Essa pergunta é feita nas redes sociais quando exprimimos uma opinião cujas palavras divergem do conteúdo explícito.
Mas não é uma interrogativa de interesse do formulador, mas a forma pejorativa de se dizer: "se enxerga", "sua opinião não é relevante aqui", "quem te perguntou alguma coisa?"...
No entanto nos deparamos com ela em entrevista de emprego, relatório de estudos, analistas, terapeutas, psicólogos, num bate-papo de apresentações, pela vida à fora.
Se eu lhe fizesse esta pergunta agora, você saberia responder?
O quanto de você, você conhece?
A resposta não diz respeito à sua profissão, filiação, posses, cultura ou grau de Instrução. Diz respeito à quem de fato você é.
Vou dar um exemplo de resposta:
- Eu sou uma mulher, que escolheu ser esposa, mãe, filha e dona de casa. Sou ansiosa, compulsiva, conservadora, de opiniões fortes e de difícil flexibilização, teimosa, nervosa, introspectiva, cujo temperamento é uma mistura de melancólica com fleumático. Sou constante, amo leitura, conhecimento, história e gosto de compartilhar aquilo que aprendo com muito entusiasmo - mesmo quando percebo que meus interesses são meio incomuns pra essa geração ou sociedade. Sou racional, visionária, e sonhadora - mas compartilho essa parte só com Deus. Não gosto de receber crítica, mas sou crítica por natureza. Meus pensamentos nem precisam ser expressados, pois a reação do meu rosto fala sempre por si. Não consigo esconder sentimentos e nem certas opiniões. Sou desconfiada, analista, persistente, confrontadora. Às vezes relevo afrontas, outras vezes aceito e confronto - vai de dia, depende da lua, rs. Sou cristã por convicção e creio na Bíblia por decisão. Sou tímida, sou melhor escrevendo que me expressando. Não me importo com a opinião das pessoas, mas fico triste com a concepção de alguns. Sou eufórica e inexpressiva, sou de confiança mas confio em poucos. Sou distraída, pensativa, atrapalhada, pontual, esquecida, altruísta e organizada. Não sou modesta, preguiçosa e nem paciente, não sou proeminente e nem popular. Não me preocupo com a aparência, debocho de meus erros, e evito comentar meus acertos. Sou mais racional que emocional...
Entender quem somos, nos ajuda a prever nossas reações diante das circunstâncias. Tira o medo de nos posicionar, é um presente pra vida, pois evita a ansiedade e nos poupa da depressão.
Melhor ainda é entender que Deus nos fez de uma forma original, individual, exclusiva. E até nossa fragilidade foi propositadamente posta para nos poupar, amarrando nossos passos para que saltemos em abismos.
Deus nos ama do jeito que somos. Ele conhece todos os nossos pensamentos e sabe de cada dia que vivemos e viveremos nesta Terra. Não somos surpresa pra Ele em nada e nem decepção, pois na verdade, nossos dias já estavam escritos no Seu livro desde a fundação do mundo (Salmo 139:13-16).
Contudo, Ele sabe o que é melhor pra nós e deseja nos fazer realizados, completos, felizes. Mas isso depende mais de nossa permissão que da Sua própria vontade.
Entender que Deus conhece o melhor caminho faz-nos desejar Sua interferência e aceitar Sua vontade pra nossa vida. Pra isso, o não, o sim, muitas vezes serão necessários no processo, e recebe-los determinará a abundância de nossos dias.
Como nos enxergamos?
O que nos deixa frustrado?
Quem somos quando ninguém está olhando?
Conhecemos nossas fragilidades?
Entendemos como nossa vida chegou neste ponto?
Desejamos mudar?
Queremos ser diferente?
Então precisamos conversar com Deus. Ele que nos vê, que entende nossas frustrações, sabe tudo o que estamos fazendo e pensando neste exato momento, conhece nossas fragilidades, sabe exatamente o que nos deixou assim e deseja mudar nossa vida, transformar essa situação, reescrevendo nossa história.
Que tal permitirmos?!
Se já tentamos de tudo, por que não experimentar?!
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