (Êxodo 23:10, 11) Portanto, as proféticas 69 semanas equivalem a 69 unidades de 7 anos cada uma, ou a um total de 483 anos.
Agora basta fazer um cálculo. Se contarmos um período de 483 anos a partir de 455 a.C, chegaremos ao ano 29 d.C. Foi exatamente nesse ano que Jesus foi batizado e se tornou o Messias (Lucas 3:1, 2, 21, 22) Não é isso um notável cumprimento de profecia bíblica?

2  – Por que Israel Continuou Sendo Punida?

Jeremias profetizou que Jerusalém seria destruída e que seu povo seria exilado na Babilônia por 70 anos por causa de seus pecados. Em 606 a.C essa profecia começou a se cumprir, culminando na destruição da cidade de Jerusalém no ano de 586 a.C
Dado os 70 anos, Daniel ora ao Senhor: “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Daniel 9:2), e ele clama a Deus por Sua misericórdia e pede que se findem os dias de cativeiro. Então o anjo Gabriel lhe aparece e diz: “— Daniel, o castigo do seu povo e da sua santa cidade vai durar setenta anos vezes sete, até que termine a revolta, e o pecado acabe. Então o seu povo vai conseguir o perdão dos seus pecados, e a justiça eterna de Deus será feita. A visão e a profecia serão cumpridas, e o santo Templo será inaugurado de novo” (Dn 9:24)
Aqui então se dá início a uma nova profecia sobre o povo judeu, conhecida como as “Setenta Semanas de Daniel”
Israel não se arrependeu de seu pecado ao final dos 70 anos de cativeiro em Babilônia. Alguns Judeus retornaram para a Terra Prometida, mas a maioria simplesmente se estabeleceu no Império Persa (Iran – Iraque). Então, quanto tempo até que Deus reunisse os Judeus e os restaurasse como a Nação de Israel? A solução para o mistério está em Levítico 26. “E, se ainda com estas coisas não me ouvirdes, então eu prosseguirei a castigar-vos sete vezes mais, por causa dos vossos pecados” (Lv 26.18). Em outras palavras, se Israel não se arrependesse, a punição prometida seria multiplicada por sete.
Houve um profeta de Deus chamado Ezequiel que, como Daniel, também foi capturado e levado para Babilônia. Ele ficou lá por cerca de 20 anos e, como Daniel, também conhecia as profecias de Jeremias de que o cativeiro em Babilônia duraria 70 anos. O Senhor apareceu a Ezequiel e lhe deu esta visão: “Pegue uma frigideira de ferro e ponha como se fosse um muro entre você e a cidade. Vire o rosto na direção da cidade. Ela está cercada, e é você quem a está cercando. Isso será um sinal para o povo de Israel. Deite-se do lado esquerdo, que eu vou colocar sobre você a culpa do povo de Israel. Você ficará deitado ali, carregando o pecado deles durante trezentos e noventa dias, porque eu o condenei a um dia para cada ano de castigo do povo. Quando você terminar isso, vire do lado direito e carregue o pecado de Judá durante quarenta dias, isto é, um dia para cada ano do castigo deles”. (Ez 4:3-6)
Então, vejamos: são 390 dias para a casa de Israel e 40 anos para a casa de Judá. São 430 anos, mas temos que subtrair os 70 anos que Israel serviu durante o cativeiro Babilônico. Assim, agora Israel devia a Deus 360 anos de punição, multiplicados por 7
360 anos x 7 = 2.520 anos bíblicos, cada um de 360 dias (ano bíblico). Mas quando os 2.520 anos de punição começaram? Da Bíblia e de outras fontes históricas, incluindo Flavio Josefo, o final do cativeiro Babilônico ocorreu na primavera de 536 a.C. Esta data será nosso ponto de partida.
2.520 anos bíblicos x 360 = 907.200 dias. Convertendo esse total para o nosso calendário de 365 dias, e dividindo em 907.200 dias chegamos a um total de 2.483 anos calendário (nesses cálculos temos que ter em mente que só houve um ano entre 1 a.C. e 1 d.C.). Portanto, o final do cativeiro mundial de Israel ocorreria após um total de 2.483 anos se passarem a partir da primavera de 536 a.C.
Vamos fazer as contas? 2.483 – 536 = 1947
Você se lembra o que aconteceu nesta data? Isso mesmo... Surge o nascimento do estado de Israel aprovada na ONU no dia 29/11/47.

3 – Daniel x Apocalipse

”E ele firmará um concerto com muitos por uma semana” (Dn 9:27). Eis aqui a semana, ou os sete anos que faltavam. Esta semana é dividida em dois períodos. Como os judeus quebraram a Aliança com o Salvador, Ele fez uma Aliança com Igreja. Assim o Deus parou de tratar com os judeus faltando esta semana, ou sete anos. Então, quando Cristo Arrebatar a sua igreja, ou melhor, quando não haver mais a igreja na terra, Deus volta a tratar com os judeus. Como só falta esta semana para eles, portanto, após a tirada a igreja da terra inicia esta semana, a Septuagésima Semana de Daniel, a qual se trata da Grade Tribulação.





Dinâmica
“A,B,C- Qual é a resposta?” – Dinâmica para verificar a aprendizagem na EBD

Dependendo da quantidade de alunos em sua classe, forme vários grupos com no máximo cinco alunos e dê a cada grupo um conjunto de três placas. Formule perguntas com os pontos principais da lição ministrada e para cada questão dê três alternativas, os grupos devem escolher qual delas é a correta: A, B ou C.

Perguntas:

1 – Quantos anos antes do nascimento de Jesus, Daniel viveu?
A – mais de 600
B – mais de 500
C – mais de 400

2 – Segundo Neemias, a ordem para reconstruir as muralhas de Jerusalém foi emitida pelo rei:
A – Dario
B – Ciro
C – Artaxerxes

3 – Em que ano do reinado de Artaxerxes, essa ordem foi dada?
A – no 1º ano
B – no 10º ano
C – no 20º ano

4 – Após a reconstrução e edificação de Jerusalém, foi marcado um tempo para a chegada do Messias. Quanto era esse tempo?
A – 62 semanas
B – 69 semanas
C – 7 semanas

5 – Sabendo que cada semana representava sete anos, então 69 semanas daria:
A – 483 anos
B - 474 anos
C – 455 anos

6 – Em que ano Jesus foi batizado?
A – 29 d.C
B – 30 d.C
C -  33 d.C

7 – Quem profetizou sobre a destruição e exílio de Jerusalém pelos babilônicos?
A – Daniel
B – Ezequiel
C – Jeremias

8 – Em que ano Israel tornou-se um estado reconhecido pela ONU?
A – 1947
B – 1957
C – 1967

9 – Faça as contas: Preste atenção, Daniel, e compreenda. Depois de ser dada a ordem para reconstruir Jerusalém, sete anos vezes sete vão passar até que chegue o líder escolhido por Deus. As novas ruas e muralhas de Jerusalém durarão sessenta e dois anos vezes sete, mas será um tempo de muito sofrimento”(Dn 9:25) – Isso daria:
A – 49 + 474 anos
B – 49 + 454 anos
C – 49 + 434 anos

10 – O ano bíblico tem quantos dias?
A – 360 dias
B – 350 dias
C – 340 dias



domingo, 21 de janeiro de 2018

Daniel - Assuntos Complementares

“Daniel resolveu que não iria ficar impuro por comer a comida e beber o vinho que o rei dava; por isso, foi pedir a Aspenaz que o ajudasse a cumprir o que havia resolvido”. (Dn 1:8)


1 – Alimentação Judaica – Levíticos 11

O judaísmo é regido por regras de moral e éticas bem amplas e definidas, transmitidas através da Torá, e que abrangem todas as áreas da vida.
Aquele que é observante das leis entre o indivíduo e Deus dedicam-se ao cuidado especial às regras, e uma delas é a alimentação judaica.
Tanto o Novo como o Antigo testamento falam com freqüência sobre a alimentação do povo de Israel. Jesus, em suas parábolas, refere-se várias vezes ao ato de comer e beber e também aos costumes à mesa.
Os judeus, dividem o alimento em 3 categorias:

1.    A carne e os alimentos que contém carne.
2.    O leite e os alimentos que contém leite
3.    E os alimentos que não contém nem leite e nem carne.

Os judeus podem comeras seguintes carnes: vacas, cabras, ovelhas, cervos, alces, búfalos e algumas aves. Porém, só podem ser consumidos após serem devidamente abatidos e inspecionados por um especialista, pois o animal não pode ter sofrido ao morrer (isto é, não pode ser morto através de caça e nem morto por outro animal).
Então eles possuem uma forma certa de morrer e ainda precisa ser aspergido todo o sangue. Depois ela é salgada, a fim de retirar qualquer sangue que tenha restado no animal, e após isso a carne é lavada. Também não se pode comer a gordura da carne, é proibido por lei. Por isso, retiram toda a gordura.
Quanto aos peixes, somente aqueles que possuem escamas e barbatana. Cação, frutos do mar, lula,... não podem ser comidos.
As aves puras são: galinha, pato, peru e pomba, e também precisam ser mortos da forma correta e não pode utilizar água quente para retirar as penas.
Carnes de animais, aves e leite, e seus derivados, não podem ser misturados. É preciso ter panelas, talheres, louças e utensílios e pias separadas.
Após ingerir carne ou derivados, pode-se ingerir-se laticínios seis horas depois.
E isso é apenas algumas das proibições, ainda vai muito além.
Entenderam porque Daniel propôs não se contaminar com as iguarias do rei?!

2  – A Estátua de “Nabucodonosor”

Você já deve ter ouvido muitas pessoas dizendo em suas pregações ou estudos, que Nabucodonosor mandou fazer uma estátua de ouro com a sua imagem, para que todos o venerassem como deus. Infelizmente, aprendemos de forma errônea a interpretação desta passagem:
“Ora, o senhor pôs como administradores da província da Babilônia alguns judeus. Esses judeus — Sadraque, Mesaque e Abede-Nego — não respeitam o senhor, não prestam culto ao deus do senhor, nem adoram a estátua de ouro que o senhor mandou fazer” (Dn 3:12)
Se prestarmos atenção no texto e no contexto, em momento algum encontraremos na bíblia que ele tenha feito uma imagem sua.
Recorrendo ao “Midrash”, uma literatura rabínica que contém as primeiras interpretações e compilações exatas dos primeiros 10 séculos judeus, ele nos garante que a estátua representava uma divindade que Nabucodonosor queria implantar no meio dos judeus, e que sua figura muito se assemelhava a um sacerdote judeu. Com isso, Nabucodonosor esperava que se o povo judeu aceitasse a estátua, aceitaria com muita facilidade os deuses babilônicos.
Ele só não esperava que o próprio Deus de Israel se manifestasse ao povo como fez na fornalha, desfazendo toda motivação do seu coração e fazendo até mesmo que o rei se curvasse diante de sua Soberania. “O rei gritou: — Que o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja louvado! Ele enviou o seu Anjo e salvou os seus servos, que confiam nele. Eles não cumpriram a minha ordem; pelo contrário, escolheram morrer em vez de se ajoelhar e adorar um deus que não era o deles. Por isso, ordeno que qualquer pessoa, seja qual for a sua raça, nação ou língua, que insultar o nome do Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja cortada em pedaços e que a sua casa seja completamente arrasada. Pois não há outro Deus que possa salvar como este” (Dn 3: 28-29).
Não sabemos se foi a imagem da mesma estátua que ele viu em seu sonho profético... O que sabemos e com toda certeza, é que Deus usou aquele episódio para revelar Seus planos futuros aos impérios que surgiriam, e revelar a Nabucodonosor que o Deus de Israel, estava acima de qualquer reino, poder e tempo estabelecido nesta terra.


3 - A Simbologia dos Números

Não é preciso fazer grande pesquisa na Bíblia para se constatar que o número sete é realmente o número da perfeição. O número sete é perfeito e exclusivo, no universo. Nele temos a soma da Terra (4) com o número da Trindade Santa (3).
A Bíblia diz, em Gênesis 1, que Deus fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo dia. Quando os judeus pediam sinais da existência do EU SOU, Deus lhes deu o sétimo dia para descanso, pois na civilização pagã daquela época o descanso era de dez em dez dias.
Não é superstição e nem astrologia, é cultura oriental.
Precisamos entender que a bíblia foi escrita por judeus, e estes judeus escreviam de acordo com aquilo que eles estavam habituados.
Dessa forma, temos:

·         O nº 1 na bíblia aponta para a unidade;
·         O nº 2 aponta para divisão;
·         O nº 3 é a soma da unidade mais a divisão da mesma, sendo a fórmula Trinitariana do Deus único na Trindade (Ex: A terra é vista de três ângulos: céu, terra e mar - O homem é constituído de três partes: corpo, alma e espírito - A família se constitui de três partes - pai, mãe e filho);
·         O nº 4 aponta para a terra ou seres terrestres;
·         O nº 5 aponta tanto para morte quanto para graça (O primeiro homem falecido de morte natural (e não assassinado como Caim) é citado no verso cinco do capítulo cinco de Gênesis. Esse homem foi o pai da raça humana, o qual, pela sua desobediência a Deus, trouxe a morte para todos os homens. Enquanto isso, o segundo Adão, Cristo, pela sua morte, trouxe a graça a todos os que nele crêem).
·         O nº 6 aponta para o homem, a divisão do tempo em relação ao homem e a estrutura pecaminosa do homem;
·         O nº 7 aponta para a perfeição, a verdade, a garantia de uma promessa cumprida...

Poderíamos continuar, mas vamos nos deter ao número sete.

·         Na música existem 7 notas musicais divididas em 7 escalas, 7 pausas e 7 valores.
  • 7 glândulas endócrinas nos seres humanos: Hipófise, Pâncreas, Paratireoides, Sexuais, Supra-renais, Timo e Tireóide.
  • 7 dias entre cada fase da lua.
  • 7 dias para a criação do mundo (6 + 1 de descanso)
  • Em 7 dias o mundo foi criado.
  • Na Apocalipse de São João, 7 estrelas, 7 cornos, 7 igrejas, 7 anjos, 7 coroas, 7 candelabros, 7 trovões, 7 taças.
  • O corpo humano muda de células cada sete anos.
  • Existem apenas sete cores. Dessas sete cores se originam os milhares de outras tonalidades.
    Se temos o vermelho, o amarelo, o azul, o laranja, o verde, o preto e o branco, podemos fabricar todas as demais.

Existe um propósito nisso que foge do nosso entendimento, e por isso, não podemos negar que a numerologia bíblia existe e tem um propósito, ainda que não conheçamos.

Daniel - 2ª Parte

“O poder do Altíssimo é eterno; o Seu reino não terá fim. Ele governa todos os anjos do céu e todos os moradores da terra. Não há ninguém que possa impedi-lo de fazer o que quer; não há ninguém que possa obrigá-lo a explicar o que faz.” (Daniel 4:35)

1 – Introdução:

Deus tem um plano, e Seu plano inclui até o detalhe mais intricado (coisa emaranhada em outra, entrelaçada,  indica também algo difícil de entender, sendo sinônima de complicado, confuso, incompreensível, obscuro). Deus conhece e está no controle do futuro. Tudo o que Deus previu tem se tornado realidade exatamente como Ele disse. Portanto, devemos acreditar e confiar que as coisas que Deus tem revelado sobre o futuro um dia ocorrerão exatamente como Ele declarou.
O livro de Daniel nos traz profecias que já se cumpriram e algumas que ainda estão pra se cumprir. E ainda, que aos nossos olhos, pareça completamente impossível ou traga espanto, podemos crer que as palavras contidas neste livro são fiéis e se cumprirão mediante a vontade do Pai.



2 – Qual a Relação Entre -  Daniel / caps: 2, 7 e  Apocalipse 17?


1.   1 -  A Cabeça de ouro e o leão eram um símbolo popular da Babilônia e representam o Império Mundial babilônico (612 a 539 a.C). As asas de águia descreviam as velozes conquistas de Nabucodonosor.
2.  2 -   Em 539 a.C estabeleceu o duplo Império Medo-Persa. As três costelas representam os três reinos conquistados: Líbia, Babilônia e Egito. Os Persas foram mais fortes do que os medos e permaneceram mais tempo no poder, por isso ficaram mais famosos.
3.   3 -  As rápidas vitórias (representadas pelas quatro asas), sob o comando de Alexandre Magno, fizeram da Grécia um poder mundial (331 a.C), depois da morte de Alexandre, o império se dividiu em quatro partes:
Trácia, Síria, Macedônia e Egito (as 4 cabeças representadas por seus respectivos generais Lisímaco, Cassandro, Selêuco e Ptolomeu).
4.  4 -   No ano 168 a.C, os romanos estabeleceram o quarto império mundial. Por causa da severidade e intolerância com a qual subjugaram as nações, ficou conhecido como reino de ferro.
5.    5 - O império romano foi dividido em 10 pequenos reinos europeus (dez dedos e dez chifres), mostrando a impossibilidade de uma Europa Unida (ferro e barro). E trata-se também de uma profecia dupla. Pois em Apocalipse 17:12 e 13  nos revela sobre 10 pessoas que receberão autoridade por um pouco de tempo para governar junto com a besta.


As sete cabeças são sete montes (reinos / impérios), sobre os quais a mulher está assentada (
Mulher em profecia significa igreja. O capítulo 12 de Apocalipse apresenta uma mulher cujos símbolos que a representam não deixam dúvidas quanto a ser a verdadeira igreja de Deus. Mas neste capítulo, o 17, outra mulher é apresentada. Uma mulher “vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas”. Uma mulher que tem em sua mão “um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”) - Apocalipse 17:9.  O apóstolo João descreve a cena em que um anjo se aproxima e o leva a uma visão da condenação da “grande prostituta” – assim é declarada essa igreja porque foi infiel ao Senhor Jesus Cristo. Adulterou, tornando-se amante da idolatria.
O termo “monte” significa “reino” (Daniel 2:35). As sete cabeças podem também significar “reis” ou “liderança”, que seriam os governantes desses reinos (Apocalipse 17:10). As sete cabeças que influenciaram de uma forma ou outra o mundo, através de suas ideologias, normas legais, sistemas estruturais, etc. foram: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa, Grécia, Roma Imperial e Roma Eclesiástica.
Quando o apóstolo João recebeu esta visão, os cinco primeiros reinos haviam caído (Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa e Grécia); o sexto reino existia (Império Romano); o sétimo reino ainda não tinha vindo, mas que duraria pouco tempo (Roma Eclesiástica). 
A explicação do anjo a João, no capítulo 17, parece deixar claro que a BESTA (a oitava cabeça) é uma das sete cabeças do referido animal, especificado no capítulo 13. Ou seja, segundo a Bíblia, uma das sete cabeças do animal tem que voltar a ter um domínio mundial. O Anjo diz a João: "Cinco JÁ CAÍRAM e uma É"; em outras palavras, o Anjo quer dizer que cinco potências imperiais (nações diferentes) haviam caído (NÃO ERAM) e a sexta cabeça estava presente no mundo, naquele exato momento em que o anjo falava (o império Romano). O Anjo disse também: "A besta que viste, ERA e já não É", ou seja, já havia dominado e não estava mais dominando.
Com isso, a conclusão provável é que a besta não seria a cabeça de número 6 (o império romano) e nem a cabeça número 7, pois a besta ERA (havia sido um império no passado) e já NÃO É (quando o anjo falava).
Portanto, parece ser provável que a BESTA está entre as cinco primeiras cabeças. Igualmente, "cabeças", segundo o anjo, significam MONTES e montes, no hebraico arcaico, significava GRANDES CIDADES, ou seja, trata-se de cidades cujo reino, a partir de determinado rei, ultrapassou a fronteira do seu próprio povo e dominou cidades de outros reis. A primeira cabeça é o Egito, a segunda é a Assíria, a terceira é a Babilônia (o leão, Daniel 7: 14); a quarta é o império Medo-Persa (o urso, verso 5); a quinta é a Grécia (o leopardo, verso 6), a sexta é o império Romano.
A Babilônia se localiza onde hoje é o Iraque; a Assíria corresponde em parte ao que hoje é a Síria e o Iraque; o Egito é o mesmo Egito do passado; e o Império Persa é o Irã.  Sem dúvida o Egito de hoje nada tem a ver com o Egito dos faraós. Já os iranianos ainda carregam o orgulho de terem sido um dos maiores impérios da história.
Os sírios, embora orgulhosos de suas origens, não ficam o tempo todo buscando esta identidade (normalmente, possuem enorme orgulho de serem árabes). Já o Iraque, nos tempos de Saddam Hussein, tentou criar uma ligação com a Babilônia, mas que nunca foi bem sucedida. Portanto, pelo que parece, com o crescimento significativo do islamismo pelo mundo, podemos concluir que a BESTA tem grande possibilidade de ser a religião muçulmana, que representaria a união das nações árabes contra judeus e cristãos nos tempos do fim.

Dinâmica
Divida a turma em 3 a 4 equipes, entregue a um participante de cada equipe uma folha com perguntas cujas respostas preenchem uma cruzadinha. Ganha a equipe que entregar a cruzadinha completa primeiro.






segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Lição 13: Daniel - Profetas Maiores / 1ª Parte

Autor: O Livro de Daniel o identifica como o seu autor (Daniel 9:2; 10:2). Jesus menciona Daniel como o autor também (Mateus 24:15).
Data: Abrange 606 a 535 a.C da história
Local: Babilônia
Capítulos: 12
Versículos: 357

“Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” (Daniel 3:17-18)

1 – Introdução

O Livro de Daniel é um livro do Antigo Testamento, cujo título é derivado do nome do profeta. Nas bíblias cristãs, como por exemplo, na Tradução Brasileira da Bíblia, vem depois do Livro de Ezequiel e antes do Livro de Oseias.
Alguns trechos são escritos em hebraico (1:1-2:3; 8:1-12:13) e a maioria em aramaico (2:4 a 7:28), havendo também as adições em grego (versículos 24 a 90 do cap. 3 e caps. 13 e 14) não encontradas na versão da Bíblia proposta por Lutero, ou seja, são partes acrescentadas pela igreja católica e tido como apócrifos.
Sendo o quarto livro dos Profetas Maiores no Antigo Testamento, caracteriza-se por cores vivas de simbolismo e reflete eventos históricos heróicos durante o exílio babilônico do povo judeu.
Por não ser um livro fácil de entender, a sua interpretação requer um estudo cuidadoso e de reflexão. O próprio Daniel escreveu, ao refletir sobre o significado de uma de suas visões Mas eu estava chocado com a visão e não entendia” (Dn 8:27).



O aramaico é a língua vizinha do hebraico falada pelos arameus, descendentes de Arã, filho de Sem, filho de Noé. Deste, vieram os povos semitas: Arábia Saudita, Assíria, Turquia, Irâ, Iraque e Israel.
Esta língua era usual nos tempos de Nabucodonosor apenas pela realeza, por se tratar de uma língua antiga e erudita.
Apenas estas porções das Escrituras foram escritas em aramaico:
·       *   Esdras 4:8 a 6:18; 7:12 a capitulo 16
·       * Daniel 2:4 a 7:28
·       *  Jeremias 10:11 – uma frase
·       *   Gênesis 31:47 – duas palavras
·       *   O original de Mateus foi todo escrito em aramaico – hoje perdido.


2 - Estrutura e Conteúdo do Livro

O livro de Daniel é formado por duas partes: uma, pelos caps. 1-6, e a outra, pelos caps. 7-12.
A primeira parte é essencialmente uma narrativa histórica dos judeus na Babilônia. A fim de demonstrar que a sabedoria e o poder de Deus estão infinitamente acima de toda possibilidade e compreensão humana.
A segunda parte (caps. 7—12) contém uma série de visões simbólicas com uma linguagem apocalíptica.


ESTRUTURA LITERÁRIA DO LIVRO

SEÇÃO HISTÓRICA


CAPÍTULOS


HISTÓRIA

DATA
Capítulo 1
Daniel e seus amigos a serviço de Nabucodonozor
605 a.C
Capitulo 2
O sonho da estátua
604 a.C
Capitulo 3
A fornalha de fogo ardente
580 a.C
Capitulo 4
A loucura de Nabucodonozor
569 a 562 a.C
Capitulo 5
A festa de Belsazar
539 a.C
Capitulo 6
Daniel na cova dos leões
537 a.C


SEÇÃO PROFÉTICA



CAPITULOS


HISTÓRIA

DATA
Capitulo 7
As quatro feras
550 a.C
Capitulo 8
O bode e o carneiro
548 a.C
Capitulo 9
As setenta semanas
539 a.C

Capitulo 10 a 12
Tempo da cólera e Tempo do fim, além das disputas do "Rei do Norte" com o "Rei do Sul"

537 a.C



3 – Contexto Histórico do Livro

Daniel, foi levado cativo a Babilônia na primeira invasão de Nabucodonosor a Jerusalém. Ele foi levado junto com os utensílios sagrados do templo e todos os nobres de Jerusalém, incluindo o rei Joaquim e seus amigos Ananias, Misael e Azarias, no ano de 605 a.C.
Ele pertencia a família real e foi morar no palácio real, na corte de Nabucodonosor (Dn 1:14). Estudiosos sugerem que sua idade nesta época, variava entre 16 a 23 anos de idade.
Ele viveu e exerceu seu ministério profético durante todo o período de cativeiro entre 605 a 535 a.C. Lá, Daniel e seus amigos tiveram seus nomes mudados. O fato dos jovens receberem novos nomes indicava que agora eles deveriam esquecer seu passado, sua história, sua família e religião. Eles pertenciam a um novo reino, com novos costumes, práticas e uma nova religião. Assim, receberam nomes associados aos falsos deuses da religião pagã de Babilônia. 

·         Daniel – “Deus é meu Juiz” para Beltessazar - Bel protege a vida do rei (Bel ou Marduque era uma importante divindade em Babilônia). 
·         Ananias – “Deus mostra a Sua graça” para Sadraque - Ordem de Aku’ (Aku era um deus sumeriano)
·         Misael – “Quem é como Deus” para Mesaque - Quem é como Aku’? (uma variante ofensiva ao seu nome anterior). 
·        Azarias – “Deus ajuda” para Abede-Nego - ‘Servo de Nego’. ‘Nego’ era uma variante do nome do deus Nebo.

Mudaram seus nomes, mas não conseguiram mudar sua identidade. O caráter de cada um se manteve firme e fiel aos costumes judeus e a sua fé ao deus de Israel (Dn 3:1-30; 5:31; 6:28)
Daniel foi mantido na corte da Babilônia servindo a vários reis babilônicos (Nabucodonosor, Evil-Merodaque, Neriglizar ou Nebuzaradã, Labashi-Marduque, Nadonido (tendo Belsazar como regente) e a Ciro o Grande (tendo Dario como regente).
Durante os setenta anos do exílio, foi testemunha ocular do apogeu e também da queda de grandiosos impérios. Viu a queda da Assíria (612 a.C), foi como cativo para a Babilônia (605 a.C), de lá assistiu a queda de Jerusalém (586 a.C) e testemunhou a queda da Babilônia em (539 a.C) pelos medo-persas.

4 – O Sonho de Nabucodonosor e as Visões de Daniel

Daniel 2 – Em seu sonho, o próprio rei estava testemunhando o poder de Deus em cada detalhe do que havia sonhado.
·         Cabeça de Ouro (versos 37-38) - Babilônia foi muito bem simbolizada pelo ouro. Sua principal divindade era Bel-Marduque, uma imagem de ouro.Contudo, o império babilônico não duraria para sempre. Passariam 70 anos, de 606 a.C a 536 a.C, e ele seria derrotado por outro poder, simbolizado pelo peito e braços de prata.
·         Peito e Braços de Prata (verso 39a e 5:28) - Como a prata é inferior ao ouro, o reino que seguiu Babilônia era inferior em riqueza, luxo e ostentação. Mas como o peito e braços são maiores que a cabeça, esse império que sucedeu o domínio mundial foi maior, em extensão. Como havia dois braços na estátua, ele foi um reino composto de dois aliados – os medos e os persas – que conquistaram Babilônia em 539 a.C. Ciro, general que comandou os exércitos medo e persa, estava predito, pelo nome 150 anos antes, em Isaías 44:28 e 45:1. O império medo-persa governou o mundo até 331 a.C.
·         Ventre de Bronze (verso 39b) - O ventre de bronze da estátua representava o domínio da Grécia. Alexandre o Grande, rei da Grécia (Daniel 8:21), aos 33 anos de idade, liderou os gregos para conquistar os medos e os persas na “Batalha de Arbela”, em 331 a.C.O império grego permaneceu até 168 a.C. Os soldados gregos se distinguiam por sua armadura de bronze. Seus capacetes, escudos e machados eram de bronze. Heródoto nos diz que Psamético I do Egito viu nos piratas gregos que invadiam suas costas o cumprimento de um oráculo que predizia a “homens de bronze que saem do mar”. Pernas de Ferro (verso 40) - O reino que seguiu a Grécia foi o poder na forma de ferro de Roma, o qual dominou o mundo desde 168 a.C. As pernas são a maior parte do corpo, assim como também foi o império de Roma, o maior de todos, e que mais tarde também foi sub-dividido em 2 (duas pernas), sendo o império ocidental e oriental. Roma também era conhecida por ser violento, intolerante, e por seu poder bélico nas armas de ferro, e também pela alta capacidade em mineração, em sua maior parte, do minério de ferro. Na descrição desse quarto poder, estava previsto que ele se levantaria “contra Jesus Cristo, o Príncipe dos príncipes.” Daniel 8:25. A autoridade romana durou até o quinto século da nossa era, quando as tribos bárbaras provenientes do norte invadiram a Europa.

·         Pés e Dedos de Barro e Ferro (versos 41-42) - A divisão do império romano pelos bárbaros ocorreu em 476 d.C. Roma foi dividida em dez estados separados, distintos – a exata quantia dos dedos dos pés da estátua. Essas divisões foram: os francos, que vieram a ser (formar) a França; os anglo-saxões, que vieram a ser (formar) a Inglaterra e conseqüentemente os EUA; Os germanos, que se tornaram a Alemanha; os suevos, mais tarde Portugal; os visigodos, que formaram a Suíça; os lombardos, que são do norte da Itália e os vândalos, hérulos e ostrogodos que, mais tarde, conforme a predição profética de Daniel 7:8 e 24, foram totalmente destruídos.


Em Daniel 2 descobrimos que estamos vivendo na época dos “dedos da estátua.” Vivemos no fim da história dos impérios e quase no início de um novo tempo. Em Apocalipse 13:1, é retratada uma “besta de 7 cabeças e 10 chifres que tinham diademas em cada um e sobre suas cabeças nomes de blasfêmia”. Ou seja, podemos entender que ainda haverá uma tentativa de criação de 10 reinos ou 10 nações líderes mundiais que são oriundas ou descendentes das 7 cabeças, ou reinos mundiais antigos.
Mas, como bem sabemos, a profecia de Daniel diz que o ferro e barro não se misturam e não permanecem unidos, Então, esses futuros reinos também não subsistirão. Esses 10 reinos serão formados politicamente, comercialmente e talvez até religiosamente entre centenas de nações, fortes e fracas (assim como o ferro é forte e o barro é fraco), e estes reinos surgirão na grande tribulação dos últimos dias, antes da volta de Jesus Cristo.
A Pedra que Daniel viu atingirá as nações e encherá todo o planeta estabelecendo um novo e último império mundial, eterno, glorioso, perfeito. Uma simbologia da volta gloriosa de Cristo nos ares com Seu exército para guerrear a favor de Israel na batalha do Armagedom.


Dinâmica:
Divida a classe em dois grupos. Se tiver muita gente, pegue cinco pessoas de cada lado. Quatro participantes de cada grupo, receberá uma garrafinha pet vazia e o quinto participante de cada grupo, receberá a mesma garrafinha cheia de água. A tarefa será responder as perguntas enchendo a garrafa do seu colega com a água de sua garrafa até o fim dos cinco participantes. Ganha a equipe que responder mais perguntas certas, a água é apenas um distrativo. 

*** Perguntas para Dinâmica ***


1 – Quantos capítulos tem o livro de Daniel?
R: 12

2 – Quem escreveu o livro de Daniel?
R: Daniel

3 – Qual período abrange o livro de Daniel?
R: 606 a 535 a.C

4 – Qual nome Daniel recebeu na Babilônia?
R: Beltessazar

5 – Qual nome dos amigos de Daniel?
R: Ananias, Misael e Azarias

6 – Qual nome Ananinas recebeu na Babilônia?
R: Sadraque

7 – Qual nome do rei que lançou Daniel na cova dos leões?
R: Dario

8 – Qual nome do rei que fez o decreto de libertação do povo judeu do cativeiro babilônico?
R: Ciro

9 – Mesaque foi o nome dado a qual amigo de Daniel?
R: Misael

10 – Quantos reis reinaram na Babilônia durante o cativeiro?
R: 6 reis

11 – Quantos anos durou o exílio babilônico?
R: 70 anos

12 – Quando foi a queda de Jerusalém?
R: 586 a.C

13 – Qual idade aproximadamente tinha Daniel quando foi cativo?
R: 16 a 23 anos

14 – Quantos sonhos teve Nabucodonosor?
R: 2 sonhos

15 – Qual era punição pra quem não se curvasse a estátua feita por Nabucodonosor?
R: Ser jogado na fornalha de fogo ardente.

16 – Em quantas partes a estatua do sonho se dividia?
R: 5 partes

17 – Qual metal da estatua representava o império Babilônico?
R: O ouro

18 – Quando Ciro fez o decreto de libertação do povo judeu?
R: Em 536 a.C

19 – Qual império veio depois do babilônico?
R: Medo-persa

20 – O livro de Daniel pode ser dividido em quantas partes?
R: duas partes

21 – Quais partes o livro de Daniel se divide?
R: Histórico e Profético

22 – Na nossa bíblia, Daniel vem depois de qual livro?
R: Ezequiel

23 – Em quais línguas o livro de Daniel foi escrito?
R: Hebraico e Aramaico

24 – Quem menciona Daniel no Novo testamento?
R: Jesus

25 - Qual livro do Novo Testamento mensiona que Daneil é o autor do seu livro?
R: Mateus.

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