Raça tem somente um significado científico e é biologicamente única.
Refere-se a uma única subdivisão das espécies conhecidas, membros de uma herança física, a qual visa distinguir-se de outras populações da mesma espécie. Apesar desta definição ser precisa tanto quanto possível, os cientistas entendem que não existem claras subdivisões na única espécie chamada homem, isto é, o homo sapiens.
Essa subdivisão de raças em: branca, negra ou amarela, é bem nova e surgiu a 200 anos numa investida do próprio homem em se classificar em melhor que o outro.
É perigoso afirmamos que pertencemos a uma classe de cor, sendo que raça só existe uma, a humana.
Outra coisa bem equivocada é se dizer negro ao invés de ter pele preta.
A palavra negro é pejorativa. Antigamente, antes dessa releitura e subdivisão de classes eram chamados de moros, africanos, sarracenos, qualquer coisa, menos negro. Negro vem do grego nigrum, que significa inimigo. Se você pegar negro no dicionário português é 'o que não remete luz, funestro, sinistro'. Não tem uma atribuição positiva a essa palavra.
E como surgiu essa denominação?
Tudo começa com a luta entre os mulçumanos e os católicos que começou no século VI e durou até o século XIV.
O Islamismo ou Islã foi fundado pelo mercador árabe Maomé (Muhammad, 570-632) no início do século sétimo da era cristã. Essa que é a mais recente das grandes religiões mundiais sofreu influências tanto do judaísmo quanto do cristianismo, mas ao mesmo tempo opôs-se firmemente a ambos, alegando ser a revelação final de Deus (Alá).
Movidos por um profundo zelo pela nova fé, os exércitos muçulmanos conquistaram sucessivamente a península da Arábia, a Síria, a Palestina, o Império Persa, o Egito e todo o norte da África – países de pele escura.
Nesse processo, o cristianismo foi enfraquecido ou aniquilado em muitas regiões nas quais havia sido extremamente próspero nos primeiros séculos. Lugares como Antioquia, Jerusalém, Alexandria e Cartago, onde viveram os pais da Igreja Orígenes, Cipriano, Tertuliano e Agostinho, foram permanentemente perdidos pelos cristãos.
O avanço islâmico teve profundas repercussões para o cristianismo, a Igreja Oriental ou Bizantina foi seriamente enfraquecida, tendo perdido algumas de suas regiões mais prósperas. A Igreja ocidental ou romana voltou-se mais para o norte da Europa. Com isso, o cristianismo tornou-se mais europeu e menos asiático ou africano.
Não querendo perder a também a Europa, a igreja se resguardou criando uma doutrina que é encontrada também na Reforma Protestante, nos Anabatistas, Mórmons e outros, onde ensinaram que:
• a pobreza era um sinal de pecado;
• que Deus ouvia apenas a igreja e os nobres;
• que céu e inferno era algo pré estabelecido por Deus e sem escolha humana;
• e que mouros (ou seja, africanos, árabes, egípcios...) eram filhos da perdição, logo, não mereciam clemência, pois eram destinados ao inferno.
Com isso, a igreja, agora européia, incitou seus reis a escravizar toda as pessoas que fosse descendente destes países dizendo que só assim poderiam, quem sabe, alcançar o perdão de Deus e ter a salvação pós morte.
Essa doutrina é encontrada nos calvinistas e até mesmo nos escritos de Martinho Lutero.
Daí, toda pessoa de pele escura, passou a ser reconhecida como dessa ala.
Para embasar essa doutrina, a igreja fez uma interpretação da história de Cam (Gn 9), dizendo que a pele negra seria essa maldição, e que toda a sua descendência deveria sofrer por ser pecadora.
Daí o pensamento que negro não presta e que não possui alma.
Pensamento que infelizmente perdura até hoje em algumas igrejas evangélicas, que sem entender a bíblia, se deixaram convencer por falsas doutrinas criadas pelo homem a fim de conquistar poder, e permitem que estes pensamentos deturpem a verdade do Evangelho.
Mais tarde, no início do século XIX, Joseph Smith Jr. funda a Igreja Mórmon, que aprofundou essa doutrina dizendo que Lúcifer e Jesus eram irmãos, mas porque Lúcifer se rebelou por ciúme de Jesus, foi expulso do céu e pra se vingar, teve relação sexual com mulheres na finalidade de criar uma descendência para ele (Gn 6), que seria a descendência de Caim. Como a Bíblia diz que Cam foi amaldiçoado e foi habitar com sua família na “África”, entendem que negros são filhos de Lúcifer e brancos de Deus.
Como podemos ver, o próprio homem no intuito de ganhar poder usou a bíblia para formular suas doutrinas e criar divisão entre povos, religiões e pessoas, formando assim a guerra racial. Tudo isso você encontrará registrado na história.
Essa subdivisão foi criada pela própria igreja católica quando surgiu a idéia de que todos os africanos são amaldiçoados, pois possuem em seu DNA o espírito de Lucifer, e que somente os brancos são filhos de Deus. Por isso, europeus, que na época eram a sede católica promoveu este pensamento através do Papa Nicolau V, em 1455, que concedeu a Afonso V, entre outros direitos, o de reduzir à escravatura perpétua os habitantes de todos os territórios africanos a sul do Cabo Bojador. A Dum Diversas é uma bula papal dirigida a D. Afonso V de Portugal e publicada em 18 de junho de 1452 pelo Papa Nicolau V. Através desta Bula, o Papa afirma:
(…) nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades (…) e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão, e apropriar e converter em seu uso e proveito e de seus sucessores, os reis de Portugal, em perpétuo, os supramencionados reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades, possessões e bens semelhantes (…).
Em 8 de janeiro de 1554, estes poderes foram estendidos aos reis da Espanha.Em 1455 Nicolau V publicou uma outra bula dirigida a D. Afonso V, a “Romanus Pontifex” que reafirma o texto da bula Dum Diversas ao dizer: “Guinéus e negros tomados pela força, outros legitimamente adquiridos foram trazidos ao reino, o que esperamos progrida até a conversão do povo ou ao menos de muitos mais. Por isso nós, pensando com devida ponderação concedemos ao dito rei Afonso a plena e livre faculdade, entre outras, de invadir, conquistar, subjugar a quaisquer sarracenos e pagãos, inimigos de Cristo, suas terras e bens, a todos reduzir à servidão e tudo praticar em utilidade própria e dos seus aos mesmos D. Afonso e seus sucessores, e ao infante. Se alguém, indivíduo ou coletividade, infringir essas determinações, seja excomungado”.
Matéria original: 1452-55: quando Portugal e a Igreja Católica se uniram para reduzir (praticamente) todos os africanos à escravatura perpétua.
Na bíblia, em parte alguma você encontrará essa divisão de classe ou raças. Isso é anti bíblico e precisa ser combatida por nós cristãos.
Essa divisão foi criada pelo homem numa subversão espiritual e não deve ser aceita, pelo contrário, deve ser combatida e desmentida.
Por tanto, uma pessoa de pele escura deve se dizer: Eu sou da raça humana e possuo a pele escura de meus ancestrais africanos que foram escravizados no passado por guerras políticas e religiosas, mas que hoje são livres para escolher seus próprios caminhos e viver de suas conquistas, independente de qualquer conceito ou doutrina de maldição imposta através de heresia aclesiástica.
Refere-se a uma única subdivisão das espécies conhecidas, membros de uma herança física, a qual visa distinguir-se de outras populações da mesma espécie. Apesar desta definição ser precisa tanto quanto possível, os cientistas entendem que não existem claras subdivisões na única espécie chamada homem, isto é, o homo sapiens.
Essa subdivisão de raças em: branca, negra ou amarela, é bem nova e surgiu a 200 anos numa investida do próprio homem em se classificar em melhor que o outro.
É perigoso afirmamos que pertencemos a uma classe de cor, sendo que raça só existe uma, a humana.
Outra coisa bem equivocada é se dizer negro ao invés de ter pele preta.
A palavra negro é pejorativa. Antigamente, antes dessa releitura e subdivisão de classes eram chamados de moros, africanos, sarracenos, qualquer coisa, menos negro. Negro vem do grego nigrum, que significa inimigo. Se você pegar negro no dicionário português é 'o que não remete luz, funestro, sinistro'. Não tem uma atribuição positiva a essa palavra.
E como surgiu essa denominação?
Tudo começa com a luta entre os mulçumanos e os católicos que começou no século VI e durou até o século XIV.
O Islamismo ou Islã foi fundado pelo mercador árabe Maomé (Muhammad, 570-632) no início do século sétimo da era cristã. Essa que é a mais recente das grandes religiões mundiais sofreu influências tanto do judaísmo quanto do cristianismo, mas ao mesmo tempo opôs-se firmemente a ambos, alegando ser a revelação final de Deus (Alá).
Movidos por um profundo zelo pela nova fé, os exércitos muçulmanos conquistaram sucessivamente a península da Arábia, a Síria, a Palestina, o Império Persa, o Egito e todo o norte da África – países de pele escura.
Nesse processo, o cristianismo foi enfraquecido ou aniquilado em muitas regiões nas quais havia sido extremamente próspero nos primeiros séculos. Lugares como Antioquia, Jerusalém, Alexandria e Cartago, onde viveram os pais da Igreja Orígenes, Cipriano, Tertuliano e Agostinho, foram permanentemente perdidos pelos cristãos.
O avanço islâmico teve profundas repercussões para o cristianismo, a Igreja Oriental ou Bizantina foi seriamente enfraquecida, tendo perdido algumas de suas regiões mais prósperas. A Igreja ocidental ou romana voltou-se mais para o norte da Europa. Com isso, o cristianismo tornou-se mais europeu e menos asiático ou africano.
Não querendo perder a também a Europa, a igreja se resguardou criando uma doutrina que é encontrada também na Reforma Protestante, nos Anabatistas, Mórmons e outros, onde ensinaram que:
• a pobreza era um sinal de pecado;
• que Deus ouvia apenas a igreja e os nobres;
• que céu e inferno era algo pré estabelecido por Deus e sem escolha humana;
• e que mouros (ou seja, africanos, árabes, egípcios...) eram filhos da perdição, logo, não mereciam clemência, pois eram destinados ao inferno.
Com isso, a igreja, agora européia, incitou seus reis a escravizar toda as pessoas que fosse descendente destes países dizendo que só assim poderiam, quem sabe, alcançar o perdão de Deus e ter a salvação pós morte.
Essa doutrina é encontrada nos calvinistas e até mesmo nos escritos de Martinho Lutero.
Daí, toda pessoa de pele escura, passou a ser reconhecida como dessa ala.
Para embasar essa doutrina, a igreja fez uma interpretação da história de Cam (Gn 9), dizendo que a pele negra seria essa maldição, e que toda a sua descendência deveria sofrer por ser pecadora.
Daí o pensamento que negro não presta e que não possui alma.
Pensamento que infelizmente perdura até hoje em algumas igrejas evangélicas, que sem entender a bíblia, se deixaram convencer por falsas doutrinas criadas pelo homem a fim de conquistar poder, e permitem que estes pensamentos deturpem a verdade do Evangelho.
Mais tarde, no início do século XIX, Joseph Smith Jr. funda a Igreja Mórmon, que aprofundou essa doutrina dizendo que Lúcifer e Jesus eram irmãos, mas porque Lúcifer se rebelou por ciúme de Jesus, foi expulso do céu e pra se vingar, teve relação sexual com mulheres na finalidade de criar uma descendência para ele (Gn 6), que seria a descendência de Caim. Como a Bíblia diz que Cam foi amaldiçoado e foi habitar com sua família na “África”, entendem que negros são filhos de Lúcifer e brancos de Deus.
Como podemos ver, o próprio homem no intuito de ganhar poder usou a bíblia para formular suas doutrinas e criar divisão entre povos, religiões e pessoas, formando assim a guerra racial. Tudo isso você encontrará registrado na história.
Essa subdivisão foi criada pela própria igreja católica quando surgiu a idéia de que todos os africanos são amaldiçoados, pois possuem em seu DNA o espírito de Lucifer, e que somente os brancos são filhos de Deus. Por isso, europeus, que na época eram a sede católica promoveu este pensamento através do Papa Nicolau V, em 1455, que concedeu a Afonso V, entre outros direitos, o de reduzir à escravatura perpétua os habitantes de todos os territórios africanos a sul do Cabo Bojador. A Dum Diversas é uma bula papal dirigida a D. Afonso V de Portugal e publicada em 18 de junho de 1452 pelo Papa Nicolau V. Através desta Bula, o Papa afirma:
(…) nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades (…) e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão, e apropriar e converter em seu uso e proveito e de seus sucessores, os reis de Portugal, em perpétuo, os supramencionados reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades, possessões e bens semelhantes (…).
Em 8 de janeiro de 1554, estes poderes foram estendidos aos reis da Espanha.Em 1455 Nicolau V publicou uma outra bula dirigida a D. Afonso V, a “Romanus Pontifex” que reafirma o texto da bula Dum Diversas ao dizer: “Guinéus e negros tomados pela força, outros legitimamente adquiridos foram trazidos ao reino, o que esperamos progrida até a conversão do povo ou ao menos de muitos mais. Por isso nós, pensando com devida ponderação concedemos ao dito rei Afonso a plena e livre faculdade, entre outras, de invadir, conquistar, subjugar a quaisquer sarracenos e pagãos, inimigos de Cristo, suas terras e bens, a todos reduzir à servidão e tudo praticar em utilidade própria e dos seus aos mesmos D. Afonso e seus sucessores, e ao infante. Se alguém, indivíduo ou coletividade, infringir essas determinações, seja excomungado”.
Matéria original: 1452-55: quando Portugal e a Igreja Católica se uniram para reduzir (praticamente) todos os africanos à escravatura perpétua.
Na bíblia, em parte alguma você encontrará essa divisão de classe ou raças. Isso é anti bíblico e precisa ser combatida por nós cristãos.
Essa divisão foi criada pelo homem numa subversão espiritual e não deve ser aceita, pelo contrário, deve ser combatida e desmentida.
Por tanto, uma pessoa de pele escura deve se dizer: Eu sou da raça humana e possuo a pele escura de meus ancestrais africanos que foram escravizados no passado por guerras políticas e religiosas, mas que hoje são livres para escolher seus próprios caminhos e viver de suas conquistas, independente de qualquer conceito ou doutrina de maldição imposta através de heresia aclesiástica.