sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Aula 04 - Bíblia, a Ciência da nossa Fé: A Torre de Babel e a Confusão das Línguas


“Naquele tempo todos os povos falavam uma só língua, todos usavam as mesmas palavras. Então disseram: Vamos construir uma grande cidade, com uma torre que chegue até os céus. Assim nos tornaremos famosos e não seremos espalhados pela terra”. (Gn 11:1,4 – NBV-P)

1 – Introdução

Há anos que os estudiosos bíblicos têm debatido se a Torre de Babel realmente existiu. Mas uma inscrição antiga feita numa pedra e observada pelo especialista Andrew George, da Universidade de Londres, no Reino Unido fornece uma prova notável a seu favor.
A história da Torre de Babel mencionada no Livro do Gênesis diz respeito à comunicação entre os povos e fala sobre uma torre gigante que teria sido construída por descendentes de Noé após 130 anos do Dilúvio, mais ou menos, com a intenção de eternizar os seus nomes.
Um grupo de pessoas, que migrava do Oriente, descobriu uma planície em Sinear, na Mesopotâmia, e ali decidiram construir uma torre que fosse tão alta que alcançasse o céu.
Mas, segundo a história bíblica, o Deus hebraico decidiu confundir-lhes a língua para impedir que continuassem com a sua construção. A cidade recebeu o nome de “Babel”, que significa confusão em hebraico, porque foi lá que Deus dispersou os seres humanos para toda a terra.
A pedra data do século 6 a.C, e foi encontrada na Babilônia há um século – e a sua importância passou despercebida até hoje.
Andrew Dr. George analisou o artefato e descobriu um relevo com o desenho de uma torre de degraus e uma figura humana com um bastão e um chapéu em forma de cone. De acordo com especialista, esta é uma forte prova de que a história bíblica da Torre de Babel fora verdadeira.
Essa é a primeira vez que uma inscrição histórica confirma a visão que temos desta estrutura gigante, além de identificar o famoso rei Nabucodonosor II, que teria restaurado ou reconstruído uma torre com andares e uma grande escadaria, como se observa no desenho.
No topo do edifício, teria sido construído um local usado para observação das estrelas e realização de cerimônias religiosas.
Segundo o investigador, as inscrições na pedra estão de acordo com a história que a Bíblia conta sobre a criação da torre, por isso é bastante provável que Babel tenha sido um edifício real e não apenas ficção.





2 – Evidências Históricas

O interessante na história da humanidade, é que o evento da “Torre de Babel” também é contado fora da bíblia e do judaísmo, em outras civilizações igualmente antigas através de seus documentos históricos.
Temos como exemplo os islamitas que contam a mesma história, mas sendo a torre destruída por Alá, e tendo distribuido 72 línguas diferentes para a dispersão do povo.
Outro historiador muçulmano do século XIII relata a mesma história, adicionando que o patriarca Éber (um antepassado de Abraão) tinha sido autorizado a manter a língua original, neste caso o Hebraico, porque ele não participou da construção.
Os babilônicos também contam a mesma história, atribuindo a Nabucodonozor a restauração da torre na época do seu reinado, com o nome de Zigurate em honra a Marduke, cerca de 560 a.C, vista pelos historiadores como tendo cerca de 2090 metros de altura e 100 de largura (o que mostra o artefato estudado por Andrew Dr. George, da foto acima)
Assim como os egípcios, chineses, maias, persas e outros contam a mesma história na sua ótica cultural.
Segundo o levantamento da ONU, possui hoje no mundo mais de 3000 idiomas falados, fora os dialetos. O interessante é que eles também garantem que todas vieram de uma única língua mãe, ainda não identificada.
É curioso notarmos também, que os mesmos estudiosos que chegaram a esta conclusão, garantem que na antiguidade somente um deus era adorado, e que o politeísmo veio justamente depois da dispersão do povo e com a formação de novas civilizações.
O motivo de Deus ter impedido a construção da torre e confundido a língua do povo, se dá por três óticas:
·         O propósito do Criador era que a humanidade se espalhasse por toda a terra. A idéia de construir tal torre tinha o objetivo de manter todas as pessoas num só lugar. Ou seja, o povo estava indo contra uma ordem de Deus. “Disseram: — Venham, vamos construir uma cidade e uma torre cujo topo chegue até os céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra”. (Gn 11:4 - NAA)
·         Outro motivo era porque o povo tinha a intenção de colocar no cume da torre a imagem de um homem com a espada desembainhada contra Deus, sinalizando uma rebelião contra a sua autoridade (tradição oral judaica). E o Senhor disse: — Eis que o povo é um, e todos têm a mesma língua. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo o que planejam fazer”.  (Gn 11:6 - NAA)
·         E o terceiro motivo era a prevenção contra um novo dilúvio, temendo que isso acontecesse, eles teriam um lugar alto para se refugiar (segundo a tradição judaica, torre é lugar de refúgio). Havia, porém, no meio da cidade, uma torre forte, e todos os homens e mulheres, todos os moradores da cidade, fugiram para lá...” (Jz 9:51 - NAA)
Independente de qual tenha sido o motivo, observamos que as pessoas rejeitavam a autoridade, a ordem e as promessas de Deus.
Segundo os arqueólogos (matéria da revista Istoé de 21/01/16), um dos primeiros arranha-céus da história da humanidade é uma torre construída na Idade da Pedra Polida (entre 9000 a 4500 a.C.), descoberta em 1952, em Jericó, na Palestina.
É consenso entre os pesquisadores que a civilização começou na Mesopotâmia, atual Iraque, na região conhecida como Crescente Fértil. Ali, teria sido inventada a roda, a escrita e a agricultura. 
Jericó seria uma espécie de neta da Mesopotâmia, para onde algumas pessoas migraram, fundando um dos assentamentos urbanos mais antigos da Terra fora do Crescente Fértil. Elas teriam chegado lá trazendo na memória um trauma de seus ascendentes, uma catástrofe diluviana.
Naquela época, seca, terremotos ou meteoros não amedrontavam a população, de acordo com o especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém Rodrigo Pereira da Silva. Uma grande inundação, um dilúvio, era a catástrofe que se temia. “Quando um povoado fundava novas civilizações, erguer uma torre era um procedimento-padrão”. Atualmente, já foram encontradas 31 ruínas de torres só na Mesopotâmia.
Dessa forma, fica fácil entender o motivo das grandes construções do Egito, México, China e outros países do mundo






3 – A Diversidade da Língua

Recolhido a seus aposentos numa certa noite do final do século VII a.C., Psamético, um dos últimos faraós do Egito, que reinou de 664 a 610 a.C., refletia sobre as línguas que os homens falavam. Sua riqueza e diversidade, as semelhanças e as diferenças entre as palavras, as pronúncias, as inflexões de voz, tudo o fascinava – principalmente a idéia de que essa multiplicidade tinha uma origem comum, uma língua mãe falada por toda a humanidade num tempo muito remoto, como afirmavam as lendas da época. O faraó imaginou então uma experiência engenhosa e cruel. Convencido de que, se ninguém ensinasse os bebês a falar, eles se expressariam naquele idioma original, determinou que dois irmãos gêmeos fossem tirados da mãe logo ao nascer e entregues a um pastor para que os criasse. O pastor recebeu ordens severas, sob pena de morte, de jamais pronunciar qualquer palavra na presença das crianças.
Quando completaram 2 anos, o faraó mandou que se deixasse de alimentá-las, na suposição de que a pressão da fome faria com que pedissem comida em sua “língua natural”. Não se sabe bem o que aconteceu, mas tudo indica que o pastor, movido pela compaixão, não fez exatamente o que lhe havia sido ordenado. Pois o inverossímil relato enviado ao faraó informava que um dos meninos, faminto, havia pedido pão em cíntio, idioma falado antigamente na região que viria a ser a Ucrânia, na União Soviética. Assim, satisfeito com o desfecho da impiedosa pesquisa, Psamético decretou que o cíntio era a língua original da humanidade. Por incrível que pareça, a experiência seria repetida dezenove séculos mais tarde. O idealizador foi o rei germânico Frederico II (1194-1250), que pelo visto não se convenceu das conclusões do faraó. Certamente vigiado mais de perto, o experimento resultou no inevitável: os dois gêmeos morreram.
Línguas como português, inglês, islandês, grego e persa, por exemplo, podem parecer completamente diferentes, mas todas pertencem à mesma família, a indo-européia. Onde a base dessas linguagens surgiu e como se disseminou ainda é um problema, com hipóteses conflitantes. Uma pesquisa publicada na revista Science garante que o evento ocorreu entre 8,5 mil e 9 mil anos atrás, na Anatólia (atual Turquia), e acompanhou o desenvolvimento de um marco na história da humanidade: a agricultura.
É interessante notar que a língua seja algo aprendido, ninguém nasce falando um idioma, mas aprende com o decorrer do tempo, mostrando que cada civilização, cultura e sociedade possuem seu modo de comunicação que lhe fora transmitido.

4 – Conclusão

No nosso planeta existem centenas de países e uma grande parte desses países tem o seu próprio idioma, que evoluiu como parte da cultura de seu povo.
Quando um idioma não evolui como parte da cultura e é apenas criado e definido por alguém ou um grupo de pessoa, ele fica conhecido como Língua Artificial.
As Línguas Artificiais podem ser criadas para comunicação humana, ou apenas para ser um código, ou para uma obra fictícia ou então para experimentos lógicos. Hoje vamos falar de uma Língua Artificial criada para comunicação humana e atualmente é a língua artificial mais usada no mundo, ela é o Esperanto.
O Esperanto foi criado pelo russo judeu Ludwik Lejzer Zamenhof, que vivia em uma cidade onde se falavam muitas línguas, então afim de facilitar a comunicação de todos, ele resolveu criar um idioma auxiliar, nascendo assim, o Esperanto.
Durante as duas guerras mundiais o esperanto sofreu uma queda no número de interessados. Hitler ordenava que suas tropas matassem os falantes de esperanto na Alemanha e Stalin fez o mesmo na Rússia e até mesmo a família de Ludwik foi dizimada.
Porém após a Segunda Guerra Mundial, o esperanto retornou quando em 1954 a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura passou a reconhecer formalmente o valor da língua artificial. Com o surgimento da internet, o Esperanto se popularizou ainda mais.
O número de falantes do esperanto é incerto, estima-se que mais de 200 mil pessoas falem o idioma fluentemente e mais de 10 milhões de pessoas são iniciadas na língua.
Esperanto, que vem do latim esperantujo “o que traz esperança”, tem sido cotada pela ONU como a língua da unificação, e tem sido especulada como a língua do futuro, hoje já conhecida e ensinada em 120 países.





Referências de Estudo:






·         https://www.listenandlearn.com.br/blog/lingua-artificial-esperanto/



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