Autor: Sofonias
Data: 624 a.C
Alvo: Anunciar o dia da
ira do Senhor ao povo de Judá e a Sua justiça as outras nações.
Contemporâneos: Naum, Jeremias e
Habacuque
"O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para
salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor,
regozijar-se-á em ti com júbilo." (Sofonias, 3:17)
1 -
Introdução
O livro é uma advertência sóbria a respeito do dia do castigo
divino contra o pecado. Embora percebesse um castigo vindouro em escala
mundial, (1.2; 3.8), Sofonias focalizava especialmente o julgamento que viria
contra Judá (1.4-18; 3.1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e
busque o Senhor em humildade antes que o decreto entre em vigor (2.1-3). O
arrependimento nacional ocorreu parcialmente durante o reavivamento de Josias
(623 - 609 a.C.). Sofonias também profetizou o juízo vindouro contra cinco
nações estrangeiras: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria (2.4-15). Depois
de dirigir sua atenção aos pecados de Jerusalém (3.1-7), o profeta prediz um
tempo em que Deus reuniria, redimiria e restauraria o seu povo. Os fiéis
gritariam de alegria como verdadeiros adoradores do Senhor Deus, que estaria no
meio deles como um guerreiro vitorioso (3.9-20).
2
– Sofonias e seu Contexto Histórico
No reinado de Josias, Judá estava
sujeito à Assíria havia quase um século, quando Acaz pediu ajuda a Tiglath
Pileser III contra Damasco e a
Samaria, em 730 a.C.. Durante o longo reinado de Manassés (697-642), o jugo
assírio pesou sobre Judá e as influências estrangeiras penetraram em todo o
lado, tanto nos costumes como nas práticas religiosas. Em 2 Rs 21,3-9 é narrada
a introdução de cultos estrangeiros: reconstrução dos lugares altos, altares a
Baal, prática de adivinhação e magia e outros cultos idolátricos.Quando o rei
Josias subiu ao trono, Judá necessitava de uma série de reformas, tanto no plano
social e político como no plano religioso.
Sofonias, cujo nome significa “o
Senhor esconde”, era um tataraneto do rei Ezequias. Ele profetizou durante
o reinado de Josias (640-609 a.C.), o último governante piedoso de Judá. Sua
referência a Jerusalém como “este lugar” (1.4), bem como a descrição minuciosa
de sua topografia e de seus pecados, indicam que residia na cidade. Como
parente do rei Josias (primo), tinha imediato acesso ao palácio real. Conforme
era de se esperar, suas profecias focalizavam a palavra do Senhor endereçadas a
Judá e às nações. O pecado dos quais Sofonias acusava Jerusalém e Judá (1.4-13;
3.1-7) indicam que ele profetizou antes do reavivamento e reformas promovidas
por Josias. Período este marcado pela iniqüidade dos reis que antecederam a
Josias (Manassés e Amom). Foi somente no décimo segundo ano do reinado de
Josias (628 a.C.) que o rei empreendeu a purificação do povo com o banimento da
idolatria e a restauração do verdadeiro culto ao Senhor. Oito anos mais tarde,
ordenaria o conserto e a purificação do templo. Nesta ocasião, foi descoberta
uma cópia da Lei do Senhor (2 Rs 22.1-10). A descrição que Sofonias faz das
lamentáveis condições espirituais e morais de Judá deve ter sido escrita por
volta de 630 a.C. É provável que a pregação de Sofonias tenha tido influência
direta sobre o rei, inspirando-o em suas reformas.
Jerusalém foi destruída em 586 a.C, quase 40 anos depois de
Sofonias ter predito isto
3 –
Estrutura e Conteúdo do Livro
O
conteúdo do livro se divide conforme os capítulos:
- Capítulo 1 prediz a destruição de
Jerusalém devido à sua rebeldia, especialmente a idolatria.
- Capítulo 2 olha para os povos ao
redor e fala do castigo que Deus traria contra os filisteus, os moabitas,
os amonitas os etíopes e os assírios.
- Capítulo 3 reforça a profecia
contra Jerusalém, mas encerra com uma mensagem de esperança e restauração
de um povo espiritual que andaria em comunhão com Deus.
Há
várias mensagens importantes em Sofonias. Entre elas:
1
) A realidade da justiça divina. Mesmo tratando do seu povo escolhido, Deus usa
linguagem forte para falar de um castigo terrível. A justiça de Deus é vista
como assunto desagradável e incoerente quando falamos sobre o amor e
misericórdia do Senhor. Mas a Bíblia - tanto no Antigo como no Novo Testamento
- claramente ensina que Deus castiga e destrói as pessoas e as nações que
persistem na rebeldia contra ele. É no Novo Testamento que encontramos estas
afirmações fortes: “Considerai, pois, a bondade e
a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a
bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado” (Romanos
11:22)
“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido
o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo
contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a
consumir os adversários...Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26,27,31).
2
) A realidade da clemência divina. Sofonias não negligencia a mensagem da
graça. O mesmo Deus que traria tamanho castigo contra seu povo lhes estenderia
a sua misericórdia. “O SENHOR, teu Deus, está no
meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria;
renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sofonias
3:17). Estes dois aspectos
do trabalho divino ilustram bem o conceito bíblico do Dia do Senhor. Seja o
castigo de uma cidade, uma nação ou do mundo inteiro, é um dia no qual Deus
rejeita e castiga os rebeldes, mas salva e protege os fieis.
3
) O que Deus deseja do homem. No contexto das ameaças contra os gentios da
Filístia, Deus disse: “Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da
terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão;
porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do SENHOR” (Sofonias 2:3). As pessoas que aceitam este
convite divino são as mesmas que recebem sua graça salvadora: “Mas
deixarei, no meio de ti, um povo modesto e humilde, que confia em o nome do
SENHOR” (Sofonias 3:12).
Sofonias
nos ajuda a entender o conceito do Dia do Senhor, uma expressão que identifica
um dia no qual Deus acerta as contas, salvando os obedientes e humildes e
castigando os rebeldes e orgulhosos.
3.1 - O JULGAMENTO DIVINO (2.4 – 3.8)
O
profeta acrescenta detalhes a respeito do julgamento que brevemente virá ao
nomear nações específicas.
O
profeta retorna uma descrição de como Deus julgaria por meio dos babilônios.
Esses oráculos de julgamento são semelhantes aos encontrados em outros profetas
(Is 13-30; Ez
25-32; Am 1.3-2.3).
Sofonias
especifica seis nações (incluindo Judá; 3.1-5) em cinco oráculos que terminam
num pronunciamento resumido da destruição mundial (3.6-8).
Palavras
de salvação para o remanescente de Judá (2.7,9), assim como uma palavra de
esperança a respeito das nações (2.11), encontram-se espalhadas ao longo desses
oráculos.
O
texto segue um padrão presente nos livros dos profetas, como Jeremias e
Ezequiel: uma palavra de advertência a Israel, um julgamento das nações e uma
promessa futura de restauração.
A.
Contra a Filístia (2.4-7)
Os
filisteus haviam atormentado Israel desde o tempo de Sansão (Jz 13.1; 15.20).
O
“ai” que introduz o verso 5 é a mesma palavra de maldição pronunciada
posteriormente sobre Jerusalém (3.1). É uma fórmula literária usada para
introduzir uma terrível ameaça.
Eles
seriam completamente aniquilados e suas terras passariam a pertencer aos
restantes da casa de Judá. Os judaítas (descendentes dos filhos de Judá: Farés,
Hesron, Carmi, Hur e Sobal) que sobrevivessem ao julgamento e voltassem para a
terra possuiriam as terras da Filístia. Outras referências ao remanescente em
Sofonias podem ser encontradas em 2.9; 3.9-13.
Os
fracassos daqueles que retornaram do exílio causou um atraso no cumprimento
dessa promessa; ela não começou a ser cumprida até a primeira vinda de Cristo (Ef 1.19-23), e não será completamente
cumprida até que Cristo volte e conceda domínio ao seu povo na nova terra (2 Tm 2.11; 21.1-22.5).
Isso
haveria de acontecer porque Deus os visitaria e os faria retornar do cativeiro,
ou atentaria para eles e lhes mudaria a sorte. Essa frase amplamente empregada
refere-se à futura salvação de Israel além do julgamento (Dt 30.3; SI 14.7; Jr 30.3,18; 32.44; Am 9.14), o que às vezes se
aplica ao retorno do povo do exílio. Veja 3.20, onde a mesma frase descreve o
destino futuro de Israel após o exílio.
B.
Contra Moabe e Amom (5.8-11)
Essas
nações são tratadas em conjunto em razão de seus ancestrais comuns (Gn 19.4-5, 36-38).
No
juízo de Deus sobre elas, as mesmas tornar-se-iam como Sodoma e como Gomorra,
cidades que representam o pecado e servem como tipos do julgamento final de
Deus sobre os pecadores (Is 1.9; Am 4.11;
2Pe 2.6).
A
comparação é pertinente à luz da estreita associação de Sodoma com o ancestral
de Moabe e Amom (Gn 19.4-5,36-38).
Depois
do juízo, eles serão saqueados e o restante do povo de Deus, o remanescente que
possuirá a Filístia, também aqui os possuirá. Deus mesmo iria destruir todos os
seus deuses que não são deuses e cada um, desde o seu lugar, de todas as ilhas
dos gentios, viriam para adorar ao Senhor – (Sf
3.9-10; SI 72.8-11; Is 56.6-7)
C.
Contra a Etiópia (2.12)
O
remoto povo do alto Nilo não escaparia. A espada do SENHOR – vs. 12 – os
mataria, provavelmente pelas mãos dos assírios (Is 10.5)
Deus
usa em seu juízo quem ele quer e o que ele quer. Muitas vezes usa a própria
natureza, mas aqui no caso, outro povo que não teria piedade.
D.
Contra a Assíria (2.13-15)
Os
assírios conquistaram o Reino do Norte em 722 a.C. e afligiram Judá, o Reino do
Sul.
Os
babilônios conquistaram Nínive em 612 a.C. o que sugere que a profecia de
Sofonias é anterior a essa data.
Eles
eram tão arrogantes que ousavam dizer que eram únicos e que além deles não
haveria outra semelhante. Essa arrogância é expressa numa linguagem semelhante
àquela usada apenas pelo Soberano Senhor (Dt
4.39; Is 45.5-6; 47.10).
E.
Contra Jerusalém (3.1-5)
Agora
a palavra profética de Sofonias é contra Jerusalém que logo é chamada de
rebelde e contaminada, cidade opressora. Nesse caso, as referências a profetas,
sacerdotes, ao santuário e à lei indicam que o profeta se dirigia a Jerusalém.
Esse
oráculo pressupõe o crime mais hediondo, uma vez que os crimes de Jerusalém
eram cometidos contra o Senhor que havia falado de maneira especial aos seus
habitantes e os havia escolhido entre todos os povos (Am 2.4-5,10-16; 3.2).
O
povo e os líderes eram acusados de infidelidade (3.1-4) em contraste com a fidelidade
do Senhor (vs. 5). A acusação geral de 1.17 agora se torna específica.
No
versículo 4, existem verbos interessantes falando da maneira como Deus age
conosco.
1. Obedecer
à sua voz – Deus nos fala quer por sua palavra, quer por outros meios,
mas Ele fala e nos mostra a sua vontade para obedecermos.
2. Não
aceitar o castigo. As conseqüências de não obedecer a voz do Senhor podem
trazer para nós problemas e situações difíceis, mas resistimos a elas achando
que são por puro acaso e nada tem a ver com Deus. (vs. 7.) É tão
importante aceitar a correção que a incapacidade de ser receptivo a ela conduz
à morte (Pv 5.23; Jr 2.30; 5.3; 7.28;
32.33), e a sua aceitação leva à vida. (Pv
6.23).
3. Não
confiar no Senhor. Além de não obedecer, nem aceitar a sua correção, não
confiamos no Senhor que se importa e cuida de nós.
4. Não
se aproximar do Senhor. Por fim, o que fazemos é piorar a nossa situação
porque não nos aproximaremos Dele, antes buscaremos outra coisa para ocupar o
lugar do Senhor e isso é um terrível engano. A frase "aproximar-se do seu
Deus' significa "aproximar-se de Deus de maneira própria em adoração"
(Lv 9:5-8; 10.4-5; 16.1.). O culto
deve vir do coração e não apenas da boca (Is
29.13; Jo 4.24).
Os
versos 3 e 4 (Mq 3.9-11) fazem
acusações graves contra os príncipes, juízes, profetas e sacerdotes que estavam
em benefício próprio pervertendo o direito, a justiça e o juízo.
Eles
eram como leões rugidores. As imagens dos leões e dos lobos imundos descrevem
aqui a natureza predatória, feroz e gananciosa dos oficiais do governo cujo
ofício era proteger a sociedade e dar estabilidade a ela.
Os
seus profetas e os seus sacerdotes (Is
28.7; Jr 4.9; 5.31; 6.13; 8.10; Os 43-6) eram levianos, homens hipócritas (Mq 2.6-11; 3.5-8), mas no meio dela, o
Senhor era o sol da justiça. Sofonias contrasta a presença do Senhor justo,
dentro de Jerusalém, com a presença dos líderes corruptos e injustos, também
presentes ali.
A
essência da promessa do Deus da aliança é a sua presença no meio do seu povo (Êx 33.14-15; Nm 14.14; Is 43.2). O fato
de Deus estar no meio (ou dentro) de Jerusalém é aqui considerado como uma
ameaça de julgamento, mas o mesmo termo hebraico no vs. 17 (onde é traduzido
por "no meio de ti.) significa salvação.
O
Senhor, nos versos 6-8, proclama que seria contra todas as nações. Os inimigos
de Deus, inclusive os ímpios em Judá seriam convocados a se apresentar e seriam
submetidos à ira e à indignação de Deus (Ap
16.1).
Ele
promete exterminar as nações (Is 24.11)
derramando sobre elas a sua indignação e todo o ardor de Sua ira fazendo com
que toda a terra seja consumida pelo fogo de Seu zelo. Isso porque não
obedeceram à Sua voz, não aceitaram a Sua disciplina, não confiaram no Senhor e
não O buscaram, nem Dele se aproximaram – vs. 6-8.
4 – Sofonias
no Novo Testamento
Jesus pode ter aludido a Sofonias duas vezes (Mt 13.40-42; 1; Mt
24.29). Ambas as referências acham-se associadas à sua segunda
vinda. Os escritores do NT entendiam a mensagem de Sofonias a respeito do “dia
do SENHOR” como uma descrição dos eventos escatológicos que terão início na
grande tribulação e culminarão quando Jesus voltar para julgar os vivos e
os mortos (1.14
com Ap 6.17; 3.8 com Ap 16.1). Freqüentemente, o NT refere-se à
segunda vinda de Cristo e ao dia do juízo como “o Dia” (1 Co 3.13; 2 Tm
1.12,18; 4.8).
5 -
Conclusão
Grande
parte das bênçãos finais sobre Sião (pronunciadas nos versículos 14-20) ainda
está para ser cumprido, o que nos leva a concluir que são profecias messiânicas
que aguardam a segunda vinda de Cristo para serem finalmente concretizadas. O
Senhor removeu o nosso castigo somente através de Cristo, o qual veio para
morrer pelos pecados de Seu povo (Sofonias 3: 15; João 3: 16).
Entretanto,
Israel ainda não reconheceu o seu verdadeiro Salvador. Isso ainda está para
acontecer (Romanos
11: 25-27). A promessa de paz e segurança para Israel, numa altura
em que o seu Rei está no seu meio, será cumprida quando Cristo voltar para
julgar o mundo e resgatá-lo para Si próprio. Assim como Ele subiu ao céu depois
da Sua ressurreição, assim Ele regressará e criará uma nova Jerusalém na terra (Apocalipse 21).
Nessa
ocasião, todas as promessas de Deus para Israel serão cumpridas.
Curiosidades:
·
Filístia - Sua origem é citada
em Gn, 10:14 e 1 Cr, 1:12, como descendentes de Casluim, filho de Mizraim
(Egito) filho de Cão. Ocupavam cinco cidades-estado principais: Azoto (Asdote),
Gaza, Ascalom (Asquelom), Gate e Ecrom. Suas divindades: Dagom, Astarote e
Baalzebube. Controlavam as fundições de ferro (1 Sm, 13:19-22), eram ourives
competentes (1 Sm, 6:4-5) e sua cultura era superior a dos israelitas, no ponto
de vista material.
·
Moabe – Sua origem é citada
em Gn 19:30-37, quando a filha mais velha de Ló o embebedou para ter relações
sexuais com ele afim de ter um filho. Ficava a leste do mar Morto. Na época dos
juízes, os moabitas governaram os israelitas por 18 anos e só foram libertos do
jugo, quando Eúde, um juiz benjamita, matou o rei Eglom (Jz, 3:12-30). Rute a
moabita, casou-se com Boaz descendente de Judá tornando-se ancestral do rei Davi
e de Jesus Cristo (Rt, 4:18-22 e Mt, 1:5)
·
Amom – Da mesma forma que
os moabitas, sua origem é citada em Gn, 19:30-37, quando a filha caçula de Ló o
embebedou para ter relações sexuais com ele afim de ter um filho. Ocupavam um
território a leste dos Amorreus, onde havia uma raça de gigantes (Dt, 2:20).
Eram governados por um rei (1 Sm, 12:12), sua divindade era Moloque (1 Rs,
11:7) e sua capital era Rabé (Ramate Amom) onde posteriormente se chamou
Filadélfia.
·
Etiópia - A Etiópia é mencionada, tanto no antigo
Testamento, quanto no novo. A primeira vez que a Etiópia é mencionada na Bíblia
é em Genesis 2:13, sob o nome de “Terra de Cuxe” (ou Cush, ou Cuche). Cuxe era
neto de Noé, filho de Cam. A terra de Cuxe era a região, ao norte da África,
habitada pelos descendentes de Cuxe. Moisés se casou com uma mulher cuxita, a
rainha de Sabá que foi visitar o rei Salomão (2 Cr, 9), também era deste país. A HISTÓRIA
SECULAR (não bíblica), consta na tradição e autos oficiais etíopes, conta que a
Rainha de Sabá possivelmente teve um filho com o Rei Salomão, chamado Menelek,
e este se tornou o primeiro imperador da Etiópia. Menelek foi o fundador da
"Dinastia Salomonica" da Etiópia que governou o país com poucas
interrupções durante aproximadamente TRÊS MIL ANOS ou 225 gerações, depois
terminadas com o Imperador Haile Selassie (cujo nome significava Leão de
Judá) em 1974. A Etiópia também e a terra origem do café e de onde
veio o primeiro homem.
·
Assíria - Os assírios eram semitas, tal como os babilónios e os
arameus (Gn 10:22). Os assírios eram as
pessoas dominantes no antigo Oriente Médio. Seu reino ficava entre os rios
Tigre e Eufrates, e as suas duas cidades principais foram Assur e Nínive. Eles
subiram ao poder em algum momento entre 1500 e 1100 a.C, e seu reino caiu em 612
a.C. A Babilônia foi a sua grande concorrente pelo domínio. Eventualmente, a
Babilônia se libertou e destruiu Nínive, marcando o fim do Império Assírio.
Os profetas Oseias, Amós, Isaías e Miqueias advertiram Israel que os ataques
assírios eram castigo de Deus pela desobediência de Israel. O livro bíblico de
2 Reis narra várias batalhas entre Israel e Assíria, incluindo um cerco de
Jerusalém, em última análise, sem sucesso. Ezequiel discute a arrogância dos
assírios, e Jonas é enviado para avisar o povo de Nínive que Deus tem a
intenção de destruí-los. Mais tarde, Naum e Sofonias profetizaram cada um a
queda do Império Assírio e de Nínive, em particular.
·
Entre os séculos XI e VII a.C., a Assíria construiu um
extenso império (aliás, o primeiro império que pode assim ser chamado)
abrangendo a maior parte da Ásia ocidental e, por algum tempo, o Egito. O
domínio assírio era bem violento com os povos submetidos ( e, após a queda da
capital assíria (Nínive), em 612 a.C., os assírios foram completamente
exterminados e o seu nome desapareceu da história.