Quem percebe meu sorriso não é capaz de contemplar minhas lágrimas.
Quem escuta minha voz não é capaz de ouvir minha alma.
Quem olha minha vida não vê como vivo, acordo e adormeço...
Todo aquele que me julga não tem o poder de me ajudar.
O que me critica, nem soube resolver seus próprios problemas e se limita a observar a vida alheia.
Minhas motivações, meus anseios, o interior cheio de boas intenções, minha mente aberta para o aprender.... isso ninguém percebe, ninguém enxerga, ninguém quer vê.
O mundo, as circusntâncias e o pesar da vida, tornaram as pessoas superficiais, egoistas e sem misericórdia alguma.
Lamento também ter me submergido neste mar...
Suas águas claras superficiais, não nos revelam a escuridão de suas profundezas, suas pedras e correntezas, capazes de nos tirar os pés do chão e nos levar para a turbulência do alto mar.
Lá, sufocada, cansada e quase sucumbindo, descubro que meus olhos são limitados, e que o tempo ainda é capaz de embaçar a imperfeita visão, tornando-a mais restrita.
É lá também que percebi que sou igual a todo mundo: não enxergo, não contemplo, não ouço, não vejo, julgo e critico com muita facilidade, resolvendo a vida dos outros com uma habilidade que não sou capaz de resolver a minha, colocando-me num trono de justiça, reinvidicando e decretando o que eu acho, quero e admito.
Desta maneira, entendo que quando me levanto pra criticar o próximo, ergo-me para criticar a mim mesmo, pois enxergo nele o meu erro, a minha fraqueza e o meu pecado.
Paráfrase do tio Dimas sobre as minhas palavras.
Amei...