“Eu libertei,
portanto, vossos pais e os tirei do meio do Egito e os conduzi até o litoral do
mar Vermelho; os egípcios decidiram perseguir vossos pais com carros e
guerreiros, até o Mar dos Juncos, o Mar Vermelho.”
(Josué
24:6)
1 – Introdução
No sétimo dia de sua saída do Egito, o Povo de Israel, perseguido pelo
exército egípcio, presenciou um dos mais espetaculares milagres registrados na
Torá: a abertura do mar.
Até os dias de hoje, o evento é símbolo da Graça Divina e salvação para
judeus e não-judeus.
O Mar abriu-se depois de uma situação extrema que os judeus viveram,
pois eles haviam saído do Egito e o Faraó com seus seiscentos carros
aparelhados vieram para persegui-los.
O que fazer numa situação desta? Moisés clama ao Eterno e Ele ordena aos
filhos de Israel que marchem. Mas como isso
poderia ocorrer?
2 – Contexto Histórico
Os acontecimentos que antecederam e se seguiram a abertura do
Mar de Juncos - popularmente traduzido como "Mar Vermelho", estão
sucintamente relatados na Torá, no livro Êxodo.
Conta-nos a Torá que
os israelitas, liderados por Moisés, deixaram o Egito no dia 15 de Nissan,
iniciando sua viagem em direção ao Monte Sinai. Durante o dia, Deus fazia uso
de uma coluna de nuvem para guiar Seu povo. De noite, era uma coluna de fogo
que, além de prover luz aos israelitas, direcionava-os de modo a poderem seguir
viagem mesmo após o pôr-do-sol.
De repente, Deus ordena a Moisés: “Dize aos
filhos de Israel que retrocedam e
acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol. Acampai-vos à beira-mar, defronte Baal-Zefom”.(EX
14:2 – KJA)
As
ordens Divinas parecem estranhas. Após três dias de viagem, Deus ordena que os
israelitas retrocedam e acampem em frente a Baal-Zefom, o único ídolo egípcio
que não havia sido destruído durante as Dez Pragas.
Os
rabinos de Israel explicam que Deus deu esta ordem para que o Faraó pensasse
que os judeus estavam perdidos e confusos e, mais ainda, que a
"força" do ídolo egípcio era tamanha que os teria forçado a
retroceder.
Apenas três dias após o Êxodo, e Faraó se arrependeu de ter
permitido a saída dos israelitas de seu país e sai para capturá-los e trazê-los
de volta, obviamente como escravos. Faraó, desejando servir de exemplo e
inspiração para seus soldados, "arria sua própria carruagem" e se
posiciona a frente das tropas, liderando o exército egípcio na perseguição aos
israelitas.
Foi então quando os judeus viram marchar em direção a eles um
exército forte, unido e extremamente bem-organizado, o mais poderoso da época.
Naturalmente, amedrontaram-se: de um lado estava o mar, do outro, um inimigo
impiedoso. Não podiam avançar nem recuar.
Tentando decidir o que fazer, os israelitas se dividem em
quatro grupos.
· Um
deles sugere se render ao exército inimigo e retornar, como escravos, ao Egito.
“Não é esta a
palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios?
Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto”.
(Ex 14:12 - ACF)
· O
segundo grupo decide se atirar ao mar e morrer.
”— Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o Senhor vai salvá-los hoje. Nunca
mais vocês vão ver esses egípcios. (Ex 14:13 – NTLH)
· O
terceiro se dispõe a lutar até a morte.
“Vocês não terão de fazer nada: o Senhor lutará
por vocês”. (Ex 14:14 – NTLH)
· E o
quarto grupo decide clamar a Deus.
“Quando o Faraó se
aproximou, os filhos de Israel levantaram os olhos e eis que os egípcios vinham
atrás deles. Tiveram grande medo. E então os filhos de Israel clamaram a YHWH”. (Ex 14:10)
Então Moisés começa a orar a Deus (escolhendo
o grupo dos que clamam a Deus). E o Eterno, surpreendentemente, lhe
responde que não era hora de orar, mas sim de seguir em frente, apesar do mar.
Deus exclama: "Por
que clamas a Mim?" E dá a seguinte ordem a Moisés: "Fala aos filhos
de Israel que marchem! E quanto a ti, levanta o teu cajado e estende tua mão
sobre o mar. Tu dividirás o mar, e os israelitas poderão cruzar sobre ele em
terra seca" (Êxodo, 14:15-16)
Segundo o Or HaChaim, esta passagem nos leva a uma pergunta
fundamental: quando alguém está em perigo, não é a oração sempre a resposta
certa? Por que, então, teriam os judeus, recebido a ordem de não orar naquele
momento tão crucial?
O sábio responde que, assim como os egípcios, também os
israelitas haviam adorado ídolos durante sua permanência no Egito. Portanto,
perante a justiça Divina, Israel não tinha méritos suficientes para ser salvo.
Por isso, orar por si só não seria o suficiente. Por esse motivo Deus ordenou
que o povo andasse em direção ao mar, demonstrando assim sua absoluta confiança
Nele. Esta demonstração de fé serviria como mérito para que o mar se abrisse.
3 – A Abertura do Mar
“Logo antes de
amanhecer, da coluna de fogo e de nuvem o Senhor olhou
para o exército dos egípcios e fez com que eles ficassem apavorados. Os
carros de guerra andavam com grande dificuldade, pois Deus fez com que as rodas
ficassem atoladas. Então os egípcios disseram: — Vamos fugir dos israelitas! “O Senhor está
lutando a favor deles e contra nós”. (Ex 14:24-25)
E durante toda a noite, Deus
abriu as águas com um poderoso vento leste, transformando o leito do mar em
terra seca.
O Rabi Moshe ben Nachman, um
grande sábio, explica que Deus realizou o milagre através do vento - um
fenômeno da natureza - e não de uma outra forma explicitamente sobrenatural.
Nachmânides explica que Deus assim procedeu porque quis que os egípcios ainda
tivessem dúvida sobre o que causara a divisão das águas. Estes insistiam em
acreditar que o mar fora aberto pelo vento e não pelo Deus de Israel. Isto os
fez perseguir os israelitas, entrando atrás deles mar adentro, com seus cavalos
e carruagens.
E
quando começou amanhecer, Deus
lançou relâmpagos e fortes chuvas contra as tropas egípcias atolando e fazendo
desprender as rodas de suas carruagens, e grande temor lhes sobreveio e
tentaram retroceder, mas já era tarde. O mar se fechou e foram engolidos pelas
águas.
Veja a outra ilustração no
mapa abaixo. Tenha em consideração que dos dois lados, há um precipício 1,5 Km.
Nos dados especificados acima, podemos calcular
que a parede de água chegava a uma altura de 300 metros. Se calcular que cada
andar em um prédio tem 2,8 metros, então calculamos que a parede de mar chegou
a uma altura de um prédio de 107 andares. Imagina isso. A altura é realmente
assustadora. Imagina agora quando as águas foram liberadas. A velocidade que
essa parede de água chega a você depois de percorrer a uma distância de 1 km –
vindo dos dois lados.
“E com o sopro de tuas narinas amontoaram-se as
águas, as correntes pararam como montão; os abismos coalharam-se no coração do mar”. (Êxodo
15:8)
Muitos podem pensar que o vento que separou o mar
foi com certeza muito forte, então porque as pessoas não foram levadas pelo
vendaval? Tamanho vento os arrancaria e os jogariam quilômetros de distância.
Por que isso não aconteceu?
A palavra “coalharam-se” no original hebraico é o mesmo que
congelaram, enrijeceram, tornou-se pedra... Isso nos
dá a entender claramente que Deus mandou um vento forte do oriente e esse vento
congelou a água criando um muro
enorme dos dois lados de água congelada. Aqui
está à razão do por que o vento não carregou o povo. As muralhas de água dos
dois lados estavam congeladas formando uma enorme barreira que não permitia que
o vento chegasse até embaixo onde o povo passava.
O LADO
DO ORIENTE FOI MAIS CONGELADO
“Então Moisés
estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar retornou a sua força ao amanhecer, e
os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Senhor derrubou os
egípcios no meio do mar”. (Êxodo 14:2).
“Assim o Senhor salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios; e
Israel viu os egípcios mortos na praia do mar”. (Êxodo 14:30)
|
Sabemos
que Deus mandou um vento forte do oriente, do lado da Arábia Saudita. Esse
vento tinha de trabalhar mais para começar a dividir a água de cima para baixa.
Então houve uma maior concentração de vento no começo da divisão da água do
lado oriente.
A água
começou a dividir do lado da Arábia Saudita para onde o povo estava indo. A
água mais congelada estava do lado da Arábia e a parede de água mais fina
estava do lado do Egito, na praia de Nuweiba.
Quando a
água começou a voltar ao normal, percebam que a escritura fala que os egípcios
deram de cara com à água (“foram
de encontro a ele”) quando
estavam tentando voltar para o lado do Egito. A água os pegou e os carregou até
a praia do lado da Arábia e é por isso que os israelitas viram os corpos dos
egípcios mortos na sua frente.
4 - Conclusão
Toda vez que
arqueólogos, cientistas e historiadores tentam desmentir uma passagem bíblica,
são confrontados com inúmeras provas de que a bíblia é verdadeira e fiel, e
que a história só prova a sua
infalibilidade.
A resposta
humana para fatos sobrenaturais, não diminui em nada a grandeza da obra de
Deus, pelo contrário, só nos prova que Deus é capaz de usar a natureza e seus
fenômenos a fim de cumprir Seus propósitos, e permite que o homem entenda a Sua
soberania através destas descobertas.
Jogo de Tabuleiro – O grupo se dividirá em 2
equipes.
O dado será lançado e o número que sair,
corresponderá a uma pergunta bíblica.
Se a equipe responder corretamente, avança o
número de casas, se não, perde a vez.
E assim sucessivamente até o fim do jogo.
1 – Depois de quantos dias Faraó perseguiu o
povo de Israel?
7 dias
2 – Quantos carros aparelhados Faraó usou
para perseguir o povo de Israel?
600
3 – Qual verdadeiro o nome do mar que os
israelitas atravessaram?
Mar de Juncos
4 – Em qual dia o povo saiu do Egito?
15 de Nissan
6 – Depoios de quantos dias de viagem Deus
manda o povo retroceder em sua jornada?
3 dias
7 – Diante do mar e sendo perseguido por
Faraó, o que o povo faz?
Se divide em 4 grupos
8 – O que cada grupo sugere fazer?
Se render, se lançar ao mar, lutar
até a morte e clamar a deus.
9 – Em qual dos grupos Moisés ficou?
Dos que clamavam a Deus.
11 – Segundo um sábio judeu, orar não seria
suficiente para deus agir abrindo o mar por causa do pecado do povo. O que
então serviria como mérito para que o mar se abrisse?
A absoluta confiança em Deus;
12 – Por quanto tempo o vento soprou abrindo
o mar?
Por toda a noite até o amanhecer do
dia.
13 – De que lado vinha o vendo que abriu o
mar?
Do lado leste, ou oriente.
14 – Quantos metros de altura poderia ter as
paredes de água na abertura do mar?
300 mt
15 – O que o texto nos mostra que aconteceu
com mas paredes d’água do mar aberto?
Congelaram-se
16 – Qual era a distância entre a praia onde
o povo estava e o outro lado do mar?
13 Km
Algumas Curiosidades:
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