terça-feira, 23 de outubro de 2018

Os Milagres Messiânicos - Parte I

Nos tempos de Jesus, havia um Tribunal denominado Sinédrio composto por antigos Judeus em Jerusalém, de sacerdotes, anciãos e escribas, o qual julgava os assuntos criminais e administrativo, e ele havia estabelecido alguns parâmetros baseados nos profetas, de como o Messias seria reconhecido pelo povo de Israel.
E foi estabelecido 4 sinais que deveriam ser igualmente cumpridos revelando então o Messias de Deus.

Mas você sabe a diferença entre cura, milagre e sinal?

Cura é o restabelecimento da saúde de alguém, por exemplo: Jesus curou a sogra de Pedro que estava com febre (Jo 4:38-44)

Milagre  é um acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais. Por exemplo: A Transformação da água em vinho (Jo 2:1-12)

Agora, um sinal é algo sobrenatural da parte de Deus a fim de revelar ao homem o poder de Deus no cumprimento de uma promessa. Por exemplo: Jesus disse que apenas um sinal seria dado que Ele era o filho de deus, que seria o sinal de Jonas, ou seja, ele ficaria 3 dias e 3 noites debaixo da terra e depois ressuscitaria.

Então, nesta linha de pensamento, os fariseus, escribas e sacerdotes da época, analisando os profetas identificaram 4 sinais que revelariam o Messias de Deus, que seria:

1 – A cura de um cego de nascença.
2 – A cura de um homem leproso
3 – A libertação de um endemoninhado mudo
4 – A ressurreição de alguém após o terceiro dia.


A cura de um cego de nascença (Jo 9:1-33) 

Jesus poderia ter curado aquele homem imediatamente, como fez com muitos outros doentes, mas ao invés disso, cuspiu no chão, fez um lodo e passou nos olhos do cego, dando-lhe uma ordem: “Vá e lave-se no Tanque de Siloé”.

O tanque de Siloé ficava fora dos muros da cidade de Jerusalém, há 800 mt do templo. Como o texto diz, Jesus estava na entrada do templo quando encontrou com o cego, então, ele, teve que andar esta distância, num caminho inclinado descendo 20 mt até chegar a este canal construído pelo rei Ezequias (2 Rs 20:20), chamado de Tanque de Siloé.

Aquele não era um sábado comum, era a Festa dos Tabernáculos, festa judaica também chamada de Shabat Anual de Deus. E o motivo de Jesus ter enviado aquele cego ao Tanque de Siloé é muito simples: aquele sinal precisava ser notório aos sacerdotes para que o Sinédrio tivesse conhecimento do milagre.

Durante a Festa dos Tabernáculos, havia um ritual especial chamado de “O Derramamento da Água”, onde os sacerdotes iam até o tanque de Siloé, pegavam da sua água com jarros, e voltavam até o monte do templo, e a despejavam na bacia de bronze, que ficava no seu átrio.

Então durante aquele sábado da Festa, o tanque de Siloé era o centro da atenção judaica, onde muitas pessoas estavam assistindo o ritual sacerdotal. E nesta ocasião puderam ver aquele cego de nascença, tão conhecido na cidade, que ficava sentado, quem sabe, na porta do templo pedindo esmola, enxergar pela primeira vez.

Entendem o motivo da comoção, das dúvidas daquelas pessoas e por que seus pais foram chamados?
O 1º sinal messiânico havia se cumprido, e os sacerdotes não queriam admitir tal acontecimento.


Aplicação:

Eu poderia aplicar este texto de diversas formas, mas escolhi falar apenas de um aspecto de nossas vidas.
A incredulidade.

Às vezes, como aqueles sacerdotes, conhecemos a palavra de Deus, sabemos como será a volta de Jesus, enumeramos os sinais da sua vinda, no entanto quando um sinal acontece, nós simplesmente arrumamos argumentos para explicar aquela situação.

Estamos vivendo numa sociedade onde o pecado se tornou relativo, onde cada um quer interpretar a bíblia de acordo com o seu próprio interesse, tentando respaldar seus argumentos e pregando o que a bíblia não diz a fim de convencer o outro de suas próprias convicções. E nisso, temos uma igreja doente que só tem procurado o templo para obter esmolas de Deus.
Que senta na porta do templo e estende a mão pra receber ao invés de oferecer o seu culto a deus.
Enquanto isso, os sinais estão se cumprindo e muitos estão dizendo, é coincidência.

É hora de repensar nossa situação espiritual.
Aceitamos a cura como fez o cego ou continuamos incrédulos como os sacerdotes.

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