sábado, 6 de outubro de 2018

Aula 10 - Desmistificando Êxodo - A Travessia do Mar Vermelho



“Eu libertei, portanto, vossos pais e os tirei do meio do Egito e os conduzi até o litoral do mar Vermelho; os egípcios decidiram perseguir vossos pais com carros e guerreiros, até o Mar dos Juncos, o Mar Vermelho.”
(Josué 24:6)

1 – Introdução

No sétimo dia de sua saída do Egito, o Povo de Israel, perseguido pelo exército egípcio, presenciou um dos mais espetaculares milagres registrados na Torá: a abertura do mar.
Até os dias de hoje, o evento é símbolo da Graça Divina e salvação para judeus e não-judeus.
O Mar abriu-se depois de uma situação extrema que os judeus viveram, pois eles haviam saído do Egito e o Faraó com seus seiscentos carros aparelhados vieram para persegui-los.
O que fazer numa situação desta? Moisés clama ao Eterno e Ele ordena aos filhos de Israel que marchem.  Mas como isso poderia ocorrer?

2 – Contexto Histórico

Os acontecimentos que antecederam e se seguiram a abertura do Mar de Juncos - popularmente traduzido como "Mar Vermelho", estão sucintamente relatados na Torá, no livro Êxodo.
Conta-nos a Torá que os israelitas, liderados por Moisés, deixaram o Egito no dia 15 de Nissan, iniciando sua viagem em direção ao Monte Sinai. Durante o dia, Deus fazia uso de uma coluna de nuvem para guiar Seu povo. De noite, era uma coluna de fogo que, além de prover luz aos israelitas, direcionava-os de modo a poderem seguir viagem mesmo após o pôr-do-sol.
De repente, Deus ordena a Moisés: “Dize aos filhos de Israel que retrocedam e acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol. Acampai-vos à beira-mar, defronte Baal-Zefom”.(EX 14:2 – KJA)
As ordens Divinas parecem estranhas. Após três dias de viagem, Deus ordena que os israelitas retrocedam e acampem em frente a Baal-Zefom, o único ídolo egípcio que não havia sido destruído durante as Dez Pragas.
Os rabinos de Israel explicam que Deus deu esta ordem para que o Faraó pensasse que os judeus estavam perdidos e confusos e, mais ainda, que a "força" do ídolo egípcio era tamanha que os teria forçado a retroceder.
Apenas três dias após o Êxodo, e Faraó se arrependeu de ter permitido a saída dos israelitas de seu país e sai para capturá-los e trazê-los de volta, obviamente como escravos. Faraó, desejando servir de exemplo e inspiração para seus soldados, "arria sua própria carruagem" e se posiciona a frente das tropas, liderando o exército egípcio na perseguição aos israelitas.
Foi então quando os judeus viram marchar em direção a eles um exército forte, unido e extremamente bem-organizado, o mais poderoso da época. Naturalmente, amedrontaram-se: de um lado estava o mar, do outro, um inimigo impiedoso. Não podiam avançar nem recuar.
Tentando decidir o que fazer, os israelitas se dividem em quatro grupos.

·  Um deles sugere se render ao exército inimigo e retornar, como escravos, ao Egito.
Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto”. (Ex 14:12 - ACF)
·  O segundo grupo decide se atirar ao mar e morrer.
— Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o Senhor vai salvá-los hoje. Nunca mais vocês vão ver esses egípcios. (Ex 14:13 – NTLH)
·  O terceiro se dispõe a lutar até a morte.
“Vocês não terão de fazer nada: o Senhor lutará por vocês”. (Ex 14:14 – NTLH)
·  E o quarto grupo decide clamar a Deus.
“Quando o Faraó se aproximou, os filhos de Israel levantaram os olhos e eis que os egípcios vinham atrás deles. Tiveram grande medo. E então os filhos de Israel clamaram a YHWH”. (Ex 14:10)

Então Moisés começa a orar a Deus (escolhendo o grupo dos que clamam a Deus). E o Eterno, surpreendentemente, lhe responde que não era hora de orar, mas sim de seguir em frente, apesar do mar. Deus exclama: "Por que clamas a Mim?" E dá a seguinte ordem a Moisés: "Fala aos filhos de Israel que marchem! E quanto a ti, levanta o teu cajado e estende tua mão sobre o mar. Tu dividirás o mar, e os israelitas poderão cruzar sobre ele em terra seca" (Êxodo, 14:15-16)
Segundo o Or HaChaim, esta passagem nos leva a uma pergunta fundamental: quando alguém está em perigo, não é a oração sempre a resposta certa? Por que, então, teriam os judeus, recebido a ordem de não orar naquele momento tão crucial?
O sábio responde que, assim como os egípcios, também os israelitas haviam adorado ídolos durante sua permanência no Egito. Portanto, perante a justiça Divina, Israel não tinha méritos suficientes para ser salvo. Por isso, orar por si só não seria o suficiente. Por esse motivo Deus ordenou que o povo andasse em direção ao mar, demonstrando assim sua absoluta confiança Nele. Esta demonstração de fé serviria como mérito para que o mar se abrisse.




3 – A Abertura do Mar

“Logo antes de amanhecer, da coluna de fogo e de nuvem o Senhor olhou para o exército dos egípcios e fez com que eles ficassem apavorados. Os carros de guerra andavam com grande dificuldade, pois Deus fez com que as rodas ficassem atoladas. Então os egípcios disseram: — Vamos fugir dos israelitas! “O Senhor está lutando a favor deles e contra nós”. (Ex 14:24-25)
E durante toda a noite, Deus abriu as águas com um poderoso vento leste, transformando o leito do mar em terra seca.
O Rabi Moshe ben Nachman, um grande sábio, explica que Deus realizou o milagre através do vento - um fenômeno da natureza - e não de uma outra forma explicitamente sobrenatural. Nachmânides explica que Deus assim procedeu porque quis que os egípcios ainda tivessem dúvida sobre o que causara a divisão das águas. Estes insistiam em acreditar que o mar fora aberto pelo vento e não pelo Deus de Israel. Isto os fez perseguir os israelitas, entrando atrás deles mar adentro, com seus cavalos e carruagens.
E quando começou amanhecer, Deus lançou relâmpagos e fortes chuvas contra as tropas egípcias atolando e fazendo desprender as rodas de suas carruagens, e grande temor lhes sobreveio e tentaram retroceder, mas já era tarde. O mar se fechou e foram engolidos pelas águas.

   







Veja a outra ilustração no mapa abaixo. Tenha em consideração que dos dois lados, há um precipício 1,5 Km.
Nos dados especificados acima, podemos calcular que a parede de água chegava a uma altura de 300 metros. Se calcular que cada andar em um prédio tem 2,8 metros, então calculamos que a parede de mar chegou a uma altura de um prédio de 107 andares. Imagina isso. A altura é realmente assustadora. Imagina agora quando as águas foram liberadas. A velocidade que essa parede de água chega a você depois de percorrer a uma distância de 1 km – vindo dos dois lados.
“E com o sopro de tuas narinas amontoaram-se as águas, as correntes pararam como montão; os abismos coalharam-se no coração do mar”. (Êxodo 15:8)
Muitos podem pensar que o vento que separou o mar foi com certeza muito forte, então porque as pessoas não foram levadas pelo vendaval? Tamanho vento os arrancaria e os jogariam quilômetros de distância. Por que isso não aconteceu?
A palavra “coalharam-se” no original hebraico é o mesmo que congelaram, enrijeceram, tornou-se pedra... Isso nos dá a entender claramente que Deus mandou um vento forte do oriente e esse vento congelou a água criando um muro


enorme dos dois lados de água congelada. Aqui está à razão do por que o vento não carregou o povo. As muralhas de água dos dois lados estavam congeladas formando uma enorme barreira que não permitia que o vento chegasse até embaixo onde o povo passava.



O LADO DO ORIENTE FOI MAIS CONGELADO


 “Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar retornou a sua força ao amanhecer, e os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Senhor derrubou os egípcios no meio do mar”.  (Êxodo 14:2).

“Assim o Senhor salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar”. (Êxodo 14:30)




Sabemos que Deus mandou um vento forte do oriente, do lado da Arábia Saudita. Esse vento tinha de trabalhar mais para começar a dividir a água de cima para baixa. Então houve uma maior concentração de vento no começo da divisão da água do lado oriente.
A água começou a dividir do lado da Arábia Saudita para onde o povo estava indo. A água mais congelada estava do lado da Arábia e a parede de água mais fina estava do lado do Egito, na praia de Nuweiba.
Quando a água começou a voltar ao normal, percebam que a escritura fala que os egípcios deram de cara com à água (foram de encontro a ele”) quando estavam tentando voltar para o lado do Egito. A água os pegou e os carregou até a praia do lado da Arábia e é por isso que os israelitas viram os corpos dos egípcios mortos na sua frente.

4 - Conclusão

Toda vez que arqueólogos, cientistas e historiadores tentam desmentir uma passagem bíblica, são confrontados com inúmeras provas de que a bíblia é verdadeira e fiel, e que  a história só prova a sua infalibilidade.
A resposta humana para fatos sobrenaturais, não diminui em nada a grandeza da obra de Deus, pelo contrário, só nos prova que Deus é capaz de usar a natureza e seus fenômenos a fim de cumprir Seus propósitos, e permite que o homem entenda a Sua soberania através destas descobertas.


Dinâmica

Jogo de Tabuleiro – O grupo se dividirá em 2 equipes.


O dado será lançado e o número que sair, corresponderá a uma pergunta bíblica.
Se a equipe responder corretamente, avança o número de casas, se não, perde a vez.
E assim sucessivamente até o fim do jogo.

1 – Depois de quantos dias Faraó perseguiu o povo de Israel?
7 dias

2 – Quantos carros aparelhados Faraó usou para perseguir o povo de Israel?
600

3 – Qual verdadeiro o nome do mar que os israelitas atravessaram?
Mar de Juncos

4 – Em qual dia o povo saiu do Egito?
15 de Nissan

6 – Depoios de quantos dias de viagem Deus manda o povo retroceder em sua jornada?
3 dias

7 – Diante do mar e sendo perseguido por Faraó, o que o povo faz?
Se divide em 4 grupos

8 – O que cada grupo sugere fazer?
Se render, se lançar ao mar, lutar até a morte e clamar a deus.

9 – Em qual dos grupos Moisés ficou?
Dos que clamavam a Deus.

11 – Segundo um sábio judeu, orar não seria suficiente para deus agir abrindo o mar por causa do pecado do povo. O que então serviria como mérito para que o mar se abrisse?
A absoluta confiança em Deus;

12 – Por quanto tempo o vento soprou abrindo o mar?
Por toda a noite até o amanhecer do dia.

13 – De que lado vinha o vendo que abriu o mar?
Do lado leste, ou oriente.

14 – Quantos metros de altura poderia ter as paredes de água na abertura do mar?
300 mt

15 – O que o texto nos mostra que aconteceu com mas paredes d’água do mar aberto?
Congelaram-se

16 – Qual era a distância entre a praia onde o povo estava e o outro lado do mar?
13 Km








Algumas Curiosidades:





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