Neste ano, 2019, Israel está comemorou 71 anos. Muitos
leitores deste artigo certamente já festejaram mais aniversários do que este
minúsculo país, com apenas 22.072 km² (menor do que o estado de Sergipe e ainda
tendo 60% deste total ocupado por deserto) e 8,1 milhões de cidadãos (sendo
75,3% judeus).
O
país possui uma invejável renda per capita de quase US$ 35 mil e índice de
qualidade de vida de 0,888 – um dos mais elevados do mundo. Considerada a
“cidade que nunca para”, Tel Aviv já conquistou o “Prêmio Mundial de Cidades
Inteligentes”. Apesar de ser obrigado a investir cerca 10% do PIB na defesa do
país, Israel é o país que mais gasta com pesquisa e desenvolvimento (P&D):
são 4,4% do seu PIB, quase o dobro da média (2,4%) dos 34 países desenvolvidos
que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Toda
empresa multinacional de tecnologia do mundo tem um centro de P&D em
Israel, incluindo Intel, IBM, Microsoft, Google, Facebook e Apple.
O país também possui
mais empresas listadas na Bolsa Eletrônica “Nasdaq” do que toda a comunidade
europeia junta. Tem a maior porcentagem/per capita de computadores pessoais e
ainda é um dos líderes globais em comunicações, ciências da vida,
desenvolvimento de softwares e em cibersegurança.
Foram
cientistas israelenses que criaram, por exemplo, o telefone celular
(laboratório da Motorola), a tecnologia de chips para o processador Pentium
(laboratório da Intel), o sistema de armazenamento de voz (“voice mail”), o
primeiro programa antivírus para computadores e o ICQ, programa de comunicação
instantânea pioneiro na Internet.
Apesar
dos limitados recursos naturais, o intensivo desenvolvimento industrial e da
agricultura ao longo das últimas décadas fez com que Israel se tornasse
amplamente autossuficiente na produção de alimentos. Ele é reconhecido
mundialmente por suas tecnologias de ponta em reuso, dessalinização e controle
de perdas de água. É, também, o único país que terminou o século XX com mais
árvores do que o iniciou. E o primeiro no ranking mundial/per capita, tanto em
números de artigos científicos como em patentes de equipamentos médicos.
Foi
uma empresa israelense que desenvolveu o exame de sangue que permite diagnosticar
ataques cardíacos por telefone; o primeiro sistema para detecção de câncer de
mama isento de radiação e monitorado por computador; a primeira filmadora em
forma de cápsula ingerível, que permite o exame do intestino delgado; e o
diagnóstico de câncer e de disfunções digestivas.
Agora imagine um
adesivo para o tratamento de diabetes que substitui a necessidade das injeções
diárias; uma forma de diagnosticar câncer de pulmão apenas pela respiração, uma
maneira de aplicar drogas para tumores usando a nanotecnologia ao invés da
quimioterapia ou um dispositivo a laser do tamanho de um barbeador elétrico que
alivia a dor e cura feridas no conforto de sua própria casa. Esses dispositivos
já existem ou estão em fase de desenvolvimento.
Entre
os muitos judeus que têm contribuído significativamente para a humanidade, em
todas as áreas do pensamento, estão Albert Sabin (vacina contra a
poliomielite), Arthur Solomon Loevenhart (um dos responsáveis pelos
medicamentos contra a sífilis), Selman Abraham (descobriu a estreptomicina,
valorosa no tratamento da tuberculose), além de Albert Einstein (teoria da
relatividade), Siegried Marcus (criou o motor à gasolina) e Sigmund Freud
(psicanálise), só para citar alguns. Enfim, contando com apenas 0,2% da
população mundial, os judeus já conquistaram 22% de todos os “Prêmios Nobel”.
Em termos
educacionais, Israel também se destaca: possui o maior percentual em número de
diplomas de curso superior e centros de referências em várias especialidades,
como os institutos Technion (Tecnologia) e Weizmann (Ciências), além da
Universidade Hebraica de Jerusalém, que está entre as 100 melhores do mundo. E
quando o assunto é esporte, Israel disputa torneios com os países europeus, mas
ainda assim faz bonito: o time Maccabi Tel Aviv já se sagrou campeão da “Copa
Intercontinental”, foi vice-campeão mundial em 2014, quando perdeu para o
Flamengo, e ganhou o campeonato europeu de basquetebol seis vezes (é o segundo
clube com mais conquistas da Euroliga na história). Também foi a primeira equipe
europeia a vencer uma equipe da NBA em solo norte-americano.
Por
outro lado, a “Macabíada”, principal evento esportivo do mundo judaico, é o
terceiro maior do mundo em número de atletas. Nas competições individuais,
porém, uma surpresa: o campeão mundial Gary Gasparov, considerado o “Rei do
Xadrez”, revelou que, apesar da fama, já foi discriminado por ser judeu.
Por sua riquíssima
cultura milenar, Israel tem muitos motivos para ser aplaudido de pé, seja na
música, na dança e na criatividade. É inacreditável como há alguns anos realiza
o “Festival de Ópera” em Massada – local que é um monte rochoso, palco de uma
batalha histórica. Fica a cerca de 520 metros acima do Mar Morto, ou seja,
seria totalmente impróprio para qualquer tipo de evento.
No
cinema, são judeus cineastas como Steven Spielberg, atores do porte de Michael
Douglas e Barbra Streisand, e humoristas que inspiraram novas formas de fazer
comédia, como os Irmãos Marx, Charles Chaplin, Jerry Lewis, Woody Allen e Jerry
Seinfeld. Talvez você não saiba, mas dois judeus, Jerry Siegel e Joe Suster,
criaram o Super-Homem; um judeu, Bob Kane, inventou o Batman; e Stan Lee, o
mais famoso autor do mundo dos quadrinhos, também judeu, é o responsável por
personagens como Hulk e Homem-Aranha. E tem mais: o Capitão América foi
desenvolvido pelos judeus Joe Simon e Jack Kirby.
No quesito política,
Israel se orgulha da democracia e pluralidade, absorvendo as mais variadas
ideologias, etnias, credos, gêneros e religiões. Os árabes, por exemplo, são a
terceira maior força no Parlamento, possuindo 14 cadeiras de um total de 120,
assim como as mulheres têm voz ativa, com 29 representantes.
No
Brasil, tivemos muitas contribuições judaicas. Uma delas foi o senador Aarão
Steinbruch, já falecido, autor da lei que criou o “13º salário”, sancionada
pelo então presidente João Goulart em 1962. O parlamentar também foi o “pai” da
aposentadoria por tempo de serviço.
Muitos hábitos,
provérbios e até mesmo superstições judaicas se incorporaram à cultura popular
brasileira, como as expressões “ficar a ver navios”, “vestir a carapuça” e
“passar a mão na cabeça” – esta última relacionada ao ato judaico de abençoar
alguém colocando as duas mãos sobre sua cabeça ao mesmo tempo em que se
pronuncia uma breve oração em hebraico.
Outras
curiosas contribuições de origem judaica, desta vez na culinária, foram a carne
de sol e a tapioca. No entanto, com as perseguições, muitos judeus precisaram
esconder essa condição e alteraram seus nomes para não serem denunciados,
torturados e mortos. Os chamados “cristãos-novos” passaram a se chamar, por
exemplo, Alves, Andrade, Alencar, Amaral, Aguiar, Arruda, Bezerra, Brito,
Botelho, Cabral, Carvalho, Cardoso, Costa, Duarte, Fonseca, Gomes, Linhares,
Machado, Mendes, Oliveira, Pinto, Pereira, Rodrigues, Santos, Silva, Soares,
Vasconcelos, Viana, Vieira, entre tantos outros, cujos descendentes se
espalharam por todo o território nacional.
Hoje, o Brasil recebe
tecnologia de ponta israelense para a agricultura do nordeste brasileiro e
expertise em segurança para ser aplicada na segurança de grandes eventos. Além
disto, a comunidade judaica atua em variados programas solidários, como o que o
Hospital Israelita Albert Einstein desenvolve na Comunidade de Paraisópolis
(São Paulo), que beneficia 6 mil moradores com atendimento médico de vanguarda,
atividades socioeducativas e assistência biopsicossocial.
Enfim, a terra é
árida, e mesmo assim Israel se destaca em questões agrícolas. Não há recursos,
e o país desenvolveu alternativas para o combustível. Está cercado por
inimigos, e sua tecnologia militar é usada como fonte de inspiração para
empresas inovarem…
Mundo:
deixe Israel viver.
Deixe
os judeus ajudarem a construir um mundo melhor.
A
humanidade consciente agradece!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.