quarta-feira, 19 de junho de 2019

Aula 09 - Desvendando o Apocalipse: "O Selo de Deus" II


Contudo, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e autenticado com esse selo: “O Senhor conhece os seus” e “Aparta-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor”. ( 2 Tm 2:19)

Introdução

O assunto é tão importante que Deus abriu um parêntese antes de falar sobre o sétimo selo para mostrar a João que, antes da volta de Jesus, existirá um povo especial responsável por realizar uma obra profética mundial. O capítulo sete apresenta informações adicionais particulares concernentes ao sexto selo. João visualiza essa cena antes de o céu retirar-se como um livro que se enrola, e depois dos sinais no Sol, na Lua e nas estrelas. Isso ocorre entre os versos 13 e 14 de Apocalipse 6.

Ap 7:1 - “Depois desses eventos, observei quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, com a missão de reter os quatro ventos da terra e evitar que qualquer massa de ar fosse soprada sobre a terra, o mar ou sobre qualquer árvore.”

Os quatro cantos da Terra denotam os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Isso significa que esses anjos têm toda a Terra para cuidar.

Os anjos são agentes sempre presentes nos negócios da Terra. Aqui fica claro que Deus lhes confiou uma poderosa obra: reter os quatro ventos da Terra. Isso é uma profecia a cumprir-se imediatamente antes da segunda vinda de Cristo.

Na Bíblia, ventos significam comoção política, agitação, guerras (Dn 7:2,3,16,17; Is 17:12-14; Jr 49:35-37).

Não fosse pelos quatro anjos segurando os ventos, a civilização se auto-destruiria. Os anjos do mal estão agitando os ventos das guerras. Os acontecimentos internacionais falam em voz alta de que se aproxima o momento decisivo em que os ventos serão soltos, e se estabelecerá o caos total. Simultaneamente, ao serem soltos os ventos, virão as sete últimas pragas preditas no capítulo 16.

Mas a obra dos anjos de segurar os ventos tornará possível a realização de outra obra muito especial, que será descrita nos versos seguintes. O tempo da graça divina por um mundo caído e ingrato terá se esgotado para sempre. Multidões que estão recebendo e rejeitando o convite da misericórdia estarão excluídas da salvação que desprezam. Agora, porém, é o tempo da decisão.

Ap 7:2-3 - “Então, vi um outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou com voz grave aos quatro anjos a quem havia sido concedido poder para produzir destruição na terra e no mar: “Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos a testa dos servos do nosso Deus!”

A Bíblia usa as palavras “sinal” e “selo” de maneira intercalada. Em Gn 17:11, é dito que a circuncisão era um “sinal”. Em Rm 4:11, ela é mencionada como sendo um “selo”. O selo é uma marca distinta que torna o povo de Deus diferente, nesse caso, a marca do povo judeu.

Na bíblia, encontramos vários versículos sobre:

· SELO: Ex 28:36; Jo 6:27; 2 Co 1:22; 1 Tm 2:19.

· SINAL: Gn 4:15; 9:12-13,17; Ex 12:13; Dt 6:8; Is 11:10; Fp 1:27-30; Ap 20:4.

O anjo é tão-somente o portador do selo. Mas o Selador deve ser Aquele que é o único capaz de convencer os homens a aceitar o selo de Deus. O Espírito Santo é quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Em outras palavras, Ele convence o mundo sobre a transgressão da lei, porque, segundo o apóstolo João, pecado também é a transgressão da lei.

Ap 7:4-8 - “Então me foi revelado o número dos que foram selados: “cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel. Da tribo de Judá, foram selados doze mil, da tribo de Rúben; doze mil, da tribo de Gade; doze mil, da tribo de Aser; doze mil, da tribo de Naftali; doze mil, da tribo de Manassés; doze mil, da tribo de Simeão; doze mil, da tribo de Levi; doze mil, da tribo de Issacar; doze mil, da tribo de Zebulom; doze mil, da tribo de José; doze mil, da tribo de Benjamim; doze mil”...e a enorme multidão de cristãos”.

Quem são os 144 mil?

· Existe uma linha teológica que diz que este número diz respeito a quantidade de judeus que se converterão a Jesus nos últimos dias. Porém, é sabido que hoje, já existem 1 milhão de judeus messiânicos, ou seja, que crêem e professam que Jesus é o Messias.

· Outra linha teológica acredita que este número não é literal, mas simbólico e que mostra que nos últimos dias Israel se converterá a Jesus.

· Mas outra linha teológica, e essa é que eu acho mais convincente, fala que é um número simbólico, não literal, da plenitude de Israel, ou seja, da restauração espiritual deste povo em Deus que resultará na sua salvação (Is 49:3; 61:3; 66:5-18; Ez 20:41; 36:23; 39:27; At 1:6-7; 321; 2 Ts 1:10)

Ap 7:9-10 – “Em seguida, olhei, e diante de mim descortinava-se uma grande multidão tão vasta que ninguém podia contar, formada por pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam em pé, diante do trono do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas, empunhando folhas de palmeira. E proclamavam com grande voz: “A Salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono e ao Cordeiro!”

O profeta contempla os santos salvos, “de todas as nações, e tribos, e povos e línguas”, trajando uma vestimenta única – as vestes brancas simbólicas da justiça do Salvador e ostentarão palmas em suas mãos como emblemas da grande salvação alcançada sob o poder de Jesus.

O termo ‘ramos’ é tradução de várias palavras hebraicas e gregas que significam: rebento, renovo, broto, galho, ramo, palma, etc. É interessante que muitas vezes, estes termos são empregados pelos profetas do Antigo Testamento para indicar o Cristo que havia de vir:

o Isaías: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo” (Is 11:1);

o Jeremias: “Naqueles dias e naquele tempo, farei brotar a Davi um Renovo de justiça” (Jr 33:15);

o Zacarias: “Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do SENHOR” (Zc 6:12).

Apocalipse 7:11-17 – “Todos os anjos que se encontravam em pé ao redor do trono dos anciãos e dos quatro seres viventes prostraram-se diante do trono com o rosto em terra e adoraram a Deus, exclamando: “Amém! Louvor e glória, sabedoria, ação de graças, sejam ao nosso Deus para todo o sempre. Amém!” Então um dos anciãos me indagou: “Quem são e de onde vieram todos estes que estão vestidos com túnicas brancas?” E eu lhe respondi: “Ó meu Senhor, tu o sabes”. Então ele afirmou: “Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Por esse motivo, eles estão perante o trono de Deus e o servem dia e noite em seu santuário; e Aquele que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Nunca mais passarão fome, jamais terão sede. Não os afligirá o sol, nem tampouco qualquer mormaço, pois, o Cordeiro que está no centro do trono será o seu Pastor; Ele os conduzirá às fontes das águas da vida, e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”.

Essa multidão incontável é composta dos que “vieram da grande tribulação”.

Todos os cristãos passam por tribulações para entrar no reino de Deus (At 14:22). A Bíblia fala sobre o tempo de angústia “qual nunca houve, desde que houve nação” (Dn 12:1).

Nem fome, nem sede. Isso mostra que eles passaram fome e sede.

Nas sete últimas pragas, os pastos, com todos os frutos e a vegetação, ficam secos (Jl 1:18-20), e os rios e fontes tornam-se em sangue (Ap 16:4-7). Nesse tempo, as escrituras afirmam que o justo receberá pão e água e se refugiará no Senhor (Is 33:15-16).

Nas pragas, o Sol recebe poder para “abrasar os homens com fogo” (Ap 16:8, 9), mas os justos serão protegidos dos efeitos mortais.

Deus tem muitos filhos espalhados ao redor do mundo. São encontrados em todas as igrejas e até mesmo fora das igrejas. A mensagem de Cristo alcançará todas as terras, e reunirá aqueles cujo coração estará unido ao do Pai.

Aqueles que estão diante do trono: anjos, seres viventes e anciãos, se prostram e adoram a Deus por Seus feitos, e a multidão reunida ao redor do trono louvará e servirá a Ele por toda eternidade, pois “Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”

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