"Que Deus há como Tu, que carrega o pecado, e passa por alto a transgressão do restante de sua herança? Não reteve para sempre sua indignação, porque se compraz na compaixão. E voltará a se compadecer, sepultará as nossas iniquidades, e lançará na profundeza do mar todos os nossos pecados." (Miquéias 7:18-19/BTX)
Muitas pessoas, teólogos e até pastores, acreditam e até ensinam que o deus do Antigo Testamento é completamente diferente do Deus do Novo Testamento.
Isso devido a tantas guerras, castigos e ordenanças que os trinta e nove primeiros livros possuem, em contraponto dos vinte sete últimos..
Ledo engano!
A diferença está apenas no foco que cada coleção dá ao seu protagonista.
Enquanto o Antigo Testamento aponta para o Criador de Todas as coisas o Novo Testamento mira no Salvador. Aquele que criou todas as coisas fazia questão de que a criação fosse ordeira, estável, incorruptível, por isso dava preceitos, punia os rebeldes e exercia julgamento a quem se rebelasse.
Era apenas o dono da casa querendo ver tudo arrumado, em ordem. As donas de casa entendem o conceito!
No entanto, não foi possível ao homem manter a casa que habitava limpa, arrumada e íntegra, por isso, esse mesmo Deus, que para muitos é mal e inadequado, enviou o único filho que tinha para dar um jeito na casa e ensinar seus irmãos terrenos a manter tudo arrumado.
Existe demonstração de amor melhor?!
Enviar o único filho como resgate de outros?!
Desfavorecê-lo para favorecer a muitos? Vê-lo sofrer o castigo para que nós não sofrêssemos , deixá-lo sozinho para estar sempre conosco, ver o desprezo que o mundo lhe tratou, a forma como o agrediram e a morte que o condenaram na época!
Eu como mãe digo: NÃO!
O Deus do Antigo Testamento é tão misericordioso quanto o filho que obedeceu.
Tão amoroso quanto o Cristo que acariciou os feridos, levantou aqueles que estavam caídos, abraçou os mau afortunados, perdoou o pecado da humanidade.
No entanto, da mesma forma, o filho chicoteou pessoas (Jo 2:13-17), pediu que comprassem espadas (Lc 22:36) e disse: "Eu não vim trazer paz, mas guerra". (Mt 10:34)
Tal pai, tal Filho.
Não há diferença entre os dois, o que há é uma reação para cada pessoa e situação, de modo justo e também amoroso.
Não existe amor sem que haja justiça.
Se Deus não revelasse a Sua a justiça seria impossível também demonstrar o Seu amor.
Muitas vezes disciplinei minha filha por algo que ela fez por desobediência, e nem por isso deixei de amá-la, pelo contrário, o castigo é a forma de marcar sua memória para algo que eu não quero que ela faça para o seu próprio bem.
É como se eu visse uma criança brincando com uma faça e permitisse para não contrariá-la. Isso demonstraria meu amor? De forma alguma, demonstraria meu total desprezo pela sua idoneidade física.
O Deus do Antigo Testamento demonstrou mais graça que lei. E se você tem dúvida sobre isso, dá uma lida em Apocalipse, e veja o que o próprio Jesus fará àqueles que vivem uma vida nesta terra achando que não haverá julgamento algum. Depois me fala.
Boa Leitura!