"Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida." (Provérbio, 3:23)
Este conselho nunca foi tão bem-vindo como nos dias atuais.
Num mundo corrompido, onde a injustiça prolifera e onde o mal sobrepuja o bem, pessoas persuadidas pela mágoa ou até mesmo pelo ódio, tentam resgatar sua estima fazendo com outras pessoas a mesma coisa que um dia lhe fizeram.
Pagam traição com traição, dor com dor, ofensa com ofensa e desprezo com desprezo.
Contudo, ainda é pior, quando a vítima da vez não é o malfeitor, mas alguém que por amizade, amor ou companheirismo, aproximou-se para estender a mão e recebeu punhais como gratidão.
O ser humano tem a capacidade de guardar muito mais as coisas ruins que as coisas boas.
É como se a mente reservasse mais espaço para este tipo de trauma. E isso é transferido para o nosso cotidiano.
É fácil confirmarmos pela na tv, internet e jornais. Encontramos muito mais notícias que nos transportam ao ódio que à alegria.
É como se o mundo espiritual (principados e potestades) promovesse isso a fim de nos desumanizar.
Quanto mais informação de ódio recebermos, mais passaremos a odiar também.
Fico horrorizada como o mal dá ibope.
Guardar o coração é muito mais que um conselho a ser seguido, mas uma ordenança a ser ensinada. Pois à medida que deixamos de assistir o mal, ele perde o poder sobre nós, perde a força e deixa de ser comum para se tornar inaceitável.
Esta reação, transforma nossa maneira de interagirmos com as outras pessoas e, passamos a perceber, a diferença entre vingança e justiça.
Vingança é aquilo que eu faço querendo amenizar a minha dor.
Justiça é aquilo que eu promovo a fim de não causar mais dor.
A vingança geralmente é feita pela vítima ao seu agressor ou a todos quantos se aproximam dela.
A justiça é feita pelo juiz, capacitado de poder para averiguar ambas as partes e dá o seu veredito final.
Em ambos os casos há uma pena.
No entanto, a semente delas se diferencia nos frutos gerados.
Pense nisto.
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